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CETESB E USP LANÇAM LIVRO SOBRE OS EMISSÁRIOS SUBMARINOS DO LITORAL PAULISTA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2007

28/11/2007 - As condições ambientais dos emissários submarinos existentes no litoral paulista, além de informações sobre emissários de outros países, fazem parte da publicação

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e a Escola Politécnica da USP (POLI) lançaram nesta terça-feira (27/11), no auditório da agência ambiental paulista, o livro “Emissários Submarinos: Projeto, Avaliação de Impacto Ambiental e Monitoramento”. Com 240 páginas distribuídas em 14 capítulos, a publicação contém artigos técnicos e informações científicas que tratam desde o licenciamento, os impactos no meio ambiente; informações sobre os processos de tratamento de esgoto no litoral e os programas de operação e monitoramento dos emissários submarinos existentes no litoral paulista, localizados nos municípios de Ilhabela, São Sebastião, Guarujá, Santos e Praia Grande. Também traz informações sobre o funcionamento de emissários submarinos na Espanha, na Costa do Estoril, em Portugal, Austrália e na Itália e, principalmente, sobre técnicas construtivas, supervisão, manutenção e plano de monitoramento, considerado a chave para o sucesso de operações de emissários.

O livro é resultado de um workshop realizado pela CETESB e USP em dezembro de 2003, quando especialistas brasileiros e convidados da Alemanha, Austrália, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Portugal e Itália discutiram os vários aspectos da disposição oceânica de esgotos domésticos. A publicação fornece informação técnico-científica suficiente para auxiliar no aprimoramento da operação dos atuais emissários submarinos e projetos futuros, assim como a avaliação de impactos e o licenciamento ambiental, constituindo mais um passo para a conservação da região costeira de São Paulo.

Existem atualmente sete emissários submarinos de esgoto doméstico no litoral paulista: no Saco da Capela, em Ilhabela; na Ponta das Cigarras e Ponta do Araçá, em São Sebastião; na praia da Enseada, no Guarujá; na praia do José Menino, em Santos; e dois no município de Praia Grande, na Praia do Forte e na Vila Tupi. Em 2002, a CETESB iniciou o monitoramento ambiental desses emissários operados pela SABESP, para avaliar seus impactos no meio marinho e os resultados dessa avaliação, segundo artigos e estudos contidos nesta publicação, comprovam que em alguns casos, como no emissários de Santos, já está ocorrendo alteração da qualidade das águas com elevação da concentração de nutrientes, além do acúmulo de matéria orgânica nos sedimentos.

“Essas alterações podem ser o resultado de um pré-condicionamento ineficiente do efluente, somado a condições desfavoráveis para dispersão desses lançamentos, quer sejam locacionais ou operacionais”, apontam os autores. Os técnicos da CETESB e da Escola Politécnica (EPUSP), de acordo com a publicação, consideraram que apesar dos avanços no processo de licenciamento dos emissários submarinos no Estado, ainda existe a necessidade de se aperfeiçoar este processo, com a elaboração de normas que definam com clareza os critérios a serem atendidos para a verificação da viabilidade ambiental no momento da elaboração dos estudos de impacto ambiental, e a definição de requisitos mínimos na seqüência de etapas para a obtenção das licenças ambientais com o objetivo de garantir a qualidade das águas costeiras.

Um dos aspectos mais complexos da gestão das áreas costeiras é o da disposição final de esgotos. Segundo o relatório do Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos (1999), o Estado de São Paulo possui 79% dos domicílios conectados à rede coletora de esgotos. No entanto, o Litoral Norte com apenas 14% de esgoto coletado, Litoral Sul com 48% e Baixada Santista com 55%, estão abaixo da média estadual. O índice de esgoto tratado no Estado alcança o patamar de 25%, e para o litoral paulista somente a Baixada Santista (49%) tem tratamento de esgoto; os demais, com algumas exceções, despejam os esgotos sem nenhum tratamento, ou com tratamento precário, em rios, córregos e no oceano.

Os textos são assinados por especialistas na área de monitoramento de águas costeiras, como Beatriz Echavarri, da Associação Científica de Estudos Marinhos Santander, da Espanha; Carlo Avanzini, da Turquia; Peter Scanes, do Departamento de Desenvolvimento e Conservação da Austrália; Ramiro Neves, do Instituto Superior Técnico de Lisboa, Portugal; Robert Doneker, da Universidade de Portland, dos Estados Unidos; Tobias Bleninger e Gerhard Jirka, da Universidade de Karlsruhe, da Alemanha; Jayme Ortiz, da Escola Politécnica da USP; Leonardo Macedo, da SABESP e Claudia Lamparelli, do Setor de Águas Litorâneas da CETESB, entre outros.

O lançamento oficial foi feito pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental, Marcelo Minelli, e o diretor da Escola Politécnica, Ivan Gilberto Sandoval Falleiros. O livro foi apresentado pelo professor Jayme Pinto Ortiz, da POLI, e Eduardo Mazzolenis, gerente do Departamento de Tecnologia de Águas Superficiais e Efluentes Líquidos da agência ambiental paulista, e está disponibilizado no site da CETESB (Água / Praias / Relatórios / Livro).
Texto: Renato Alonso
Foto: José Jorge

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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