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PRESIDENTE LULA ASSINA DECRETO PARA O PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

21/11/2007 - Gisele Teixeira - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (20), durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), no Palácio do Planalto, decreto que institui o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). De caráter permanente, será formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, liderados pela Casa Civil. Este Comitê será o responsável por alinhar as diferentes iniciativas do governo nesta área e, em especial, por orientar a elaboração e implementação da Política Nacional e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima.

As ações serão operacionalizadas por um Grupo Executivo, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e composto por outros seis ministérios, além do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e da Casa Civil. A equipe deverá elaborar uma primeira minuta do Projeto de Lei que definirá a Política Nacional para o tema até 11 de janeiro de 2008, bem como a versão preliminar do Plano Nacional, que deverá ser concluída até 30 de abril de 2008.

O Plano estará apoiado em quatro eixos: mitigação, adaptação aos efeitos da mudança do clima, pesquisa e desenvolvimento, e capacitação e divulgação. De acordo com o ministro interino do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, a iniciativa será fundamental também na definição de medidas concretas que permitam ao País reduzir ainda mais suas emissões de CO2.

"O Plano deverá constituir a síntese dos esforços já realizados até o momento e prover as diretrizes para que o País possa contribuir com os esforços globais de mitigação da mudança, bem como adotar medidas de adaptação aos impactos que o Brasil sofrerá com o aquecimento global já constatado", destacou o secretário.

O Comitê Interministerial terá tarefas como, por exemplo, propor ações prioritárias de curto prazo, promover a articulação internacional para a troca de experiências e transferência de tecnologia e ainda identificar fontes de recursos para a implementação da iniciativa, entre outras responsabilidades.
A sociedade poderá contribuir com o documento por meio de consultas públicas. Serão utilizados como instrumentos dessa consulta a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, as reuniões do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, reuniões regionais a serem realizadas em todo o País e ainda a internet, em endereço a ser divulgado posteriormente. O objetivo é promover a transparência do processo em sua elaboração e implementação.

Tanto o Plano quanto a Política Nacional sobre Mudança do Clima vêm se somar aos esforços que o governo brasileiro já desenvolveu para mitigar as emissões dos gases de efeito estufa, como o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento, que envolve 13 ministérios. O resultado já se observa na redução de 50% na taxa de desmatamento de 2004 a 2006. Com isso, o Brasil evitou a emissão de cerca de 500 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera no período. "É o equivalente a 14% das reduções preconizadas para todos os países desenvolvidos no primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto que se estende de 2008 a 2012", destacou Capobianco.

O secretário enfatizou que reduzir o desmatamento no Brasil implica a mudança de um modelo de desenvolvimento que vai além de cercar a floresta. "Implica, fundamentalmente, em prover condições adequadas para que a manutenção da floresta em pé seja, do ponto de vista econômico, social e ambiental, mais vantajosa do que a sua derrubada", disse.

Nesse sentido, Capobianco destacou que o governo federal prepara a segunda fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e que é com este espírito que o Brasil irá para a 13ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima, em Bali, em dezembro. "Vamos insistir na proposta de incentivos positivos para a redução de emissões provenientes do desmatamento e defender a urgência do cumprimento das metas, por parte dos países desenvolvidos", finalizou.

Composição dos grupos:
Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM): ministérios do Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores, de Minas e Energia, das Cidades, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; dos Transportes, da Saúde, do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Fazenda, da Educação, da Integração Nacional, do Desenvolvimento Agrário, da Defesa, de Assuntos Estratégicos, Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e Casa Civil.
Grupo Executivo sobre Mudança do Clima: ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores, de Minas e Energia, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e Casa Civil.

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MMA encerra ciclo de oficinas de formação de Coletivos Educadores

22/11/2007 - Grace Perpetuo - O Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente promoverá, este mês, quatro oficinas de formação de Coletivos Educadores ambientais em mais seis estados brasileiros. Desta vez, serão contemplados Espírito Santo (dias 26 e 27); Pernambuco (28 e 29); Acre e Rondônia (29 e 30); e Roraima e Amazonas (nos dias 3 e 4 de dezembro). O ciclo de workshops do programa Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis se iniciou em setembro, na Bahia, e será encerrado em dezembro, com os estados de Goiás e Tocantins.

As oficinas estaduais representam o primeiro passo do acordo de cooperação estabelecido entre o DEA e os Coletivos Educadores - que, em essência, são grupos de instituições que têm como principal objetivo formar educadores ambientais populares. Podem compor os Coletivos Educadores quaisquer organizações que desenvolvem ações formativas no campo da educação ambiental, da educação popular, da formação de professores, da extensão rural e da formação técnica socioambientalista, por exemplo.

As oficinas são promovidas por técnicos - ou enraizadores, nessa função específica - do DEA. Em seguida, dá-se um período de oito meses - durante os quais, sob o olhar atento do DEA, os futuros Coletivos Educadores preparam seus Projetos Político-Pedagógicos (PPPs). "Nessa fase, vamos elaborar estratégias para acompanhar os Coletivos e dar seguimento à sua formação por meio da educação a distância", diz a analista ambiental Renata Rozendo Maranhão, do DEA.

Até o momento, a implementação do programa Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis tem articulado mais de mil instituições, agrupadas em 150 Coletivos Educadores distribuídos por todo o território brasileiro. Ao todo, o programa envolveu 1.090 municípios espalhados pelas 27 unidades federativas do País.

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Conama apreciará novas propostas de resoluções

22/11/2007 - Adriano Ceolin - A proposta de resolução referente às condições de lançamento de resíduos de esgoto sanitário e industriais no meio ambiente e a recomendação para o projeto de Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre são os principais assuntos da 88ª Reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O encontro está marcado para os dias 27 e 28 de novembro, no auditório do Ibama, em Brasília.

Será a última reunião plenária de 2007, informa o diretor do Conama, Nilo Sérgio Diniz, ao avaliar o trabalho do Conselho nesse período. Segundo ele, o plenário aprovou sete resoluções, promoveu o Encontro Nacional de Colegiados Ambientais e seminários que discutiram as Mudanças Climáticas e Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural.

Na reunião, terá destaque a proposta de resolução que trata sobre efluentes, produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos que são lançados no meio ambiente. O texto altera o inciso II do § 4º e a Tabela X do § 5º, ambos do art. 34 da Resolução nº 357, de 2005, e dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento e estabelece as condições e padrões de lançamento dos efluentes.

A Tabela X lista os valores máximos de concentração de 21 substâncias inorgânicas e de outras quatro substâncias orgânicas. O objetivo da resolução é reduzir a poluição no meio ambiente.

O projeto ZEE do Acre é o segundo a ser submetido ao Conama por meio de recomendação. O primeiro foi o do estado de Rondônia. O ZEE tem como função disciplinar de uso e ocupação do solo em sintonia com o desenvolvimento sustentável.

A apreciação dos ZEEs dos estados pelo Conama atende a uma determinação da Medida Provisória 2166, de 2001. "Essa proposta do Acre é avançada, pois envolve a inclusão do componente cultural e político no assunto. Servirá de exemplo a outros estados", afirmou.

Na pauta estão previstas a análise de propostas de resoluções que tratam sobre gestão compartilhada de Unidades de Conservação (UCs) com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e sobre diretrizes gerais para definição e implementação de indicadores de aplicação e cumprimento de normas ambientais.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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