Panorama
 
 
 

FISCALIZAÇÃO CONCLUI TRABALHOS DA OPERAÇÃO ENTORNO II

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

Brasília - (19/11/07) – Quatro serrarias fechadas, 14 fazendas vistoriadas, 117 autos de infração lavrados num valor total de R$ 15,2 milhões, 65 pessoas detidas, 87.000 pés de maconha destruídos e apreensão de 57 caminhões, 25.514 m³de madeira em tora, 1.474,591 m³ de madeira serrada e 21 toneladas de lenha. Este é o saldo da Operação Entorno II, realizada durante um mês na região do entorno da Reserva Biológica do Gurupi, no Oeste do estado do Maranhão.

Acampados à margem do rio Gurupi, na Base montada pelo Exército Brasileiro em Centro Novo do Maranhão, os fiscais do Ibama realizaram inspeções nos pátios das madeireiras do município. Das cinco empresas madeireiras existentes na Reserva Biológica do Gurupi, quatro foram interditadas por falta do licenciamento devido. Também foram constatadas diversas irregularidades no que se refere ao recebimento de madeira sem a devida comprovação de origem. Com os resultados dos trabalhos de levantamento de pátio e comparação com o saldo de empreendimento fornecido pela SEMA/MA foram lavrados Autos de Infração, Termos de Apreensão/Depósito e Termos de Embargo/Interdição.

Nas barreiras fixas, o Ibama e a Polícia Rodoviária Federal fiscalizavam pontos estratégicos das rodovias BR 222, km 300 no município de Açailândia/MA, BR 316 no município de Santa Inês/MA e BR 226 com a MA-006 em Grajaú/MA. A meta era coibir o transporte ilegal de madeiras oriundas das empresas madeireiras instaladas nos municípios de Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Arame, Amarante e Grajaú, que vêem se abastecendo de madeira procedente da Rebio do Gurupi e da Terra Indígena Araribóia.

Após a conclusão das vistorias nas empresas a fiscalização foi para a área interna da reserva biológica onde vistoriaram exploração florestal e danos causados à reserva biológica por práticas agro-pastoris em 14 fazendas. Com a comprovação dos danos foram feitos a autuação e o embargo de todas as propriedades. No caso da exploração florestal, com o auxílio do helicóptero, foi localizada uma grande área de exploração, com uma esplanada de 3.500 m³ de toras no estado do Pará. O infrator foi localizado e autuado. Além dessa esplanada encontraram dentro da Rebio diversos pontos de exploração, onde se estima 3.000 m³ de toras em esplanada.

Roças de maconha com aproximadamente 87.000 pés foram erradicadas pelos policiais rodoviários federais. Além da maconha foram encontrados 8 kg e 700g de cocaína, haxixe e 2031 comprimidos de ecstasy. Foram apreendidos CDs e DVDs, cigarros, equipamentos de informática e eletrônicos e medicamentos que estavam sendo contrabandeados, além de 14 armas.

A operação ocorreu no período de 01/10/07 à 01/11/07 e reuniu 28 fiscais do Ibama, 136 policiais rodoviários federais, 139 policiais militares que atuaram nas regiões dos municípios de Centro Novo do Maranhão, Zé Doca/MA e parte do município de Paragominas/PA. A ação foi coordenada pela Gerência Executiva do Ibama em Imperatriz, Maranhão, com o apoio da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama.
Felipe Bello

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Baleia é encontrada no rio Tapajós/PA

Santarém (19/11/2007) – Uma Baleia avistada no rio Tapajós, na Floresta Nacional do Tapajós no oeste do Pará, chamou a atenção de moradores da Unidade de Conservação, que imediatamente acionaram o Ibama em Santarém na última quarta-feira (14). Integrantes do Núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama e do Centro de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes em Santarém verificaram tratar-se de uma baleia da espécie Minke, que estava em águas rasas na beira do Rio Tapajós. O encalhe de baleias é um acontecimento incomum no litoral, mas em águas interiores é raro e nesse caso ocorreu a mais de mil quilômetros de distância do litoral, no coração da Amazônia. Essa distâcia sem dúvidas é a maior já percorrida por baleias em rios.

