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EDITAL PARA EXPLORAÇÃO DE FLORESTA PÚBLICA FOI ADIADO PARA APROVEITAR SUGESTÕES DA SOCIEDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

14 de Novembro de 2007 - Alessandra Bastos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O edital de licitação para concessões de exploração sustentável na Floresta Nacional do Jamari (RO), lançado hoje (14) pelo Ministério do Meio Ambiente, teve a liberação atrasada em duas semanas. Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Tasso Azevedo, o adiamento foi necessário para incorporar análises e sugestões surgidas durante a consulta pública.

Uma das idéias aproveitadas no edital foi o pedido de aumento da lista de produtos não-madeireiros exclusivos do manejo comunitário. Na minuta do edital, constavam apenas o açaí e a castanha-do-pará. “São produtos muito importantes para a comunidade local. O concessionário tem de deixar a comunidade colher esses produtos de forma exclusiva”, explica Tasso.

A Comissão de Gestão de Florestas Públicas (CGFlop) queria a inclusão de vários outros produtos, como a copaíba, o breu (resina) e o amapá (leite com uso medicinal). Apenas a copaíba foi incluída. O breu e o amapá não foram considerados de uso tradicional.

Durante a consulta pública, foi identificado um grupo de produtos formado por frutos de palmeiras, como o buriti e a bacaba, e cipós de duas espécies utilizadas para fazer artesanato. “A exploração deles só poderá acontecer depois de consultado o Serviço Florestal, que vai avaliar se a exploração desses produtos não entre em conflito com o uso comunitário”, afirma Tasso Azevedo.

Outra sugestão incorporada no edital foi a criação de diferentes pesos para a avaliação dos critérios socioambientais. “A agregação de valor [renda adicional gerada pela exploração da floresta] ganhou mais peso na avaliação final”, exemplifica.

A possibilidade de parcerias entre as populações locais e o consórcio vencedor do leilão foi outra reivindicação da sociedade civil. A preocupação é que as comunidades tenham participação nos futuros negócios e sejam incluídas econômica e socialmente.

De acordo com o diretor-geral, a participação da comunidade se dará de três formas. Parte dos recursos arrecadados com a exploração da floresta será repassada à prefeitura do município onde se encontra a floresta pública. O uso dessa verba deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, do qual participa a sociedade local.

A segunda forma de participação consiste na definição de áreas de uso exclusivo para a comunidade e de produtos a serem trabalhados de forma conjunta. A terceira maneira são incentivos para projetos conjuntos com participação direta da comunidade, como o fornecimento de madeira para a geração de energia local. “Quando a empresa faz isso, recebe um desconto de até 90% no preço que paga pelos produtos”, destaca Tasso.

As três empresas vencedoras da licitação deverão conservar a área e poderão explorar produtos florestais como madeira, óleos, sementes e resinas, desde que use técnicas de manejo sustentável. Os vencedores poderão ainda oferecer serviços como ecoturismo e atividades esportivas nas áreas de floresta pública. A expectativa do SFB é de que os contratos sejam assinados em março.

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Ministério do Meio Ambiente lança primeiro edital para concessão de floresta pública

14 de Novembro de 2007 - Alessandra Bastos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O edital de licitação para concessões de exploração sustentável na Floresta Nacional do Jamari foi lançado hoje (14) pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) . Os interessados em participar licitação têm até 9 de janeiro para enviar a proposta.
“O edital é aberto a toda e qualquer empresa brasileira com sede e administração no Brasil e é composto por três partes: documental, a proposta de preço (com quanto a empresa vai pagar pelos produtos explorados) e a proposta técnica com uma série de critérios sociais e ambientais”, explica o diretor-geral do SFB, Tasso Azevedo.

A seleção das empresas levará em conta quatro critérios estabelecidos pela Lei de Gestão de Florestas Públicas: maior benefício social, menor impacto ambiental, maior eficiência e maior agregação de valor local (renda que poderá ser criada com a exploração). Para a avaliação de cada um dos critérios, o edital traz vários indicadores.

Os vencedores serão aqueles que apresentarem melhor preço e qualidades socioambientais, que as questões socioambientais terão pontuação maior. “Isso é inédito em concessões florestais no mundo”, ressalta Tasso.

Quem vencer deverá conservar a área e poderá explorar produtos florestais como madeira, óleos, sementes e resinas, desde que use técnicas de manejo sustentável. O vencedor poderá ainda oferecer serviços como ecoturismo e atividades esportivas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou ontem (13) – ao acompanhar a visita do secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ao Pará – que o desafio é promover e incentivar a mudança no modelo de desenvolvimento para continuar a diminuir o desmatamento na Amazônia, que caiu 50% nos últimos dois anos.

“Além das atividades de força para evitar a ilegalidade, um dos grandes desafios que temos é realmente fazer com que a floresta tenha mais valor em pé do que substituída por outra atividade”, explica Tasso Azevedo. “Isso significa entender a floresta como vetor de desenvolvimento.”

Dos 220 mil hectares da Floresta Nacional (Flona) do Jamari, 96 mil (43,6%) serão manejados. O restante será destinado ao uso comunitário, à conservação integral e à mineração. As normas são do Plano de Manejo da Flona do Jamari, aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2005.

Os 96 mil hectares da Flona do Jamari serão repartidos em três unidades, de 17 mil, 33 mil e 46 mil hectares. As licitações ocorrerão separadamente para atender a grandes, médios e pequenos empreendedores. “Os pequenos competem com os pequenos, os médios com os médios e os grandes com os grandes”, diz o diretor-geral.

O Brasil tem área equivalente a 1 milhão de hectares de florestas públicas, o que corresponde a cerca de metade do território de Sergipe. A maior parte dessa área (92%) fica na Amazônia. A estimativa do Plano Anual de Outorga Florestal é de que a produção de toras e resíduos nas florestas gere R$ 120 milhões por ano, com a criação de 8,6 mil empregos.

A exploração da floresta prevê pagamento pelo uso dos recursos naturais e pelo manejo sustentável. Dos valores arrecadados, 30% vão para a fiscalização e monitoramento do sistema de concessão. Os outros 70% serão destinados ao Instituto Chico Mendes, ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal e ao estado e ao município onde esteja a área licitada.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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