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PROJETO PREVÊ MELHORIA DE ATÉ 80% NAS ÁGUAS DA BACIA DO ALTO IGUAÇU

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Outubro de 2007

As águas que correm na bacia do Alto Iguaçu terão sua qualidade aumentada em até 80% com um projeto que aproveitará suas várzeas (áreas úmidas) para recuperá-las. Um estudo feito pela Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) foi apresentado nesta quinta-feira (25) durante os eventos do “IX Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas”, que acontece em Foz do Iguaçu.

De acordo com o projeto, o sistema utiliza as várzeas - localizadas às margens do rio Iguaçu - que possuem cavas formadas pela extração de areia e argila. Conhecido como Sistema Wetland, ou ‘sistema de banhado’, o estudo consiste no plantio de espécies aquáticas nas cavas, que interligadas recebem a água do rio.

“Ao percorrer as cavas, as plantas aquáticas absorvem a matéria orgânica e química contida na água para sua nutrição por meio de processo biológico, resultando em uma água de boa qualidade e contribuindo para o seu tratamento”, explicou a engenheira e uma das autoras do projeto, Célia Regina Gapski Yamamoto.

As principais características que tornam as várzeas ferramentas eficazes no controle de poluentes e contaminantes de rios e córregos são a alta capacidade de reprodução da vegetação e eficiência na absorção dos sedimentos.

IMPLEMENTAÇÃO – A primeira área que receberá o projeto será as margens do rio Barigui, próximo a sua foz, localizadas no bairro da Caximba, em Curitiba. O início das obras está previsto 2008 e já contam com recursos da Petrobrás em parceria com o governo do estado.

“Cerca de 1,5 mil litros por segundo de água terão sua qualidade recuperada apenas nesta área de 80 hectares. A idéia é implantar o projeto em outros mil hectares de áreas nos afluentes do rio Iguaçu”, declarou o engenheiro da Suderhsa e também autor do projeto, José Luiz Scroccaro.

Segundo ele, o rio Iguaçu recebe toda a poluição oriunda de Curitiba e Região Metropolitana, tendo sua qualidade comprometida, inclusive para o abastecimento público – com exceção de suas nascentes.

A preservação das áreas úmidas é uma preocupação da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. No inicio deste mês, o secretário Rasca Rodrigues assinou de forma pioneira no país uma resolução conjunta com Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tornando estes locais Áreas de Preservação Permanente (APP).

LOCALIZAÇÃO - A área de abrangência da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto do Ribeira conta com 20 municípios, que representam 30% da população paranaense e 33% do PIB do nosso Estado. Os municípios da Bacia do Alto Iguaçu e Afluentes do Ribeira são: Curitiba, Rio Branco do Sul, Bocaiúva do Sul, Colombo, Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Piraquara, Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Araucária, Contenda, Balsa Nova, Lapa, Porto Amazonas, Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Itaperuçu.

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Sanepar apresenta experiências desenvolvidas na gestão de bacias hidrográficas

Técnicos da Sanepar apresentam sete experiências desenvolvidas pela empresa na gestão de bacias hidrográficas, em Foz do Iguaçu. Representantes da empresa participam, até sábado (27), do IX Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. Entre os trabalhos estão ações de educação ambiental, gestão do lodo de esgoto e sistema de gestão ambiental. O encontro reúne 1,2 mil pessoas, de 142 comitês, acadêmicos e organizações governamentais e não-governamentais.

O presidente da Sanepar, Stênio Jacob, que participa do evento, informou que a empresa reconhece a importância da gestão do saneamento com base nas bacias hidrográficas e tem adotado como política a gestão por bacias. “Participamos ativamente dos comitês de bacias instalados no Estado”. No Paraná, existem, em funcionamento, quatro comitês de bacias hidrográficas: Rio Tibagi, Paraná III, Jordão, do e Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira e. Os comitês de bacias hidrográficas são órgãos de caráter deliberativo, que atuam como fóruns de decisão de ações a serem implantadas em sua área de gestão.

ESTANDE – A empresa montou um estande onde mostra as principais atividades desenvolvidas em relação à gestão por bacias hidrográficas. A diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, cita como exemplo o programa “Viva a natureza, se ligue na rede”, que tem por objetivo eliminar pontos de contaminação do meio ambiente, causados por ligações irregulares de esgoto doméstico.

Arlete cita como exemplo as parcerias que a empresa tem com a Secretaria do Meio Ambiente, que já possibilitou a recuperação da mata ciliar em diversos rios do Estado, com o plantio de mais de 40 milhões de mudas de árvores nativas.