O animal, que mede cinco metros e meio e pesa cerca de cinco toneladas, apresenta apenas ferimento superficial, provavelmente provocado pelo choque com alguma embarcação. O espantoso na situação é que o habitat do cetáceo identificado são os oceanos do planeta, primordialmente em águas geladas do Ártico e Antártica, mas a baleia teria subido o Rio Amazonas desde sua foz até o Rio Tapajós. Os moradores da comunidade de Piquiatuba entraram em contato com o Ibama e com a chefia da Flona do Tapajós, para saber que procedimentos deveriam ser adotados. Imediatamente, uma equipe composta por biólogos especializados e uma veterinária seguiu para o local, onde monitorou o comportamento do cetáceo.

Há meses que haviam relatos de avistamento da “Cobra Grande” em comunidades do Tapajós. Por sorte, a comunidade de Piquiatuba possui uma consciência ambiental apurada e já demonstrada em outras ocasiões. Neste caso, apesar do susto inicial e a suspeita de que se tratava da lendária “cobra grande”, os comunitários se uniram para garantir a integridade da vida da baleia. Porém, a notícia do encalhe correu pela região nas ondas do rádio e além dos moradores de Piquiatuba e das comunidades vizinhas, vários curiosos das cidades de Belterra e Santarém, correram para ver a baleia, adentrando a Unidade de Conservação sem a devida autorização.

A equipe do Ibama/ICMBio, com ajuda de comunitários, do Corpo de Bombeiros e de voluntários do Zoológico das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), tentaram isolar o animal utilizando bóias, mas a curiosidade das pessoas foi maior, e os populares se deslocaram em canoas ou se enfiaram até a cintura no barro da beira do Rio para se aproximar da baleia, apesar dos apelos dos integrantes da equipe para que mantivessem distância evitando estressar ainda mais o animal.

O Instituto Chico Mendes foi contatado e enviou um veterinário especializado em mamíferos marinhos do Instituto Baleia Jubarte em Caravelas na Bahia, Milton Marcondes, que chegou na manhã de sexta-feira (16) para avaliar as condições do animal, e coordenar o resgate da baleia, mas o animal já havia nadado para a calha do Rio Tapajós, não sendo mais avistado até sábado quando localizado na comunidade de Boim, na Reserva Extrativista Tapajós- Arapiuns, onde foi monitorado pela equipe, mas voltou novamente para o leito do rio por conta própria. Agora, além das tentativas para localizar e acompanhar o animal, a equipe de resgate planeja e busca providenciar a logística necessária para levar a baleia de volta ao oceano, caso sobreviva.

No final da tarde de quinta-feira a baleia saiu nadando da área rasa onde estava na comunidade de Piquiatuba, muitas pessoas suspeitaram que ela havia retornado a calha principal do Rio Tapajós, no entanto às 18 horas ela retornou a beira, encalhando novamente. Na sexta feira, logo cedo, o Ibama mobilizou um helicóptero e lanchas para apoiar o resgate do cetáceo, porém ele não foi mais avistado, sendo localizado novamente apenas no sábado, na margem oposta. Neste trecho, o Rio Tapajós tem cerca de 19 quilômetros de largura.

O folclore da Amazônia é cheia de lendas e “visagens” relacionadas a seres fantásticos que vivem nos rios da região, como o boto que seduz as adolescentes, chamadas de cunhantãs, ou a “cobra grande”, que afunda os barcos que atravessam o seu caminho. Certamente daqui a 50 anos, os comunitários da Flona do Tapajós e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns ainda contarão a história da baleia encalhada, mas com a diferença que terão fotos e filmagens para confirmá-la.
Texto: Christian Dietrich

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Consórcio Mendes Júnior recebe licença de operação para obras em trecho da BR-101

Brasília (23/11/07) – O consórcio OAS/CCCC/Mendes Júnior está autorizado a extrair 30 mil metros cúbicos de areia do projeto D’Ouro para usar em obras de modernização e ampliação da capacidade da rodovia BR 101/NE, no trecho Natal/RN a Palmares/PE (km 148 ao 188).

A licença de operação para exploração do areal em duas áreas localizadas no Rio Uma, no município de Palmares (PE) foi assinada hoje pelo presidente substituto do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto. Os 30 mil metros de areia deverão ser aproveitados exclusivamente no projeto da BR 101/NE.

A licença tem validade de um ano, desde que respeitadas oito condições constantes dos documentos que fazem parte do processo de licenciamento.

