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PAÍSES COMO BANGLADESH NÃO PODEM PAGAR SOZINHOS POR AQUECIMENTO, DIZ PESQUISADOR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

18 de Novembro de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A criação de fundos internacionais de grande porte, com recursos de nações desenvolvidas, é fundamental para auxiliar países em desenvolvimento a mitigar os efeitos das mudanças globais, na avaliação do professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) das Nações Unidas (ONU), Paulo Artaxo.

Para ele, não é "correto ou justo" que se deixe Bangladesh pagar pelo dano gerado pelo ciclone Sidr, que atingiu o país na noite da última quinta-feira (15) e deixou pelo menos 2,3 mil mortos. "Se o furacão foi realmente causado pela emissão de gases de efeito estufa dos países desenvolvidos, tem que se constituir fundos internacionais de grande porte para auxiliar", sugere Artaxo.

"A incidência de furacões está efetivamente aumentado. É muito provável que esse aumento esteja associado com o aumento da temperatura global do planeta porque o oceano ficando mais quente, injeta mais energia nesses furacões. Com isso, [os ciclones] se tornam mais intensos e mais destrutivos."

Ontem (17), o IPCC lançou o quatro relatório sobre mudanças climáticas com indicações para governos e formuladores de políticas públicas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon cobrou medidas urgentes. Para as Nações Unidas, além dos riscos para biodiversidade, o aquecimento global ainda deve aumentar a pobreza no mundo caso as regiões mais vulneráveis às alterações climáticas não recebam apoio e investimentos.

Com relação ao Brasil, a maior preocupação da ONU continua sendo o desmatamento na Amazônia. Ban Ki-moon diz que a floresta está sendo sufocada.

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Política fundiária é importante para impedir "sufocamento" da Amazônia, diz bióloga

18 de Novembro de 2007 - Lourenço Canuto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo precisará intensificar a política fundiária e agrícola na Amazônia para impedir que a floresta se transforme em savana, como informou o relatório das Nações Unidas (ONU) sobre mudança climática divulgado ontem (17). Quem avalia é a professora de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante, que fez parte do grupo de pesquisadores cujo trabalho embasou as conclusões da ONU.

Após apresentar o relatório, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que a Amazônia está sendo sufocada. Bustamante, porém, acredita que ainda é possível deter esse processo porque a mudança da vegetação se concentrará nas áreas escolhidas para a prática da agricultura e da pecuária.

A especialista ressalta que o Poder Público tem de agir para controlar o uso do solo na região. Ela também defende o aumento na fiscalização em relação ao cumprimento do Código Florestal. “Somente com essas medidas, o país conseguirá controlar os impactos internos e externos que influenciam o uso do solo amazônico”, explica.

A bióloga da UnB afirma que a expansão dos biocombustíveis representa motivo de preocupação para a Amazônia, que se torna cada vez mais atraente para o plantio de soja. “A medida que os Estados Unidos passam a dar prioridade para o plantio de milho usado no etanol, reduzem-se lá as lavouras de soja”, diz. “Isso aumenta a demanda pelo grão nos países produtores, entre eles o Brasil.”

A professora lembra ainda que a recente aceleração do desmatamento e das queimadas em Rondônia, no Acre e no Mato Grosso, pode ser um sinal de que as autoridades precisam agir logo. “A situação da Amazônia hoje demanda soluções da parte do governo para fazer face à complexidade que envolve a região no que se refere à preservação ambiental”, ressalta.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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