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Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas reúne 1,5 mil pessoas em Foz do Iguaçu

Aproximadamente 1,5 mil pessoas de todos os estados brasileiros participaram da solenidade de abertura na noite de terça-feira (23) no IX Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, em Foz do Iguaçu, que irá debater a gestão integrada dos recursos hídricos no país, com a participação da sociedade civil, órgãos governamentais e usuários (indústrias).

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, anunciou que desde o inicio deste ano técnicos do governo estão promovendo estudos para a criação do Instituto Estadual das Águas, como aperfeiçoamento da Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) – autarquia da Secretaria do MeiO Ambiente.

“O Paraná está evoluindo a cada dia no gerenciamento dos recursos hídricos e a criação da Agencia de Águas é uma forma de tornar ainda mais eficiente o controle, fiscalização e uso consciente das águas com tecnologias para reutilização dos recursos hídricos e monitoramento das águas subterrâneas”, declarou Rasca.

O secretário lembrou que antes mesmo da criação da Lei das Águas (Lei 9.433/97) para instituir a Política Nacional de Recursos Hídricos e - que comemora dez anos – o governador Requião já preocupava-se com a gestão dos recursos hídricos, considerando sempre a água um bem público.

“Em 11000, durante o primeiro mandato do governador Requião, o Paraná foi o primeiro estado a regulamentar a outorga pelo uso da água e, agora somos o primeiro estado a outorgar o lançamento de efluentes industriais, assegurando quantidade e qualidade à água e impedindo que indústrias instalem-se ao longo dos nossos rios sem capacidade para absorver os poluentes que serão lançadas”, destacou o secretário.

Para o secretário, o Encontro servirá para que os técnicos e integrantes dos comitês de bacias já instalados extraiam propostas exitosas desenvolvidas em outros estados. “As experiências aqui apresentadas serão muito importantes, tanto para os Comitês de Bacias já instalados, como para os outros cinco que instalaremos até 2010. Estes grupos auxiliarão no processo de cobrança pelo uso da água, preservação e gerenciamento dos nossos rios”, enfatizou.

ESCASSEZ – A preocupação com a escassez da água é unânime entre os participantes do Encontro e nos discursos das autoridades e representantes da sociedade civil.

O secretário Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Eustáquio Luciano Zica, sugeriu aos secretários de Meio Ambiente buscar parcerias com as grandes empresas geradoras de energia para garantir a preservação da água.

“Os governos devem fazer com que as empresas de energia invistam em projetos de preservação e recuperação dos rios, assim como, em ações de educação ambiental. Se um terço do lucro das hidrelétricas fossem revertidos em projetos ambientais garantiríamos a preservação muitos recursos naturais”, incentivou o secretário, citando o Programa Cultivando Água Boa da Itaipu Binacional como exemplo.

O secretário de Recursos Hídricos do Ceará, César Augusto Pinheiro, falou sobre as dificuldades de um estado onde não há água. “Nós fazemos uma gestão organizada e eficaz porque temos muito poucos recursos hídricos para gerir. Criticar o gerenciamento fica muito mais fácil quando não se tem uma população passando necessidades devido a falta de água”, lamentou César.

O coordenador Geral do Projeto Manuelzão na Bacia do Rio das Velhas em Minas Gerais, que representou a Sociedade Civil, Apolo Heringer Lisboa, destacou que os Comitês de Bacias Hidrográficas representam uma maneira superior de praticar a democracia no país. “A água está mudando as mentes das pessoas. O Brasil está aprendendo em Encontros como este a promover o ‘conserto social e ambiental’, que envolve a participação igualitária de todos os setores da sociedade na gestão de um bem necessário a humanidade”, opinou.

AUTORIDADES - Entre as autoridades; o coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, Lupércio Ziroldo Antonio; presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek; presidente da Agência Nacional de Águas, José Machado; secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Alagoas, Ana Catarina de Azevedo Lopes; Presidente do Fórum dos secretários de Recursos Hídricos do Nordeste e secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí, Dalton Melo Macambira; presidente da Sanepar Stenio Jacob e a superintendente de meio ambiente da Copel, Marlene Zannin.

PROGRAMAÇÃO - Durante o evento que prossegue até sábado (27) serão apresentados 140 experiências práticas desenvolvidas no âmbito dos comitês por instituições gestoras dos recursos hídricos. Somente o Estado do Paraná inscreveu 49 experiências já implantadas para recuperação e preservação dos recursos hídricos.