Dentre as condicionantes está a demarcação de campo da área a ser explorada com marcos de fácil visualização e difícil remoção. As obras só poderão ser iniciadas após o fechamento da área com cercas, evitando a entrada de pessoas ou animais. Fazer sinalização do local com placas identificando o nome da jazida, autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral e licença ambiental. Não será permitido jogar material perigoso na área a ser explorada.

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Dnit pode construir trecho de ferrovia na Bahia

Brasília (20/11/2007) – O Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit) pode começar a construir o Contorno Ferroviário de São Felix, um trecho de 17 quilômetros de extensão entre os municípios de São Felix e Cachoeira, na Bahia. O contorno faz parte da malha ferroviária sob concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) no estado da Bahia.

A licença de instalação da obra foi assinada hoje pelo presidente substituto do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto. A licença tem validade de quatro anos e está condicionada a uma série de medidas, como a expressa proibição de depósito de material excedente da obra em áreas de preservação permanente, cursos d’água, manguezais, áreas úmidas e outras áreas ecologicamente sensíveis. O Ibama recomenda ainda a contratação preferencial de funcionários que morem nos dois municípios onde ocorrerá a obra.

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Ciclo de debates discutirá desenvolvimento e educação ambiental na Paraíba

Brasília (20/11/07) - Uma equipe interdisciplinar formada por servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Incra/PB , irá promover hoje (20), na sede do Incra na Paraíba o primeiro ciclo de debates para nivelar o conhecimento dos técnicos sobre o Termo de Ajustamento de Conduta entre os dois institutos e discutir projetos de desenvolvimento e de educação ambiental, a adequação dos projetos de assentamento à legislação ambiental e a recuperação de áreas degradadas.

Os técnicos da Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) e do Serviço de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Incra/PB e da Educação Ambiental do Ibama/PB discutirão, entre outras coisas, a realização dos diagnósticos socioambientais de 16 projetos de assentamento paraibanos como instrumento para implantação de projetos de desenvolvimento e de programas de educação ambiental.

Estes primeiros projetos de assentamento a serem visitados pela equipe interdisciplinar reúnem 1.169 famílias e foram priorizados por serem áreas de conflitos ambientais e por possuírem reserva legal que deve ser protegida de degradações.Com os diagnósticos socioambientais os técnicos irão conhecer os conflitos e problemas ambientais existentes nos projetos de assentamento e elaborar programas de educação ambiental que tenham em vista o uso racional dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida dos assentados, com atenção especial para o manejo conservacionista do solo, da água e da vegetação, bem como para os aspectos relativos ao saneamento rural e ao destino de resíduos sólidos e líquidos do lixo doméstico e de embalagens de agrotóxicos.

Amanhã os técnicos irão elaborar uma proposta físico-financeira para a execução do Termo de Ajustamento de Conduta entre os dois órgãos e para a realização dos diagnósticos socioambientais dos primeiros 16 projetos de assentamento.
Gutemberg de Pádua

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Hospital do Câncer em Pernambuco recebe doação do Ibama

Recife (19/11/07) – No dia em que o país comemorou a Proclamação da República (15), a instituição de um Estado com vista a servir à coisa pública, ao interesse comum, o Ibama doou 154 kg de lagosta do Ibama para o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). As lagostas foram apreendidas na terça-feira, 13, por uma equipe de fiscalização durante a operação Lagosta Legal, realizada na Barra de Sirinhaém, no litoral norte do estado. Os infratores foram autuados pela pesca com compressor, um equipamento proibido para a pesca. Cada pescador foi multado em R$ 11.540,00, totalizando mais de R$ 34.000,00 em multa. Os infratores foram encaminhados à Polícia Federal, onde pagaram fiança e aguardam o julgamento em liberdade.

Os crustáceos serviram como alimento para os pacientes e servidores do hospital. Segundo coordenador da operação, Domingo Morais, “o uso do compressor na pesca é proibido por lei por causa dos danos que provoca ao meio ambiente”. O local beneficiado pela doação foi escolhido pelo instituto como uma retribuição de um favor que o HCP prestou ao Ibama, cedendo uma câmara para armazenamento de uma apreensão de lagosta realizada anteriormente.

A operação Lagosta Legal vem sendo realizada desde abril, de forma simultânea, em 12 estados do litoral de todo o nordeste e uma parte do norte. A fiscalização ostensiva ocorre do Amapá ao Espírito Santo. A operação visa o combate à pesca predatória da lagosta, sendo vistoriados os equipamentos para a pesca, e o tamanho e espécies de lagostas capturadas.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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