Panorama
 
 
 

JUÍZA PROÍBE CTNBio DE LIBERA MILHO TRANSGÊNICO SEM ELABORAÇÃO DE MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2007

15 de Outubro de 2007 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) vai recorrer da decisão da juíza Federal Substituta da Vara Ambiental de Curitiba, Pepita Durski Tramontini Mazin, que suspendeu a liberação do milho geneticamente modificado MON 810, da Monsanto. A juíza também proibiu a CTNBio de autorizar qualquer pedido de liberação comercial de milho transgênico sem a elaboração de medidas de biossegurança.

A assessoria de imprensa da CTNBio, em Brasília, informou à Agência Brasil que a consultoria jurídica da comissão está apenas aguardando a documentação sobre o processo, que está sendo providenciada pela Procuradoria da União no Paraná. A data limite para entrar com o recurso é 19 de outubro.

De acordo com despacho da juíza, “as normas recém elaboradas pela comissão não atendem ao princípio da precaução e à Lei de Biossegurança e, portanto, deverão ser revistas. Com isso, as autorizações já concedidas para os milhos Liberty Link, da Bayer, e MON 810, da Monsanto, estão suspensas”.

A decisão judicial atende à solicitação das organizações não-governamentais Associação Nacional dos Pequenos Agricultores (Anpa); Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA); Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Terra de Direitos.

A juíza explicou que as normas de coexistência e de monitoramento pós-liberação comercial de milhos transgênicos constituem-se em requisito legal, e agora também judicial, para as autorizações já concedidas pela CTNBio e também para futuras autorizações.
“A CTNBio já tinha sido obrigada, por meio de liminar, no início de julho deste ano, a estabelecer medidas de biossegurança antes de qualquer liberação de milho transgênico para garantir a coexistência das variedades de milho orgânicas, convencionais ou agroecológicas com as variedades transgênicas. E também foi exigida a elaboração do plano de monitoramento aplicável após a introdução da espécie transgênica no meio ambiente”.

Segundo Maria Rita Reis, advogada da Terra de Direitos, a CTNBio não poderia ter elaborado normas sem comunicá-las à Justiça e não poderia delegar às próprias empresas a apresentação de um plano de monitoramento, que seria apenas aprovado, ou não, posteriormente, pela CTNBio.

“As normas que deveriam tratar de coexistência de variedades de milho transgênicos, convencionais, orgânicos e ecológicos se resumiram a estabelecer distâncias mínimas de 100 metros entre os cultivos transgênicos, agroecológicos e convencionais, irrisórios para uma cultura polinizada pelo vento, que se propaga facilmente. Isso foi retroceder, porque antes o isolamento em áreas de experimento era de 400 metros”, disse a advogada.

Ela defende que a precaução tem também que ser estendida a toda cadeia produtiva como transporte e colheita.

Segundo ainda Maria Rita, foram as ONGS que comunicaram à Justiça que a liminar estava sendo descumprida, e obtiveram êxito com a decisão de que a CTNBio terá que rediscutir medidas de biossegurança.

+ Mais

Projeto de ensino ambiental é um dos premiados pelo MEC

15 de Outubro de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - No interior do Rio Grande do Sul, a professora de educação fundamental Simone Tesche conseguiu tirar os estudantes da sala de aula e transformar o estudo do meio ambiente em uma displina prática.

A iniciativa foi uma das ganhadoras do 2º Prêmio Professores do Brasil, entregue hoje (15) no Ministério da Educação, e é a concretização do projeto Semeando ecologia: uma proposta prática de educação ambiental. O prêmio é concedido ao desenvolvimento de projetos inovadores para alunos do ensino infantil e fundamental.

Segundo a professora, o primeiro passo para dar início ao projeto foi envolver os pais e identificar a principal preocupação deles em relação ao meio ambiente. O resultado foi a água potável na região. “Bastava eu abrir a porta da sala de aula que eu tinha acesso a todo o conteúdo que eu queria desenvolver”, diz ela se referindo ao riacho perto da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nilo Peçanha, no município de Vale do Sol (RS).

Assim, professora e alunos percorreram o curso do riacho, da nascente até a foz, catalogando problemas como o desmatamento e depósitos de lixo nas margens. Também fizeram a coleta de pegadas de animais nativos que, para sobreviver, dependem da água do riacho. “Isso aproximou os conteúdos básicos da realidade deles, não é um conteúdo morto de livro, eles vivenciavam cada atividade”, conta Simone.

Os resultados da experiência ultrapassaram a escola e já mudam hábitos da comunidade local, segundo a professora. “Nas crianças é um resultado imediato de comportamento e dentro da comunidade percebemos que há mudança de atitude em relação à proteção ambiental, percebemos que a comunidade está bem mais comprometida em preservar o meio ambiente”.

Inovar em sala de aula é um desafio que Simone considera estar ao alcance de todos os educadores. As ferramentas necessárias são criatividade e paixão pela arte de ensinar. "É uma atividade que não requer recurso financeiro, que parte da boa vontade de cada um e depende da paixão de cada professor, de querer aprender também, por que não é um trabalho só de ensinar, é uma troca”, defendeu a educadora.

No Dia do Professor, 15 de outubro, 19 educadores receberam o 2º Prêmio Professores do Brasil pelo desenvolvimento de projetos inovadores para alunos do ensino infantil e fundamental. As mais de 1.500 experiências que concorreram ao prêmio tinham como temas o meio ambiente, a inclusão, a igualdade racial e também histórias em quadrinhos, música e pintura para tornar o ensino mais atrativo e eficiente. A iniciativa de premiação é uma parceria entre o Ministério da Educação, Fundação Orsa e Fundação Bunge. Os professores vencedores recebem R$ 5 mil e participam amanhã (16) de um seminário para troca de experiências.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.