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AUTORIDADES ALERTAM PARA RISCO DE NOVO CONFLITO ENTRE GARIMPEIROS E POVO CINTA LARGA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2007

23 de Outubro de 2007 - 20h11 - Paula Renata - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A eminência de um novo conflito entre os índios cinta larga que moram na Terra Indígena Roosevelt e os garimpeiros que exploram os diamantes da área continua a preocupar o governo de Rondônia, onde a reserva está localizada.

"Se continuar a extração legal - não há legalização e não há controle - o risco permanente continua. De ter um novo grande massacre, igual ao que aconteceu", disse hoje (23) o governador do estado, Ivo Cassol.

Ele referia-se ao conflito que houve em 2004, quando, em confronto com os índios, foram assassinados 29 garimpeiros que exploravam clandestinamente uma mina na região.

A reserva fica na divisa entre o sul de Rondônia e oeste de Mato Grosso. Cerca de 1,3 mil Cinta Larga vivem no local. A extração mineral em terras indígenas é proibida pela Constituição.

"O clima entre a Polícia Federal e as lideranças indígenas não é muito amigável. Os índios são os maiores incentivadores do garimpo, da extração ilegal do diamante", afirma o delegado da Polícia federal (PF) Rodrigo de Souza. "Os índios não dão importância para a proibição. Eles pensam que, na área indígena o que vale é a decisão deles. E acreditam que não têm que respeitar a lei lá dentro. Esse é o maior problema que enfrentamos".

De acordo com o coordenador das Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Sateré-Mawé, a intenção dos cinta larga é defender a reserva natural.

"Nós defendemos que as próprias populações indígenas coordenem os recursos naturais que existem nos seus territórios. Os territórios indígenas foram conquistados com muita luta. E que isso [os conflitos] poderá acontecer novamente. Porque os cinta larga, com todas as dificuldades e com apoio de algumas entidades, decidiram que vão defender seu território".

Segundo a PF, 25 policiais federais, divididos em seis pontos da região, atuam em parceria com a polícia militar de Rondônia.

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Comissão discute processos de autorização para uso de áreas de várzea na Amazônia

23 de Outubro de 2007 - João Porto - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Uma audiência pública realizada na tarde de hoje (23), na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, discutiu o andamento do processo de titulação das áreas de várzea (áreas próximas aos rios da Amazônia e o litoral da região). Participaram da audiência representantes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

De acordo com a legislação, as áreas de várzea pertencem ao governo federal. Entretanto milhares de ribeirinhos e extrativistas vivem próximos aos rios e lagos e são obrigados, por grileiros, a pagar por um suposto título dessa terra.

Para tentar diminuir a pressão de grileiros sobre a população local, a SPU e o Incra desenvolveram um projeto para liberar autorizações de uso da terra para as comunidades tradicionais da Amazônia.

O projeto-piloto foi implantado no arquipélago de Marajó, no estado do Pará. No ano passado, 420 autorizações foram liberadas pela SPU. Este ano, a intenção é entregar mais 10 mil autorizações.

Apesar do alto número de famílias cadastradas no programa, o gerente regional de Patrimônio da União no Pará, Neutom Miranda, estima que milhares de comunidades vivam em situação irregular no estado do Pará.

"Só no estado do Pará vivem aproximadamente 200 mil pessoas nesta situação", afirmou.

O maior impasse, durante a audiência, foi a titulação dos projetos de assentamento extrativistas que são criados nessas áreas. Esse tipo de projeto é necessário para que as comunidades tradicionais recebam recursos do governo federal e possam explorar a fauna e a flora de maneira sustentável.

O deputado Lira Maia (DEM-PA) acredita que esses títulos precisam ser concedidos de acordo com o desejo dos moradores da região. "No caso do baixo amazonas, os produtores reivindicam que os títulos sejam unitários", diz.

Alguns deputados defendem a concessão individual alegando que as áreas já são ocupadas por produtores rurais que desenvolvem atividades de agricultura familiar de subsistência

Mas para o presidente do Incra, Rolf Hackbart, a titulação coletiva é muito importante para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.

"Quando se trata de terra pública, temos de pensar no desenvolvimento sustentável da região. Para assentamentos extrativistas a melhor forma de registro é o título coletivo", explica Hackbart.

O projeto da SPU está funcionando apenas no estado do Pará, mas segundo a secretária do órgão, Alexandra Reschke, outros pontos da Amazônia começarão a ser regularizados em breve.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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