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DEMANDA INTERNACIONAL POR DENDÊ DESTRÓI FLORESTAS NA INDONÉSIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2007

08 de Novembro de 2007 - Desse fruto da palma sai o óleo que pode ser usar tanto na produção de alimentos como de biocombustível. E apesar de pequenino, vem causando grandes estragos nas florestas da Indonésia, que vêm sendo derrubadas para abrir espaço às plantações de palma.

Amsterdã, Holanda, Internacional — Resultados da investigação promovida pelo Greenpeace são divulgados às vésperas da reunião do IPCC em Bali para discutir os próximos passos do Protocolo de Kyoto.

Um mês antes de governos se reunirem em Bali para discutir os próximos passos no combate às mudanças climáticas, investigação conduzida pelo Greenpeace na Indonésia revela como a demanda internacional por óleo de palma está alimentando a destruição das florestas da região. O óleo de palma, também conhecido como óleo de dendê, é usado na produção de alimentos, cosméticos e biocombustível.

Na Indonésia, a produção do óleo é resultado direto da destruição das florestas locais, mas esse histórico é “apagado” durante o processo de fornecimento para empresas como Nestlé, Procter & Gamble e Unilever. O relatório Cozinhando o Clima (arquivo PDF para baixar, texto em inglês) também cita multinacionais como Unilever, Nestlé e Procter & Gamble.

Para o Greenpeace, ao fechar os olhos para a destruição das florestas, a indústria do dendê agrava os impactos do aquecimento global. A vegetação nativa na Indonésia representa um dos maiores estoques de carbono do mundo e sua queima corresponde a 4% das emissões globais de CO2.

Cerca de 25% das plantações de palma da Indonésia se encontram na pequena província de Riau, na ilha de Sumatra. Como se não bastasse, há planos de expandir a área em 3 milhões de hectares, o que cobriria mais da metade da província com as plantações. Isso teria conseqüências devastadoras para as florestas de Riau, responsáveis pelo armazenamento de 14.6 toneladas de carbono – o equivalente a um ano de emissões de gases de efeito estufa no mundo inteiro.

O relatório Cozinhano o Clima também ilustra como empresas estão explorando a preocupação global em torno das mudanças climáticas para promover o uso dos biocombustíveis como alternativa ao petróleo e ao diesel convencionais. Converter florestas em plantações de palma libera mais dióxido de carbono na atmosfera do que queimar biocombustível no lugar do diesel.

No cenário apresentado por nós em outro relatório, o [R]evolução Energética, os biocombustíveis e a biomassa representam uma das várias estratégias de energias renováveis de transição para garantir ao Brasil uma matriz energética com baixas emissões de carbono. No entanto, se não forem respeitadas salvaguardas sócio-ambientais, o que seria parte da solução se transforma em um grande problema.

“A expansão da cana de açúcar no sudeste e centro oeste e a crescente demanda por soja e milho aumenta a procura por terras agricultáveis na Amazônia, incentivando o desmatamento”, disse Paulo Adario, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace.

O desmatamento é hoje responsável por aproximadamente um quinto das emissões totais de gases do efeito estufa no planeta. No Brasil, atualmente quarto maior poluidor do clima no mundo, os desmatamentos e as queimadas são responsáveis por cerca de 75% das emissões.

“O Brasil é parte do problema e deve, portanto, assumir sua parcela de responsabilidade na luta contra o aquecimento global, zerando o desmatamento na Amazônia”, emendou Adario.

“O governo brasileiro tem a chance de mostrar uma postura proativa durante a conferência da ONU sobre Clima, que acontece em dezembro, em Bali, garantindo a inclusão de florestas no segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto – tanto pelo enorme potencial de redução de emissões de gases do efeito estufa quanto pelo imensa biodiversidade da Amazônia” disse Marcelo Furtado, coordenador de campanhas do Greenpeace no Brasil.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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