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SECRETÁRIO DE INFRA-ESTRUTURA HÍDRICA APRESENTA PROJETO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

13/11/2007 - Brasília – O secretário de Infra-Estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, João Santana, proferiu hoje (13/11) palestra de abertura no Seminário “São Francisco: a realidade de um rio”, promovido pelos jornais Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e Estado de Minas, com apoio do Ministério da Integração Nacional. O evento reúne representantes do governo federal e de entidades da sociedade civil, além de representantes da imprensa para “pensar, debater e propor alternativas que possam garantir a vitalidade do rio São Francisco nos próximos 500 anos, a preservação ambiental das regiões por onde passa e o desenvolvimento das comunidades em seu entorno”.

João Santana afirmou que o Projeto de Integração do rio São Francisco com as bacias do Nordeste Setentrional não é criação do atual governo federal. Seus primórdios datam do Brasil Império, quando em 1847 o deputado provincial de Crato (CE), Marco Antonio de Macedo, imaginou a primeira transposição das águas deste rio para o riacho dos Porcos, afluente do rio Jaguaribe, numa extensão de 200 km. Após a retrospectiva histórica dos diversos modos como foi formulada a idéia da transposição, o Secretário passou a abordar as características históricas, sociais e hidrológicas da bacia São Francisco.

Dentre as características abordadas, ressaltou que o rio São Francisco, com uma disponibilidade hídrica de 64,4 bilhões de m³/ano, responde por 69% da disponibilidade de águas superficiais e por 73% da disponibilidade superficial garantida do Nordeste, que é de 97,3 bi de m³/ano, sendo 92,9 bi oriundos de águas superficiais e, desses, 87,4 bilhões devidos a rios perenes. Além disso, informou que o rio recolhe as águas de uma área de 640 mil km², formando uma das mais importantes bacias hidrográficas do Brasil, onde habitam 15,5 milhões de pessoas, distribuídas em 503 municípios, sendo: 49 em Alagoas, 115 na Bahia, um do Distrito Federal, três em Goiás, 239 em Minas Gerais, 69 em Pernambuco e 27 em Sergipe.

O Secretário citou exemplos de transposição de águas no mundo e polemizou ao afirmar que, no Brasil, outras duas obras de integração de bacias promovem a captação de 63% da vazão do rio Paraíba do Sul no ponto de desvio e de 78% no rio Piracicaba sem gerar polêmicas, enquanto o Projeto São Francisco, que prevê uma captação de apenas 1,4% da vazão do rio no ponto de desvio, gera profunda polêmica nacional. Segundo ele, a integração de bacias no projeto está acompanhada de pelo menos 36 programas de revitalização que já começaram a ser implementados.

O Projeto São Francisco é um empreendimento de infra-estrutura hídrica. Dois sistemas independentes, denominados Eixo Norte e Eixo Leste, captarão água no rio São Francisco entre as barragens de Sobradinho e Itaparica, no Estado de Pernambuco. Compostos de canais, estações de bombeamento de água, pequenos reservatórios e usinas hidrelétricas para auto-suprimento, esses sistemas atenderão às necessidades de abastecimento de municípios do Semi-Árido, do Agreste Pernambucano e da Região Metropolitana de Fortaleza.

Como conseqüência direta da integração, João Santana afirmou que deverá ocorrer uma elevação na qualidade de vida da população, com melhoria dos sistemas de saneamento básico e crescimento de atividades produtivas que têm na água um de seus mais importantes componentes. O projeto também deverá contribuir para a fixação da população na região, sobretudo na área rural, sujeita, de longa data, a um processo contínuo de migração, seja para outras regiões do país, seja para outros pontos do Nordeste onde a escassez de água não é tão intensa. Do ponto de vista econômico, a integração deverá contribuir para a diminuição dos gastos públicos com medidas de emergência durante as freqüentes secas, uma vez que a oferta de água será maior e o impacto das estiagens reduzido.

João Santana enfatizou o processo de regulamentação do Projeto, elencando a Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos do rio São Francisco, por meio da Resolução n.º 411, de 22 de setembro de 2005; o Certificado de Avaliação da Sustentabilidade da Obra Hídrica (Certoh) - Resolução nº 412, de 22 de setembro de 2005; Licença Prévia n.º 200/2005 e Licença de Instalação n.º 438/2007, ambas do Ibama. O Secretário afirmou que o arcabouço legal do Projeto garantirá a implementação de ações que visam à integração da dimensão ambiental aos aspectos socioeconômicos, reduzindo a degradação dos ecossistemas e garantindo a melhoria hidrológica e ambiental da bacia.

Finalizando sua exposição, João Santana reafirmou que o Projeto São Francisco e o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco vão garantir a universalização do abastecimento de água tratada nos municípios e comunidades localizadas nas margens do Rio São Francisco permitindo a mitigação dos efeitos da seca e a identificação de modelos de desenvolvimento sustentável no semi-árido brasileiro que permitam a convivência do homem com a seca.

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Secretário de Infra-Estrutura Hídrica obtém apoio para o Projeto Rio São Francisco

13/11/2007 - Brasília – O secretário de Infra-Estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, João Santana, obteve na última semana importantes apoios de setores organizados da sociedade civil para o Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias do Nordeste Setentrional. Na terça-feira (06/11), João Santana proferiu a palestra “Transposição do Rio São Francisco” para aproximadamente mil participantes do XIV Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias, realizado em Salvador/BA.

O evento, cuja primeira edição ocorreu em 1974 e que se realiza a cada dois anos, possui caráter nacional e é dirigido aos profissionais do Sistema Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/Confea) que lidam com avaliações e perícias nas áreas imobiliárias, de empreendimentos e de meio-ambiente. A fundamentação técnica e o detalhamento do projeto pelo secretário João Santana garantiram manifestações de apoio por parte da platéia.

Outro importante apoio foi angariado durante a participação de João Santana no Congresso de Fundação da seção baiana da União Geral dos Trabalhadores (UGT), central sindical que congrega mais de 1000 sindicatos em todo o país, realizado durante o sábado (10/11). A nova central compõe o cenário do movimento sindical nacional desde junho deste ano, agregando trabalhadores do mercado informal, setor que atualmente sustenta cerca de 13,8 milhões de pessoas. Após a exposição do projeto pelo Secretário, o congresso votou e aprovou uma moção de apoio ao Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias do Nordeste Setentrional. A decisão do congresso baseou-se na compreensão de que o projeto significa uma possibilidade real e concreta de redução das desigualdades regionais e sociais, por meio da geração de oportunidades econômicas para os 12 milhões de habitantes da região beneficiada. “O diálogo com a sociedade civil organizada e o trabalho para a promoção de uma grande concertação nacional em torno do projeto prosseguem”, afirmou João Santana.

 
 

Fonte: Ministério da Integração Nacional (www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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