07/12/2007 Brasília
(7.12.2007) - A experiência brasileira
com o etanol foi apresentada para representantes
do setor privado e da imprensa indiana, nesta
sexta-feira (7), pelo diretor do Departamento
de Cana-de-açúcar e Agroenergia,
do Ministério da Agricultura, Alexandre
Strapasson. Outro tema abordado na reunião
foi a produção brasileira de
carros flex, que representa hoje 90% dos veículos
fabricados no País.
Os indianos querem conhecer
a experiência, de mais de 30 anos do
Brasil na utilização do álcool
misturado à gasolina, que atualmente
chega a 25%. A Índia pretende usar
até 5% de álcool misturado à
gasolina. Participaram do encontro o editor-executivo
do grupo The Business Índia, Daksesh
Parikh, e o chefe-geral da Pressman Advertising
- Marketing Limited, Niren Suchanti.
Strapasson explicou que
a Índia considera a produção
doméstica de álcool como uma
alternativa aos períodos de preços
ruins para o açúcar. A medida
ajudaria também o país a não
depender somente de combustíveis fósseis
como a gasolina. “Para consolidar o álcool
no mercado internacional é importante
que mais países produzam álcool”,
acrescentou. O diretor de Cana-de-açúcar
e Agroenergia considera a Índia um
país importante na consolidação
do etanol como commodity internacional, mercadoria
de comércio internacional.
Alexandre Strapasson explicou
aos indianos a implementação
do Zoneamento Agroecológico (ZaeCana)
pelo governo para disciplinar a expansão
da cana-de-açúcar. “Nós
não produzimos cana-de-açúcar
na Amazônia. A produção
está concentrada em São Paulo
e na região nordeste, correspondendo
a menos de 1% no território nacional”,
informou.
Com relação
à safra 2007/2008, o Brasil deve produzir
470 milhões de toneladas de cana-de-açúcar,
20 bilhões de litros de etanol, cerca
de três bilhões de litros de
etanol, para exportar até março
de 2008.
+ Mais
Ministros de agricultura
do cone sul defendem estratégias políticas
diferenciadas para a agroenergia
07/12/2007 - Brasília
(07/12/07) – Cada país do Cone Sul
poderá assumir uma estratégia
e política diferenciada em relação
à questão da agroenergia. Essa
foi uma das conclusões de ministros
e representantes da Argentina, Brasil, Bolívia,
Chile, Uruguai e Paraguai, durante a 13ª.
Reunião Ordinária do Conselho
Agropecuário do Sul (CAS), realizada
essa semana, no Paraguai. Ministros de agricultura
e pecuária dos países do Cone
Sul, discutiram a importância da agroenergia
com enfoque nas implicações
sociais, técnico-políticas e
ambientais para a região.
“Ao mesmo tempo em que se
definiu pela autonomia dos países na
gestão da agroenergia, foi reconhecido
que há elementos comuns que permitem
a elaboração de estratégias
e propostas regionais em agroenergia”, explica
o Secretário de Política Agrícola
do Ministério de Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (SPA/Mapa), Edilson Guimarães.
Segundo ele, “os membros do CAS fizeram um
intercâmbio das experiências e
de potencialidades de seus países em
termos de desenvolvimento produtivo, tecnológico,
legal, institucional e de gestão da
agroenergia”. Também se evidenciou
a necessidade de trabalhar em coordenação
com o grupo de biocombustível do Mercosul.
“Esse intercâmbio
entre os países membros do CAS é
fundamental para que o desenvolvimento da
competitividade econômica da região
tenha êxito”, afirmou Guimarães.
Também foi estabelecido que a produção
de biocombustíveis é um tema
importante para a agricultura na região,
por se tratar de uma oportunidade de desenvolvimento
produtivo tecnológico, de inovação,
de novos empregos e investimento e dinamização
das economias locais e regionais. A Agricultura
Familiar também ocupou parte do debate
do CAS, bem como a questão da erradicação
da febre aftosa.
A 13ª Reunião
do CAS contou com a presença dos ministros
Alfredo Molinas, do Paraguai e Álvaro
Rojas, do Chile, do Secretário de Política
Agrícola do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) do
Brasil, Edilson Guimaraes, do diretor nacional
de mercados da Argentina, Gerardo Petri, do
subsecretário de Agricultura, Pecuária
e Pesca do Uruguai, Ernesto Agazzi e do representante
da embaixada da Bolívia no Paraguai,
Faleg Valdez. (Katja Polisseni)
+ Mais
Espanha conhece programa
brasileiro de agroenergia
07/12/2007 Brasília
(07.12.07) – A experiência do Brasil
com o etanol e o biodiesel direcionada pelo
Plano Nacional de Agroenergia, levando em
conta o desenvolvimento sustentável,
foi apresentada nesta sexta-feira (7) ao secretário-geral
de Agricultura e Alimentação
da Espanha, Josep Rocamora. O secretario de
Produção e Agroenergia do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Manoel Bertone coordenou o encontro.
A delegação
espanhola conheceu o protótipo da primeira
moto flex fuel, exposta no hall de entrada
do Mapa, e recebeu informativos sobre os biocombustíveis.
Bertone falou sobre o Zoneamento
Agroecológico da Cana-de-açúcar
(ZaeCana), que estará concluído
até junho de 2008, e a certificação
socioeconômica do setor sucroalcooleiro.
Ele garantiu que a expansão do plantio
de cana-de-açúcar não
compromete a produção de alimento
e frisou que a produção de cana,
na atual safra, aumentou de 475, para 550
milhões de toneladas.
De acordo com Manoel Bertone,
as culturas de milho e soja também
cresceram em termos de produção
e produtividade. A soja, por exemplo, de 55,
na safra 05/06, alcançou 58,4 milhões
de toneladas na safra 06/07, um incremento
de 6,1%, com redução de área
de quase dois milhões de hectares.
Já a produção de milho
saiu dos 42,5 milhões para 51,4 milhões
de toneladas, representando um aumento de
20,9%. A produção brasileira
de grãos colhida na safra 06/07 foi
de 131,8 milhões de toneladas e a previsão
para safra 2007/08 é de 135,5 milhões
de toneladas/grãos.
O Brasil é o país
que mais cresce no mundo em produção
de carne de aves, bovinas e suínas
e se destaca também na produção
de café, suco de laranja e do complexo
soja, salientou.
Segundo Bertone, é
evidente o interesse dos espanhóis
pela agroenergia. “Empresas espanholas estão
investindo em diversas áreas, e já
começaram a ter interesse na produção
de agroenergia”, finalizou o secretário.
(Inez De Podestà)