Panorama
 
 
 

IEF DEFINE RESTRIÇÕES DA PESCA EM MINAS DURANTE PERÍODO DA PIRACEMA

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Novembro de 2007

As atividades de pesca no Estado de Minas Gerais serão limitadas a partir do dia 1º de novembro de 2007 até 28 de fevereiro de 2008. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) publicou, nesta quarta-feira (31/10), as portarias que regulamentam a atividade no Estado no período da piracema, época em que os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem.

A partir do dia 1º de novembro, a pesca de espécies nativas está proibida em todo o Estado. "Será permitida apenas a captura de espécies exóticas (de outros países), alóctones (de outras bacias brasileiras), híbridas (produzidas em laboratório)", afirma o gerente de Gestão da Fauna Aquática e Pesca do IEF, Marcelo Coutinho Amarante. "Apenas algumas espécies autóctones (nativas da bacia) poderão ser pescadas", completa.

As portarias 150, 151 e 152 estabelecem os critérios para a atividade nas bacias dos rios São Francisco, Grande e Paranaíba, e das bacias do Leste, respectivamente. Marcelo Coutinho observa que, a partir de novembro, a pesca na bacia do rio São Francisco, proibida até o dia 31 de outubro, devido à proliferação de cianobactérias ou algas azuis, passará a observar as normas da Portaria 150. Exames realizados nos peixes coletados no município de Várzea da Palma indicam que a contaminação por microcistina, toxina liberada pelas algas, está abaixo do nível determinado como tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Marcelo Coutinho ressalta que a realização de campeonatos e gincanas de pesca está suspensa nesta época do ano, bem como a pesca subaquática e a utilização de quaisquer tipos de animais silvestres como iscas. "A pesca amadora ou de subsistência é permitida, desde que o pescador tenha a carteira de pesca e respeite as espécies nativas", afirma. Ele observa que não há limites para a captura das permitidas. As pescas de caráter científico, de controle ou manejo de espécies, prévia e devidamente autorizadas pelo IEF ou pelo órgão federal competente, também são permitidas neste período. "O pescador que portar, guardar ou transportar aparelhos e equipamentos de pesca não autorizados ou em quantidade superior à permitida pode ser multado e ter os equipamentos apreendidos", alerta.

Piracema
O período da piracema é fundamental para a reposição das espécies que vivem nos rios, barragens e represas do Estado. Os peixes de piracema também são conhecidos como peixes migradores e chegam a nadar centenas de quilômetros em poucos dias. "Cansados, tornam-se presas fáceis de serem capturadas", explica Marcelo Coutinho.

A palavra piracema é de origem tupi e significa "subida do peixe". Refere-se ao período em que os peixes buscam os locais mais adequados para desova e alimentação. O fenômeno acontece todos os anos, coincidindo com o início do período das chuvas, entre os meses de novembro e fevereiro. Ao fim desta época, formam-se lagoas às margens dos rios, onde as ovas ficam detidas. Nesses locais, as chances de sobrevivência dos alevinos (filhotes) são maiores, pois as águas são ricas em alimentos.

Minas Gerais abriga 354 espécies de peixes, o que representa quase 12% do total encontrado no Brasil. A bacia do São Francisco apresenta o maior número de espécies (173), seguida das bacias do Paranaíba (103) e do Grande (88). Dentre os mais conhecidos estão o dourado, o surubim, o jaú, a eurimata, a piramutaba e a piracanjuba.

A pesca é uma atividade de subsistência e os pescadores amadores devem portar a carteira de pesca, que pode ser obtida nas unidades de atendimento do IEF em todo o Estado ou pelo site do IEF (www.ief.mg.gov.br). A carteira deve ser renovada anualmente.
Fonte: Ascom/Sisema

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Igam e DER assinam protocolo para melhoria da qualidade das águas

O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) assinaram, nesta terça-feira (31), no Seminário Sobre o Desenvolvimento Sustentável no Setor de Transporte Rodoviário em Minas Gerais, um protocolo de intenções para a melhoria da qualidade ambiental em Minas. O protocolo visa estabelecer um convênio de cooperação técnica entre os órgãos para ações de drenagem pluvial nas rodovias mineiras.

De acordo com a diretora-geral do Igam, Cleide Izabel Pedrosa, que junto com diretor-geral do DER, José Élcio Monteza, assinou o documento, serão construídas, às margens das rodovias, bacias de acumulação de água para abastecimento do lençol freático. Cleide explica que esse sistema protege o solo contra erosão, evita assoreamento de cursos d'água e nascentes e alimenta o lençol, o que irá fortalecer a reserva aqüífera do Estado. "O Igam irá se responsabilizar pelo treinamento dos operadores de máquina e terá assessoramento técnico do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Emater, Ruralminas e do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot MG)", explicou.

