(18/10/2007) Em visita a
Secretaria do Meio
Ambiente, representantes do Colegiado Regional
Sul da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
(CERBMA/RS) e a diretora do Museu de Ciências
Naturais da Fundação Zoobotânica
(FZB) estiveram reunidos com o secretario
adjunto Francisco Simões Pires para
apresentar o novo desenho da biosfera no Estado.
Esta revisão está
de acordo com os padrões internacionais,
é feita a cada cinco anos e passa pela
aprovação de várias instancias
até chegar a Unesco. O intuito é
com o mapeamento estimular varias linhas de
desenvolvimento sustentável. Segundo
o conceito da Unesco estas reservas são
espaços de gestão com o propósito
de incentivar ações positivas
dentro das unidades de conservação.
E existem várias demandas nestas novas
áreas que o Comitê Estadual considera
de suma importância no direcionamento
de recursos e conhecimentos, criando uma gestão
cuidadosa e responsável para resultados
positivos. Entre estas demandas a proposta
de extrativismo de junco para a região
do Litoral Norte.
Para Simões Pires
o novo desenho contempla um ponto importantíssimo
que é a preservação da
biosfera e “a contextualização
do cidadão com o meio ambiente oportunizando-lhe
alternativas para o desenvolvimento sustentável”.
O desenho já foi
aprovado pelo Comitê Estadual que é
formado por 18 instituições.
São 9 representantes do governo (entre
elas Fepam, Comando Ambiental e Emater) e
9 da sociedade civil (formada por instituições
que representam moradores da Mata Atlântica,
entidades ambientalistas e comunidade científica).
A formatação do novo retrato
da biosfera da Mata Atlântica no RS
se deu pela ação conjunta da
UFRGS, povos indígenas e três
ONGs. De acordo com o diretor do Departamento
de Florestas e Áreas Protegidas (Defap),
Luiz Alberto Mendonça, o estudo do
Comitê da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica está em concordância
com a lei de dezembro/2006 cuja legislação
ditou novas regras para gestão do bioma.
Segundo a diretora do Museu de Ciências
Naturais, Maria de Lourdes de Oliveira, “o
desenho busca manter e refazer conexões
em um cenário de fragmentação,
impedindo que esse desmembramento ocorra em
maior escala”. Há um vínculo
entre estas áreas que na ampliação
inclui espaços concentrados em bacias
hidrográficas incentivando a preservação
das matas ciliares. Todas as novas áreas
possuem conexão com zonas de Mata Atlântica
e são reconhecidas como áreas
de conservação.
A Reserva da Biosfera da
Mata Atlântica compreende um espaço
que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande
do Norte, definidas por áreas prioritárias
dentro da reserva e que são chamadas
áreas piloto. O RS possui três
áreas piloto: 4ª Colônia,
Litoral Norte e Lagoa do Peixe.
Este desenho passará
agora pela análise do Comitê
Nacional em seminário do Conselho Nacional
da Reserva da Biosfera, que começa
a partir de domingo, no Espírito Santo.
Para o professor Demétrio Luis Guadagnin,
do núcleo de Conservação
e Manejo de Vida Silvestre da Unisinos,o projeto
está muito bem justificado em termos
técnicos e, de modo geral, “comparado
com as propostas de outros estados a nossa
está bem fundamentada, estamos confiantes
de vermos aprovado esse novo desenho.” De
acordo com o coordenador do CERBMA, Alexandre
Krob, o novo desenho vem ampliar as oportunidades
de Mata Atlântica contemplando uma área
de maior abrangência no Estado.
Também participou da reunião
a diretora-presidenta da Fepam, Ana Pellini.
ASSECOM SEMA
Coordenação e texto: Jornalista
Lúcia Camargo