Nove oficinas e cursos serão oferecidas durante o Encontro como, por exemplo, Cobrança pelo Uso da Água, Cultivando Água Boa e Produção de Água e Pagamento por serviços Ambientais. Além disso, serão realizadas as reuniões da Agência Nacional de Águas (ANA) com os órgãos gestores de recursos hídricos no Brasil e reunião de Agricultores irrigantes sobre reservatórios de águas em Áreas de Preservação Permanente.

Para conferir a programação da semana, basta acessar o site (www.meioambiente.pr.gov.br) e clicar no link do evento. As inscrições encerraram no domingo (21), porém algumas vagas podem ser abertas nos dias das apresentações e palestras. A programação do Encontro pode ser conferida por meio do site http://www.rebob.org.br.

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Paraguai vai usar programas ambientais paranaenses a partir de dezembro

O Paraguai e o Paraná vão implementar a partir de dezembro ações para conter o tráfico de animais silvestres, ampliar o recolhimento de embalagens de agrotóxicos na fronteira, a recomposição da mata ciliar na Bacia do Prata, entre outras Programas ambientais desenvolvidos pelo governo do Estado na área de resíduos sólidos, biodiversidade e recursos hídricos.

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o ministro da Secretaria del Ambiente do Paraguai, Carlos Antônio Lopez Doze, assinaram nesta quarta-feira (24) - durante o “IX Encontro Nacional dos Comitês das Bacias Hidrográficas”, em Foz do Iguaçu um acordo de cooperação, prevendo o treinamento de técnicos paraguaios por técnicos paranaenses durante todo o mês de novembro para dar inicio as ações já em dezembro.

“O Paraguai tem muito interesse neste acordo com o Paraná, que não será apenas mais um documento assinado”, garantiu o ministro Carlos Antônio Lopez Doze . Ele destacou que o Paraguai é um país é pequeno, mas com muitos recursos naturais.

“Hoje não existem mais fronteiras para o meio ambiente. O que é bom temos que copiar e começaremos já na próxima semana o treinamento dos profissionais paraguaios”, declarou. O ministro anunciou a necessidade de reforçar o recolhimento de embalagens de agrotóxicos e a recomposição das matas ciliares, especialmente, no rio Paraná. “O Paraná tem demonstrado que sabe ensinar o agricultor a recolher a embalagem de agrotóxico e plantar as margens dos rios”, elogiou.

“Agora, teremos mais do que um rio ou um Aquífero nos unindo e estaremos trabalhando juntos para garantir a nossa diversidade biológica, pois o que afeta a bacia hidrográfica do Paraná afeta a nossa também”, enfatizou o ministro Carlos Antônio Lopez Doze, referindo-se ao rio Paraná, a bacia do Prata e ao Aquífero Guarani.

LIXO - O ministro solicitou ao secretário Rasca Rodrigues a permissão para reproduzir o material didático elaborado pelo programa Desperdício Zero, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente com dicas e orientações sobre coleta e destinação final de todos os tipos de resíduos. O manual, com cerca de 400 páginas, que traz informações sobre resíduos orgânicos, da construção civil, pilhas e baterias, resíduos de saúde, lâmpadas, vidros, óleo de cozinha, pneus, entre outros, será traduzido para o espanhol e distribuído em todos os municípios paraguaios.

“É um material muito didático e que contribuirá para a redução do lixo e qualidade de vida da população. Manteremos as cores, logomarcas e identidade visual criada pelo Paraná e colocaremos a nossa do Paraguai ao lado. Uma parceria concreta”, sugeriu o ministro ao secretário Rasca. O programa Desperdício Zero foi criado para reduzir em 30% o volume de resíduos encaminhado aos aterros sanitários – através da reutilização, reaproveitamento e reciclagem dos materiais.

Depois da assinatura do documento, uma equipe de trabalho foi formada pelas duas autoridades, que terão um prazo de 30 dias para treinamentos e apresentação do cronograma de implementação das ações.

“Esta parceria é a demonstração clara do compromisso que muitos governantes estão assumindo com a recuperação do planeta. O nosso objetivo é unir esforços para garantir que no futuro as pessoas tenham qualidade de vida; e, acima de tudo, recursos naturais preservados. É muito gratificante ver que o nosso trabalho é reconhecido e reproduzido por outros países ”, comentou o secretário Rasca Rodrigues.

Segundo Rasca, esta é a primeira iniciativa na área ambiental, desenvolvida entre o Governo do Estado e o Paraguai. O acordo tramitará com o apoio dos Ministérios das Relações Exteriores e Embaixada do Brasil no Paraguai.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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