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TRANSVERSALIDADE E INTEGRAÇÃO SÃO PRIORIDADES, GARANTE MARINA SILVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

05/11/2007 - Suelene Gusmão - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lembrou nesta segunda-feira (5) na abertura do seminário "Recursos Hídricos no Ambiente Urbano: integração de sistemas" que uma das diretrizes da política ambiental do MMA é exatamente a integração e a transversalidade, ferramentas, segundo ela, necessárias para incrementar o diálogo com os diferentes setores do governo. Ela também apontou outras diretrizes: controle e participação social, capazes de fazer com que os processos de elaboração das políticas públicas tenham o olhar da sociedade, podendo levar o governo a acertar mais na implementação das políticas públicas.

O seminário, promovido pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, continua até o dia 7 e tem como objetivo construir uma agenda comum de trabalho que integre as ações dos Sistemas de Gerenciamento de Recursos Hídricos e de Gestão Ambiental Urbana.
Para Marina Silva, quando os diversos setores do governo estiverem integrados com outros setores da sociedade, estará sendo criada uma capacidade de respostas para as novas necessidades que surgirem. Segundo ela, a crise ambiental que estamos vivendo em relação às mudanças climáticas exigirá dos governos, das empresas, das academias, da sociedade de um modo geral, respostas muito rápidas. "Pensar uma política urbana com este olhar já voltado para a questão dos recursos hídricos, com o olhar para a gestão dos resíduos é estar trabalhando em várias agendas das mudanças climáticas, de mitigação, de adaptação e de enfrentamento das vulnerabilidades", explicou.

Para exemplificar como a transversalidade e a integração podem incrementar programas fazendo ganhar novas perspectivas, a ministra lembrou que embora tenha tido a política formulada pelo MMA, o programa de atendimento de demandas isoladas de populações do semi-árido com escassez de água, que implementava o programa de cisternas de placa, foi para o Ministério das Cidades. "Quando percebemos que o projeto não poderia se desenvolver em nosso ministério ele foi para o Ministério das Cidades e nós passamos de nove mil cisternas de placa para 70 mil e o presidente Lula quer chegar a um milhão de cisternas. Isso prova que a melhor coisa que tem é pensarmos a política e depois vê-la andando com suas próprias pernas dentro do governo".

A ministra explicou aos presentes que neste segundo mandato, o Ministério do Meio Ambiente procurou se reposicionar para conseguir enfrentar o desafio destes próximos quatro anos. "Passamos por um processo de reestruturação do Ministério e do Ibama, e criamos uma Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano exatamente porque foi algo que sentimos ser necessário para darmos conta da política que agora estamos nos propondo a formular visando sua implementação".

Marina Silva citou ainda a criação das Secretarias de Mudanças Climáticas, de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental e o Instituto Chico Mendes, que, segundo ela, será uma das grandes ferramentas para a implementação da política ambiental no que concerne à estratégia de criação e implementação das unidades de conservação. "Temos feito um trabalho buscando este olhar estruturante para os processos, e confesso que não é fácil. Fácil é a gente mexer em uma coisa aqui e outra acolá de forma pontual. Mas é muito difícil você pensar em fazer as coisas, independentemente de quem sejam as pessoas que vão lhe conferir continuidade. Todas essas mudanças buscam aprofundar esse olhar".

Em sua palestra, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Luciano Zica, disse que é preciso consolidar no âmbito do poder público federal a compreensão de que não há como resolver a questão da gestão urbana se não tivermos a capacidade de compreender o papel dos três entes da Federação (União, estados e municípios), de entender o papel dos movimentos sociais, de entender a interação e a intimidade que há entre os impactos da gestão do ambiente urbano na questão dos recursos hídricos. "Quero desejar a todos um excelente seminário, para que possamos consolidar as ações e construir um desenvolvimento urbano sustentável, capaz de respeitar a importância de nossos recursos hídricos", disse Zica.

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GT do Conama discute metodologia para restauração de APPs

05/11/2007 - Adriano Ceolin - O Grupo de Trabalho (GT) do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para Restauração de Áreas de Proteção Permanente (APPs) reúne-se, nesta terça-feira (6), a partir das 9h30, no Centre-Ibama. Trata-se da primeira reunião do grupo cujo objetivo é apresentar uma proposta de resolução para regulamentar a metodologia de recuperação de APPs.

A criação do GT atende a uma determinação estabelecida na Resolução nº 369, de 2006, que dispõe sobre os casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APPs.

Para a diretora-adjunta do Conama e coordenadora do GT, Dominique Louette, esta primeira reunião servirá, principalmente, para instalar o grupo de trabalho", disse. "Contudo, nós esperamos também conseguir estabelecer um cronograma de trabalho para as próximas reuniões", disse.

Nesta quarta-feira (7), duas Câmaras Técnicas do Conama (Assuntos Jurídicos e Gestão Territorial e Biomas) farão reunião conjunta para discutir o projeto de Zoneamento Ecológico-Econômico do estado do Acre. O encontro terá como objetivo elaborar o texto de uma recomendação sobre o assunto que deverá ser apreciada na próxima reunião plenária do Conama, marcada para os dias 27 e 28 de novembro.

