Belém – (07/11/07)
- Terminou no último dia 23 de outubro,
a Operação Gargalo, que percorreu
durante 30 dias, os municípios de Altamira,
Medicilândia,
Uruará, Senador José Porfírio
e Porto de Moz.
Nela, os fiscais do Ibama
buscaram focar esforços principalmente
na Reserva Verde Para Sempre e na Floresta
Nacional de Caxiuanã.
A operação
contou com uma equipe de 13 técnicos
do Ibama, sete Policiais do Batalhão
de Policiamento Ambiental – BPA e cinco Militares
do Exército do 8º BEC, somando
pessoas dos municípios de Belém,
Altamira e Santarém.
Dentre os seus objetivos
estavam o combate aos ilícitos ambientais,
como transporte, beneficiamento e comércio
ilegal da madeira e do carvão vegetal,
além do combate à exploração
na Floresta de Caxiuanã, que segundo
dados extraídos do nosso Núcleo
de Sensoriamento Remoto, existiam áreas
naquela região antes nunca fiscalizadas,
devido principalmente ao difícil acesso
e a maioria de suas estradas estarem sem condições
de uso por veículos de pequeno porte,
sem contar ainda com a inviabilidade de se
navegar pelos rios dessa região.
Por isso, para que a Operação
pudesse alcançar as suas metas, as
equipes tiverem que locar algumas viaturas
e balsas, para que se juntassem às
do Instituto. Vale ressaltar que uma lancha
voadeira também foi utilizada para
que a equipe conseguisse se deslocar pelo
interior da Resex, já que nela existem
vários rios que percorrem a sua extensão.
Isso tudo porque ela é a maior Reserva
Extrativista de Uso Sustentável do
País, com 1.288,717 hectares.
Ao todo, 23 autos de infração
foram lavrados, somando mais de R$ 2 milhões
em multas aplicadas contra os infratores.
Prova disto, é que nela foram apreendidos
10.167,426 m³ de madeira, 100 mdc de
carvão vegetal, quatro motoserras,
cinco caminhões, cinco tratores, além
de três embargos contra empresas da
região.
Shirley Moura
+ Mais
Ibama divulga parciais dos
trabalhos das Bases Operativas do PPCDAM 2007
no oeste do Pará
Santarém (07/11/07)
- Localizadas em pontos críticos do
desmatamento e do tráfico de madeira,
as Bases Operativas do Plano de Ação
para Prevenção e Combate ao
Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM)
se apresentam como instrumentos importantes
na estratégia do Governo para
conter o desmatamento na Amazônia.
Até o momento, mais
de dez mil hectares de áreas desmatadas
foram autuadas e embargadas pela fiscalização
do Ibama. Foram apreendidos mais de quinze
mil metros cúbicos de madeira e aplicados
quase vinte e três milhões de
reais em multas, segundo dados referentes
às seis operações do
Plano de Ação para Prevenção
e Combate ao Desmatamento na Amazônia
Legal (PPCDAM 2007) na região oeste
do Pará, coordenadas pela Divisão
de Fiscalização da Gerência
Executiva do Ibama em Santarém, até
o mês de setembro.
Ao longo da BR-163 funcionam
atualmente três Bases Operativas: em
Itaituba, Novo Progresso e Castelo de Sonhos.
Em Itaituba na Operação Ouro
Verde, em campo desde o dia 21 de junho, há
uma barreira de fiscalização
funcionando 24 horas, no entroncamento da
Santarém-Cuiabá com a BR-230
(Transamazônica), coibindo o transporte
de madeira ilegal e realizando incursões
para atingir desmatamentos e combater outros
crimes ambientais, tendo apreendido quase
mil m³ de madeiras neste período.
É importante ressaltar
que a intenção da realização
da barreira de fiscalização
é impedir o tráfico de madeira
ilegal, entre outros crimes ambientais. Outra
barreira de fiscalização funcionou
na Serra do Cachimbo, na divisa entre Pará
e Mato Grosso, entre os dias 16/06 e 15/07,
tendo apreendido 57 metros cúbicos
de madeira e realizado incursões autuando
e embargando quase 700 hectares de áreas
desmatadas ilegalmente.
Nas Bases Operativas de
Novo Progresso as ações da operação
Varredura enfocam o combate aos desmatamentos
detectados e mensurados a partir de imagens
de satélites, depois do que as equipes
de fiscalização vão a
campo para identificar as áreas e os
responsáveis pela devastação.
Já foram autuados pela equipe da Base
de Novo Progresso, entre o dia 23/07 e o dia
21/09, os responsáveis pela destruição
de quase de cinco mil hectares de florestas,
e embargadas quaisquer atividades nas áreas,
visando sua regeneração natural.
As multas aplicadas no período somam
quatro milhões de reais.
Na Operação
Iriri, a Base Operativa de Altamira foi deslocada
da Vila Caboclo para a Vila Central, na região
de São Félix do Xingu, aonde
foram autuados, somente no mês de agosto,
os responsáveis pela destruição
da vegetação em quase cinco
mil hectares em que foram embargadas quaisquer
atividades, tendo em vista a regeneração
da floresta amazônica, gerando 6,5 milhões
de reais em multas.
As operações
Satélite e Pacoval, atuando a partir
de Santarém,realizaram atendimento
de denúncias na região e inspeções
em indústrias madeireiras, que resultaram
além das multas, na apreensão
de quase 15 mil metros cúbicos de madeiras,
e incursões em desmatamentos detectados
através de sensoriamento remoto, resultando
na autuação de responsáveis
e no embargo de mais de mil hectares entre
os meses de março a agosto. Somadas,
as multas aplicadas pela fiscalização
do Ibama nas duas operações
superam os nove milhões de reais.
O Ibama está intensificando
as ações de fiscalização
na área de abrangência da Gerência
Executiva em Santarém, com aumento
do número de servidores, fiscais, policiais,
veículos e equipamentos nas Bases Operativas,
que devem funcionar permanentemente para coibir
os desmatamentos e demais crimes ambientais
praticados na região. A intensificação
da fiscalização visa, com a
presença do Ibama nas Bases Operativas,
coibir o avanço do desmatamento no
período das chuvas, quando a grande
concentração de nuvens sobre
a região amazônica prejudica
a sua detecção através
de sensoriamento remoto.
A grande quantidade de ilícitos
ambientais praticados e autuados é
preocupante, e além de reforçar
as Bases Operativas e intensificar as atividades
de fiscalização, é preciso
o apoio da população às
ações do Ibama na região,
pois somente a partir desta participação
será possível reduzir o número
de desmatamentos e outros crimes ambientais
na região, atuando de forma preventiva.
Christian Dietrich