Na avaliação do secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, a assinatura do documento é um símbolo do compromisso entre os órgãos estaduais para uma gestão estratégica integrada de uma área vital para o Estado como o setor rodoviário. "Estamos estabelecendo instrumentos práticos para essa gestão e dessa forma teremos um conjunto de ferramentas que irá subsidiar a tomada de decisões", declarou. "Essa parceria entre o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) é de vital importância para a melhoria da quantidade e qualidade das águas, tendo em vista que Minas possui aproximadamente 270 mil quilômetros de estradas vicinais", completou Cleide Pedrosa.

O protocolo foi referendado pelos secretários de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman, e por José Carlos Carvalho. O evento também contou com a participação do vice-diretor-geral do DER, Fernando Jannotti, do secretário adjunto de Meio Ambiente, Shelley de Souza Carneiro, e do Coordenador do Núcleo de Gestão Ambiental da Setop, Leomar Fagundes de Azevedo.

Sistema Integrado

No evento, o secretário-adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Shelley Carneiro, explicou aos participantes o processo de integração atualmente em curso no Sisema, no qual o licenciamento das agendas marrom, verde e azul está sendo realizado por equipe integradas e interdisciplinares. Carneiro ressaltou que esse processo é necessário para que o Sisema dê uma resposta adequada aos anseios da sociedade. "O Sistema tem que acompanhar a dinâmica do mundo moderno globalizado. Além disso, a situação ambiental mundial exige uma postura decisiva dos órgãos governamentais. Não se cria um passivo sem que ele seja cobrado no futuro. O custo é caro e se não agirmos agora as próximas gerações pagarão o preço", avaliou.
01/11/2007
Fonte: Ascom/Sisema

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Fórum de Educação Ambiental mobiliza municípios da Sub-bacia do rio Paracatu

O Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), por meio de sua Diretoria de Educação e Extensão Ambiental, realizou no último dia 25 de outubro, no município de Paracatu, o Fórum "Educação Ambiental para a Sustentabilidade da Sub-bacia do rio Paracatu". O evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre autoridades da região, servidores do Sisema e usuários de recursos hídricos dos 14 municípios envolvidos pelo Programa.

Contemplado no Projeto Estruturador do governo de Minas, "Conservação e Revitalização do rio São Francisco", o Programa tem como objetivo proporcionar condições favoráveis para que a sociedade da sub-bacia do rio Paracatu possa responder de forma participativa na gestão dos recursos hídricos, com as perspectivas da sustentabilidade, inclusão e justiça social. Além disso, o projeto visa a mudança de comportamento dos usuários, por meio de atividades de educação ambiental que promovam a sensibilização, mobilização e participação popular. Cerca de R$ 400 mil estão previstos pelo governo do Estado para a realização do Projeto de Educação Ambiental na sub-bacia do rio Paracatu.

Na abertura do Fórum, o Superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Noroeste, José Eduardo Vargas, que na ocasião representou o Secretário de Estado e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, falou da importância da realização do Fórum e da discussão das propostas de trabalho a serem executadas na região. "O objetivo desse Fórum é a busca de uma sociedade sustentável voltada para a melhoria da qualidade de vida e do ambiente, em equilíbrio com a justiça social e o uso sustentável dos recursos ambientais na região do rio Paracatu", ressaltou Vargas.

Nesse primeiro Fórum foi apresentado o projeto ‘Água Viva', coordenado e idealizado pelo analista ambiental Ricardo Cottini. O ‘Água Viva' tem como prioridade a atividade de pesca e conservação dos recursos hídricos e prevê o desenvolvimento de ações de educação ambiental junto a pescadores e usuários dos cursos d´água da sub-bacia do rio Paracatu, focando a conscientização integrada entre a atividade da pesca e os demais usos da água.

Segundo Cottini a participação da sociedade é muito importante na definição das prioridades e ações. De acordo com ele, os problemas enfrentados na sub-bacia, tais como a má utilização da terra pela agropecuária, o desmatamento generalizado, o assoreamento do rio Paracatu, as marcas deixadas pela mineração e o lançamento de esgoto doméstico no rio, são um alerta para que medidas de organização sejam tomadas para reverter a atual situação. "Esse Fórum foi um momento de discussão e levantamento de necessidades, interesses e problemas que irão nortear as ações para a realização do Programa de Educação Ambiental na Sub-Bacia do rio Paracatu", frisou.

Durante o evento, os usuários dos municípios de Brasilândia de Minas, Buritizeiro, Cabeceira grande, Dom Bosco, Guarda-Mor, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Presidente Olegário, Santa fé, Unaí e Vazante, participaram de uma oficina de moderação, onde foram levantados os principais problemas e sugestões de ações de Educação Ambiental. "A partir de agora, as ações vão começar a ser executadas mediante as necessidades, os interesses e os problemas levantados pela sociedade local, em comum acordo com o Projeto proposto pela Diretoria de Educação e Extensão Ambiental", finalizou Ricardo Cottini.
Fonte: Ascom/Sisema

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Governo investe na preservação das áreas verdes na RMBH

A proposta para ampliação da área do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, atualmente em discutição na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), é uma amostra da crescente preocupação do Governo de Minas Gerais com as áreas verdes nas regiões urbanas. O parque, atualmente com 3.941,09 hectares, é o terceiro maior em área urbana do pais.

