16 de Outubro de 2007 -
Paulo Montoia e Renato Brandão - Repórteres
da Agência Brasil - São Paulo
- Uma área de 200 metros quadrados
foi reservada este ano para apresentação
e comercialização de produtos
do Nordeste e Centro-Oeste na ExpoSustentat
2007, aberta hoje (16) em São Paulo.
Todos os produtos são feitos com a
preocupação ecológica
e sustentável, e segundo os organizadores
da feira, representam iniciativas de 150 empreendimentos
que abrangem um conjunto de mais de 17 mil
famílias em 14 estados.
Os produtos expostos são
de produção familiar de comunidades
e cooperativas, basicamente dos ecossistemas
do cerrado e da caatinga. Vão do artesanato
a mel, essências, óleos e doces.
É a segunda edição
da sala, organizada pela Agência Alemã
de Cooperação Técnica
(GTZ), com o apoio de diferentes entidades
e do Ministério do Desenvolvimento
Agrário e do Banco do Brasil.
Como esses produtos não
se enquadram em todas as normas internacionalmente
aceitas para receber o selo orgânico,
são comercializados separadamente.
A ExpoSustentat 2007 acontece
conjuntamente com a Biofach 2007 América
Latina, que é a principal feira de
produtos orgânicos e naturais do continente.
O ministro da secretaria
especial da Aqüicultura e Pesca, Altemir
Gregolin, disse na abertura do evento dos
esforços do governo em apoiar o desenvolvimento
sustentável e sua importância
para a agricultura familiar.
“O Brasil é o sexto
maior produtor mundial de produtos orgânicos,
atrás apenas da Austrália, China,
Argentina, Itália e Estados Unidos.
A produção cresce, em média,
20% ao ano. Hoje ocupa 800 mil hectares de
área e realiza um volume de negócios
de US$ 250 milhões, segundo a Apex-Brasil.
O governo brasileiro tem apoiado essa modalidade
de produção através de
crédito, assistência técnica,
pesquisa e capacitação. Nos
últimos quatro anos, o Ministério
do Desenvolvimento Agrário capacitou
mais de 5 mil técnicos com essa visão
e 30% dos produtos expostos na Feira Nacional
da Agricultura Familiar, realizada há
15 dias, são produtos agroecológicos.
A visão do governo é de que
a agricultura familiar só será
competitiva se for sustentável ecologicamente.
Essa visão é que fundamenta
das ações do Ministério
do Desenvolvimento Agrário e é
uma visão central”, afirmou.
As duas feiras acontecem
no Transamérica Expocenter de São
Paulo até o dia 18 e são voltadas
para o fechamento de negócios com compradores
do país e do exterior. Os eventos têm
o apoio também do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
e da Agência de Promoção
de Exportações (Apex).
+ Mais
Ação da Cidadania
quer provar que frutos silvestres ajudam no
combate à fome
16 de Outubro de 2007 -
Clara Mousinho - Da Agência Brasil -
Brasília - O coordenador do Comitê
do Distrito Federal da Ação
da Cidadania Contra a Fome, a Miséria
e pela Vida, José Ivan Mayer de Aquino,
durante o evento "Betinho virou Fruto",
festival de frutas das florestas brasileiras
Brasília - Para comemorar o Dia Mundial
da Alimentação, a Ação
da Cidadania contra a Fome, a Miséria
e pela Vida promove um evento que tem como
objetivo mostrar que frutos silvestres podem
ser aliados no combate a fome.
A iniciativa é uma
parceria com o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Serviço Florestal Brasileiro
e com o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade.
Com o tema “O Betinho Virou
Fruto”, a campanha lembra o fundador da Ação
da Cidadania e procura mostrar a potencialidade
das florestas brasileiras no combate à
fome.
“Especialmente nesse evento
de hoje, estamos mostrando a potencialidade
das florestas brasileiras tanto na produção
de alimentos, quanto na geração
de serviços que podem virar renda.
Assim como matérias primas que podem
se tornar mais adequadas às necessidades
da humanidade”, explicou o gestor governamental
do Serviço Florestal Brasileiro e coordenador
da Ação da Cidadania, José
Ivan de Aquino.
Ele afirmou que várias
frutas silvestres já fazem parte do
cardápio da população,
como o açaí. Hoje, a fruta encontra
um mercado potencialmente forte, mas tradicionalmente
é consumida por crianças ribeirinhas
na Amazônia, em substituição
ao leite.
"No Cerrado, a gente
tem um potencial de exploração
muito forte da cagaita, do pequi e do baru
em várias modalidades. Essas frutas
todas, ainda não tão conhecidas,
têm muitas qualidades na sua oferta
nutricional”.
Durante o evento também
será lançado o Comitê
Florestal da Ação da Cidadania,
que dará apoio à 15ª edição
da campanha Natal sem Fome dos Sonhos, que
arrecada alimentos, livros e brinquedos para
serem doados a crianças carentes. O
comitê também vai recolher mudas
de plantas para ajudar na campanha que tem
o objetivo de plantar 1 bilhão de árvores.
Para saber mais sobre
a campanha Natal sem Fome dos Sonhos, o endereço
da página da Ação da
Cidadania na internet é http://www.acaodacidadania.com.br/.