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AUSTRÁLIA CONFIRMA ADESÃO AO PROTOCOLO DE QUIOTO E ESTADOS UNIDOS NEGA ISOLAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

3 de Dezembro de 2007 - Luana Lourenço - Enviada especial - Bali (Indonésia) - A Austrália confirmou hoje (3) a adesão ao Protocolo de Quioto, que estabelece metas para os países desenvolvidos reduzirem a emissão dos gases que provocam o efeito estufa. Na abertura da 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), na Indonésia, o negociador do país anunciou que o novo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, estava “assinando os papéis” para a inclusão no acordo e foi aplaudido por alguns minutos pelo plenário lotado das Nações Unidas.

Maior exportador de carvão do mundo, a Austrália, assim como os Estados Unidos, até hoje havia se negado a aceitar metas obrigatórias de redução dos níveis de gases. Outros 36 países desenvolvidos concordaram com a redução, até 2012, de cerca de 5% das emissões em relação aos índices de 11000, como prevê o protocolo.

A mudança de posição do ex-aliado parece não ter incomodado os representantes norte-americanos na COP-13. Em entrevista coletiva à imprensa, o chefe da delegação dos Estados Unidos, Harlan Watson, disse que o país não se sente "isolado" depois da decisão dos australianos e que a mudança já era esperada após a vitória de Rudd.

"Cada país responde por si e decide se metas são ou não apropriadas. Os Estados Unidos decidiram que não. O presidente [George W.] Bush respeita a posição da Austrália", afirmou.

Segundo Watson, apesar de não aceitar a definição de metas, os Estados Unidos vieram à Indonésia com uma "posição flexível" para auxiliar nas negociações do cronograma de um novo regime internacional sobre as mudanças climáticas.

De hoje (3) até 14 de dezembro, negociadores de mais de 180 países estão na Indonésia para decidir sobre futuras negociações globais relacionadas a emissões de gases do efeito estufa.

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Depois de receber aplausos em Bali, Austrália recebe saco de carvão como “prêmio”

6 de Dezembro de 2007 - Luana Lourenço - Enviada especial - Bali (Indonésia) - A Austrália recebeu hoje (6) o prêmio Fóssil do Dia, promovido pela rede de organizações não-governamentais (ONGs) Climate Action Network. Na Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), a entidade "premiou" com um saco de carvão com a respectiva bandeira nacional os países que bloqueiam as negociações ao longo do encontro.

Na última segunda-feira (3), a delegação australiana foi aplaudida durante a abertura da COP o anunciar que o país aderiu formalmente ao Protocolo de Quioto. Ontem, anunciou que faria cortes de 25% a 40% de suas emissões de gases de efeito estufa até 2020. No entanto, nas negociações de hoje, o país voltou atrás na decisão sobre as metas de redução. A determinação partiu do primeiro-ministro Kevin Rudd, esperado em Bali na próxima semana, para a etapa ministerial da COP.

O troféu ficou exposto em um dos estandes montados ao longo dos corredores do centro de convenções que abriga a conferência. O prêmio Fóssil do Dia é entregue diariamente pela ONG e, desde o início desta COP, já contemplou as delegações de Japão, Canadá, Arábia Saudita e Estados Unidos.

Fósseis são materiais gerados em períodos geológicos anteriores. São chamados combustíveis fósseis o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, substâncias que têm carbono e cuja queima libera gás carbônico, o principal gás associado ao aquecimento global. A palavra “fóssil” também é usada para tachar como ultrapassada uma forma de pensamento ou postura.

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Comunidade científica espera que Brasil atue como protagonista em Bali, diz professor

4 de Dezembro de 2007 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A comunidade científica espera ver, em Bali, um maior protagonismo do Brasil. A avaliação é do professor Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que disse que o país deveria assumir um papel de liderança entre as nações com florestas tropicais, numa proposta "arrojada" e "inovadora" de redução dos desmatamentos.

"Gostaríamos de ver o Brasil liderando e buscando mecanismos que recompensem os países tropicais que reduzirem suas taxas de desmatamento", comentou Nobre, em entrevista à Rádio Nacional. Ele disse que o Brasil tem a melhor tecnologia de monitoramento de florestas por satélite e que, por isso, deve buscar maneiras alternativas de desenvolver as regiões tropicais sem desmatar.

Para o pesquisador, o país tem investido em tecnologias limpas, como a produção do biocombustível de segunda geração, produzido a partir de resíduos agrícolas. No entanto, ele defende que os investimentos em recursos humanos e equipamentos tecnológicos na área deveriam ser dez vezes maiores.

O professor disse que o mais importante na Conferência de Bali é que os representantes das 190 nações reunidas concordem numa estratégia que possibilite um novo acordo até 2009. O acordo deve buscar uma redução das emissões para a próxima década, quando, segundo Nobre, elas chegarão ao nível máximo. "A partir daí, iniciamos uma queda das emissões, para chegar em 2040, ou 2050, com 50%, 60% ou até 70% de redução das emissões".

A grande questão, segundo o professor, é quem vai pagar os custos das mudanças nos países pobres, que pouco contribuem para as mudanças de temperatura e estão entre os que sofrem os impactos mais severos. Ele disse que os países desenvolvidos são “superdesenvolvidos” e deveriam repassar tecnologias, conhecimento e recursos para que os países pobres também possam contribuir. "Eles [países mais industrializados] não precisam se desenvolver mais, precisam apenas manter uma qualidade de vida para sua população", observou.

Além disso, o climatologista disse que os países ricos têm muita "gordura" para queimar em relação às suas emissões de carbono, enquanto os países mais pobres consomem pouco petróleo, carvão e gás natural.

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado em 27 de novembro, mostra que as nações ricas são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito estufa, enquanto os países em desenvolvimento respondem por 28%, e as nações pobres, por 2% delas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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