5 de Outubro de 2007 - Deborah
Souza - Da Agência Brasil - O presidente
do Incra, Rolf Hackbart, faz palestra no estande
do Incra, na 4ª Feira Nacional da Agricultura
Familiar
Brasília - Durante a 4ª Feira
Nacional da Agricultura Familiar e Reforma
Agrária, o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) quer mostrar
a importância do desenvolvimento do
setor para o meio ambiente.
A feira, aberta ontem (4)
no Pavilhão de Exposições
do Parque da Cidade, em Brasília, vai
até o próximo domingo (7).
“Estamos promovendo o desenvolvimento
sustentável, buscando licenciamento
ambiental dos assentamentos na Amazônia
Legal. Desde o ano passado, o desmatamento
nos assentamentos caiu 51,2%; aumentamos o
número de famílias, o número
de áreas assentadas na Amazônia
Legal e o desmatamento caiu”, disse o presidente
do Incra, Rolf Hackbart, em entrevista à
Agencia Brasil.
Segundo Hackbart, o Brasil
já tem 7,4 mil projetos de assentamentos,
em cerca e 72 milhões de hectares,
nos quais vivem em torno de 700 mil famílias.
Ele informou que o Segundo Plano Nacional
da Reforma Agrária, de 2003, já
assentou mais de 400 mil famílias.
Para o presidente do Incra,
o grande desafio agora é o desenvolvimento
dos assentamentos, a geração
de renda, emprego e a recuperação
do passivo ambiental. “Estamos criando agricultores
familiares, com crédito, assistência
técnica e infra-estrutura”, comentou
Hackbart.
Paulo Barreto, representante
do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon) avaliou que as mudanças climáticas
afetam a forma de como as pessoas vão
praticar a agricultura, com a chuva e ocorrência
de secas excessivas, por exemplo. Mas, ele
também tem uma visão positiva,
diante da situação.
“Pode também
ser oportunidade com as novidades que estão
surgindo. A área de biocombustível
pode aumentar bastante. Plantar o que vai
poder usar para combustíveis é
uma oportunidade. Também pode ajudar
na área de reflorestamento, para mitigar
os efeitos das mudanças climáticas
globais”.