O Projeto de Lei 1.304, de autoria do deputado Délio Malheiros (PV), prevê a ampliação da área da unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) em 1,1 mil hectares com a inclusão da Serra da Calçada. O gerente do parque, Paulo Emílio Guimarães, observa que a possível ampliação do parque é uma vitória contra os que não percebem a importância da conservação dos recursos naturais. Ele lembra que atualmente outro Projeto de Lei está em análise na Comissão de Meio Ambiente da ALMG, só que prevendo a redução do parque. O Projeto de Lei 124, no entanto, segundo o presidente da Comissão, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), "não tem chance de prosperar na Assembléia".

A porção sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ganhou, em 2006, outro importante reforço em suas áreas protegidas com a criação da Estação Ecológica do Cercadinho. Com 224 hectares, abriga mananciais e sistemas da Copasa que garantem o abastecimento de boa parte dos habitantes da região do Barreiro. Juntamente com a Estação Ecológica de Fechos e o PE da Serra do Rola-Moça formam uma importante reserva de biodiversidade com representação dos biomas de Mata Atlântica, Cerrado e Campos Ferruginosos.

A RMBH está localizada na porção sul do complexo da Serra do Espinhaço. Em junho de 2005, foi reconhecida como Reserva da Biosfera pelo programa "Man and Biosfere" (Homem e Biosfera) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

APA Sul

"Criar a manter áreas verdes num ambiente urbano como a RMBH é um desafio para o Estado, os municípios e cada um de nós", afirma o gerente da Área de Proteção Ambiental Sul (APA Sul RMBH), Luiz Roberto Bendia. A APA-Sul abrange toda a região sul de Belo Horizonte e outros municípios que pertencem à região metropolitana e proximidades. "A APA inclui municípios localizados nas bacias hidrográficas do rio Doce e do São Francisco", observa Roberto Bendia.

A APA é uma categoria de unidade de conservação que busca o desenvolvimento equilibrado entre economia e meio ambiente. "A APA-Sul está localizada em uma região em que a mineração é uma atividade econômica expressiva sendo que existem pelo menos 25 tipos de extração mineral diferentes", observa. "Cada centímetro de área verde preservada, desde áreas maiores como o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça até pequenas Reservas Particulares do Patrimônio Natural e parques municipais, é essencial', completa.

Na segunda-feira (29), será realizada uma reunião do Conselho Consultivo da APA Sul RMBH quando serão divulgados os critérios para formação da nova composição do Conselho. "O Conselho foi formado em 2003 e, agora, será reformulado para adequar-se aos novos mecanismos de gestão que vem sendo adotados pelo Sisema", A reunião acontecerá às 9h, na sede do Sistema Estadual de Meio Ambiente (rua Espírito Santo, 495, 5º andar).

Norte

A proteção de áreas verdes na parte norte da RMBH ganhou nova dinâmica após o início do processo de instalação do Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais e da Linha Verde. As obras deram início à implantação de um sistema de Áreas Protegidas na região tendo como maiores representantes a criação do Parque Estadual da Serra Verde e a implantação do Parque Estadual do Sumidouro. "Já foi iniciado um trabalho de identificação de outras áreas que serão protegidas", afirma o gerente de Criação de Áreas Protegidas do IEF, Silvério Seabra.

O Parque Estadual da Serra Verde está localizado no entorno do futuro Centro Administrativo do Estado. No dia 8 de setembro, cerca de 120 pessoas compareceram à audiência pública, no bairro Serra Verde para conhecerem os detalhes do projeto, levar suas opiniões e reivindicações. Segundo Silvério Seabra, o decreto para criação do Parque deverá ser publicado até o final do ano e possivelmente terá uma gestão compartilhada com a Prefeitura de Belo Horizonte, já que grande parte da área pertence à capital.

O Parque Estadual do Sumidouro encontra-se em fase final de implantação. No início de agosto, ganhou uma sede provisória na Casa Fernão Dias, localizada no povoado Quinta do Sumidouro, no município de Pedro Leopoldo. Em setembro, o Conselho Consultivo da unidade de conservação tomou posse fortalecendo a participação da comunidade local na preservação da área. O parque foi criado em 1980 pelo Decreto 20.375 com o objetivo de preservar o patrimônio natural, cultural, arqueológico e paleontológico existente na região que abriga alguns dos registros mais antigos da presença humana no continente americano.

Segundo Roberto Alvarenga, a meta do IEF é concluir a implantação do parque até o final de 2008. "Até o fim de 2007 o IEF irá adquirir 350 hectares e começar as obras de infra-estrutura, que incluem a construção de um centro de visitantes, casa de gerente e a estrutura administrativa", explica. O IEF está realizando o cadastramento e levantamento de documentação dos proprietários que vivem na unidade. "As informações serão enviadas à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão para cálculo das indenizações para a desapropriação", informa.
Fonte: Ascom/Semad

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (www.semad.mg.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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