Panorama
 
 
 

NOVO RELATÓRIO DA ONU SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS ORIENTA GOVERNOS E POLÍTICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

17 de Novembro de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) divulga hoje (17), na Espanha, uma síntese dos documentos anteriores, voltada para governos e políticos.

De acordo com o pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do IPCC, Paulo Artaxo, a síntese traz os pontos mais significativos dos três relatórios anteriores, em uma linguagem acessível e que incentiva a formulação de políticas públicas capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa

No primeiro relatório, foi constatado que o planeta aqueceu 0,76 graus centígrados nos últimos cem anos por causa da emissão de gases de efeito estufa. “Se continuarmos emitindo gases de efeito estufa, o primeiro relatório indica que a temperatura do planeta pode subir de 3 a 4 graus centígrados ao longo deste século”, lembrou Artaxo, em entrevista à Rádio Nacional.

Segundo ele, com mudanças no “regime de chuvas”, por exemplo, poderá haver impactos na agricultura com redução da produção de alimentos. “Pode não haver comida para seis, sete bilhões de pessoas no nossa planeta”. Para evitar essa situação, seria “fundamental reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 60% a 70%”.

“Teremos aumento de eventos climáticas extremos, inundações e secas fortes de vários anos. Temos que fazer a nossa lição de casa o mais rápido possível”, alertou Artaxo.

No Brasil, há previsão de aumento das secas no Nordeste, parte da floresta Amazônica pode se transformar em Savana e a área de Cerrado pode sofrer com redução das chuvas. “As áreas costeiras também são motivo de preocupação porque a erosão marinha vai se intensificar em áreas mais sensíveis, como por exemplo, na região de Pernambuco, Recife."

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Relatório da ONU alerta para risco de perda de biodiversidade na América Latina

17 de Novembro de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As mudanças climáticas devem levar a uma gradual substituição de floresta tropical por savana, no leste da Amazônia, e de vegetação semi-árida por árida na América Latina, na metade deste século. A previsão está no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (17), em Valência, na Espanha.

“Há risco de perdas significativas de biodiversidade, com extinção de espécies em várias áreas tropicais da América Latina”, diz o relatório, disponível na internet.

Outro alerta contido no documento é para a possibilidade de redução da produtividade nas lavouras e de gado, com conseqüências adversas para segurança alimentar. Ou seja, pode aumentar o número de pessoas sem acesso adequado a alimentos.

O relatório também ressalta que, na América Latina, as mudanças nas precipitações atmosféricas, como chuvas, e o desaparecimento de geleiras pode afetar a quantidade de água disponível para consumo humano, agricultura e geração de energia.

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Amazônia está sendo sufocada, diz secretário-geral da ONU

17 de Novembro de 2007 - Juliana Cézar Nunes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje (17), na Espanha, um relatório com recomendações para governos e formuladores de políticas públicas sobre as medidas necessárias para conter e reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

Em entrevista coletiva divulgada pela assessoria de imprensa da ONU, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que parte dos principais “tesouros” do planeta estão ameaçados pela ação humana. Entre eles, a Antártida, as geleiras de Torres del Paine (no Chile) e a Amazônia.

“Na Amazônia, eu vi como a floresta tropical – o pulmão da terra – está sendo sufocada”, alertou Ban Ki-moon, para quem o Brasil tem feito um "esforço sério" para reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável.

“Mas o governo [brasileiro] teme que o aquecimento global já esteja minando esses esforços. Se as piores projeções desse painel se tornarem verdade, boa parte da Amazônia vai se transformar em savana.”
O secretário-geral da ONU disse que em regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, como Punta Arenas, no Chile, as crianças já estão usando roupas protetores contra a radiação ultravioleta.

“Em algumas épocas, os pais não deixam as crianças brincarem na rua ou mesmo ir à escola. Essas cenas são tão aterrorizadoras como filmes de ficção científica. Mas elas são ainda mais arrepiantes porque são reais.”

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ONU pede ações concretas de governos contra mudanças climáticas

17 de Novembro de 2007 - Juliana Cézar Nunes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), Rajendra Pachauri, apresentaram hoje (17) em Valência, na Espanha, uma síntese dos documentos anteriores, voltada para governos e políticos.

Em conferência de imprensa para apresentação do documento, transmitida pela internet, Ban Ki-moon cobrou soluções políticas para os problemas apresentados pelos cientistas. Segundo ele, os pesquisadores deram o primeiro passo, mostraram o caminho a seguir. Agora, os líderes políticos mundiais estão convocados a agir de maneira concreta.

"As respostas políticas são absolutamente urgentes", afirmou o secretário-geral da ONU, que em seu discurso citou a viagem recente que fez ao Brasil e à Antártida. Segundo ele, a Amazônia está sendo "sufocada" e o risco de savanização é cada dia mais real.

"Há poucos dias, pude testemunhar, com meus próprios olhos, na Antártida e na Amazônia, os efeitos das mudanças climáticas. Eu posso assegurar que uma ação global e abragente é necessária agora. Não temos tempo a perder."

Para Ban Ki-moon, foi "pertubador" ver o impacto do aquecimento global nas duas regiões visitadas. O secretário-geral da ONU disse que os países, especialmente os que estão em condições de liderar um esforço internacional, não devem apenas lançar negociações, mas também concluir as que estão em andamento para estabelecer metas de emissão de gases poluentes, como as estabelecidas no Protocolo de Quioto.

Na avaliação de Ban Ki-moon, a Conferência das Partes sobre o Clima (COP), marcada para dezembro em Bali (Indonésia), será um espaço propício para que os governos apresentem ações nacionais e internacionais. "Sou um homem otimista. Acho que os governos tem demonstrado preocupação com esse assunto. Mas é urgente que os líderes determinem políticas e atuem para reduzir os efeitos das mudanças climáticas."

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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