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MMA lança kit de publicações sobre educação ambiental

06/11/2007 - Grace Perpétuo - Primeira publicação brasileira a receber o Selo de Reconhecimento da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) da Organização das Nações Unidas (ONU), o kit de publicações Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis: Uma Coletânea para Pensar e Agir será lançado nesta quinta-feira (8), a partir das 8h30, no hall de entrada da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados. O kit, que tem edição limitada, contém documentos técnicos do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Cultura e a Ciência (Unesco).

O lançamento ocorrerá pouco antes da realização do seminário Metrópoles Sustentáveis: Responsabilidades Individuais e Coletivas, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e a CDU. No evento serão apresentadas iniciativas variadas, de autoria de diferentes segmentos da sociedade, que enfrentam um desafio comum: fomentar mudanças comportamentais, de atitudes e de valores naqueles que hoje vivem em grandes regiões metropolitanas. Aberto ao público, o encontro ocorrerá na plenária da CDU e contará com a participação do Departamento de Educação Ambiental do MMA.

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Programa Água Doce entrega sistemas de dessalinização na Paraíba

06/11/2007 - O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, participará nesta quinta-feira (8), às 10 horas, em Serra Branca (PB), da solenidade de entrega de nove sistemas de dessalinização de água subterrânea. A iniciativa é fruto do Programa Água Doce, da Secretaria de Recursos Hídricos, e vai garantir a sete mil pessoas o acesso à água de qualidade, por meio do desenvolvimento de tecnologias alternativas.

Ainda este ano, serão entregues mais 12 sistemas de dessalinização recuperados em parceria com a Fundação Banco do Brasil, chegando a atender 56 mil pessoas da região da Paraíba. O Programa Água Doce busca promover a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinizadores, sem danos ambientais, captando a água subterrânea salobra/salina, extraindo dela os sais solúveis e tornando-a adequada para o consumo humano.

O processo visa também minimizar os impactos ambientais decorrentes do despejo de concentrados provenientes do processo de purificação da água salgada, criando métodos para o aproveitamento desses resíduos, utilizando-os, por exemplo, na produção de peixes e de plantas para alimentação de caprinos, de bovinos e de ovinos, ampliando a segurança alimentar de muitas famílias do semi-árido.
Os sistemas de dessalinização foram recuperados sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, e a coordenação técnica da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da Paraíba, e conta com a parceria da Fundação Banco do Brasil, da Associação Técnico-Científica Ernesto Luiz de Oliveira Junior (Atecel), do Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) e do Laboratório de Sociologia Aplicada (Lasap), ambos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Além do secretário Luciano Zica, estará presente no evento o coordenador do Programa Água Doce do MMA, Renato Ferreira Saraiva, entre outros parceiros do Programa.
Fonte: Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas

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Começa instalação de pontos de internet em comunidades tradicionais do Acre

07/11/2007 - Grace Perpetuo - Serão implantados ao longo deste mês, no Acre, os primeiros 11 pontos de conexão da Rede de Monitoramento, Vigilância e Educação Ambiental de Comunidades Tradicionais e Indígenas e de Áreas Protegidas. Trata-se de uma malha digital que levará sinais de satélite, internet, educação ambiental e um cardápio de serviços públicos online a populações tradicionais e indígenas que vivem em Unidades de Conservação de 13 estados brasileiros. Cerca de 200 outros pontos cadastrados aguardam implantação.

A iniciativa é fruto de um acordo entre os ministérios do Meio Ambiente e das Comunicações e a Rede Povos da Floresta - grupo que remonta à Aliança dos Povos da Floresta, de Chico Mendes. O acordo de cooperação técnica em que se baseia o projeto de inclusão digital foi firmado em março deste ano, no âmbito do programa Governo Eletrônico Federal de Atendimento ao Cidadão (Gesac), entre os dois ministérios e a Associação de Cultura e Meio Ambiente (RJ), representante da Rede Povos da Floresta. O principal objetivo do projeto de inclusão digital é fortalecer o papel das comunidades tradicionais e dos povos indígenas na gestão ambiental de áreas protegidas e seus entornos, valendo-se de monitoramento, vigilância e educação ambiental - sempre de forma articulada com suas próprias políticas culturais e educativas e suas agendas de promoção da sustentabilidade. O apoio do MMA ao projeto se dá por meio de seu Departamento de Educação Ambiental.

Esses primeiros pontos da malha - também conhecida como Rede Povos da Floresta - serão inaugurados ao longo do mês na Reserva Extrativista Alto Juruá (sete); nas Terras Indígenas Kaxinawá do Rio Breu, Ashaninka do Rio Amônea e Apolima Arara (três); e na escola Ayoninka Antami, na sede do município Marechal Thaumathurgo (um). A iniciativa inclui três tipos de pontos, articulados em pólos regionais ou territoriais: núcleos comunitários, em sítios de comunidades tradicionais ou indígenas; centros de formação e articulação, em áreas urbanas estratégicas para acesso às comunidades tradicionais, indígenas e áreas protegidas; e pontos de monitoramento remoto, não-comunitários.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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