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IPCC PEDE A NEGOCIADORES INTERNACIONAIS AÇÕES CONTRA AQUECIMENTO GLOBAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

7 de Dezembro de 2007 - Luana Lourenço - Enviada especial - Bali - Representantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), entre eles o presidente do grupo, Rajendra Pachauri, fizeram hoje (7) uma apresentação do relatório-síntese do painel direcionada aos negociadores internacionais durante a 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13).

Os representantes do IPCC costumam ressaltar que não fazem recomendações políticas, mas na sessão para apresentar o relatório às delegações na reunião da ONU Pachauri foi enfático: “temos bases científicas suficientes para clamar por ações mundiais”.

A versão síntese do relatório foi apresentada em Valencia (Espanha) em novembro. O texto afirma que o aquecimento global é inequívoco, traça cenários de elevação da temperatura na Terra e as possíveis conseqüências – aumento do nível do mar e savanização da Amazônia, por exemplo – e aponta estratégias de adaptação e mitigação.

Desde abertura da COP, na última segunda-feira (3), o trabalho do IPCC vem sendo elogiado por varias delegações e citado ao longo das reuniões plenárias e grupos de trabalho como a base científica para orientar ações de mitigação e até mudanças no Protocolo de Quioto.

Para o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Epaciais (Inpe), membro do IPCC, o trabalho do painel deverá influenciar a tomada de decisões na COP. "A própria decisão da Austrália de ratificar o Protocolo de Quioto foi baseada nos relatórios", avaliou.

"Vamos esperar para ver se nessa segunda semana as negociações continuam nesse bom caminho, porque vai ser uma parte muito política, e geralmente a parte política ignora a científica", acrescentou.

Ontem (6), Marengo e outros 200 pesquisadores lançaram na COP um documento intitulado “Declaração de Bali sobre o Clima por Cientistas” para cobrar o estabelecimento de políticas públicas em relação ao aquecimento global.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007, junto com o ex-vice presidente norte-americano Al Gore, o IPCC receberá a premiação na segunda-feira (10) em Oslo (Noruega).

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Conferência de Bali é ponto de partida para processo negociador, diz Celso Amorim

5 de Dezembro de 2007 - Stênio Ribeiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que, na 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), o Brasil vai mostrar o que tem feito e dizer o que está disposto a fazer para contribuir para a redução de fatores que levam ao aquecimento global, inclusive no que diz respeito à redução daqueles gerados pelos desmatamentos.

Ele embarca ainda hoje (5) para Bali, na Indonésia, onde, até o dia 14, ocorre o evento internacional. Na avaliação do ministro, as propostas apresentadas pelos 190 países participantes terão um tempo de maturação.

"Bali é um começo, não é o fim em si mesmo. Será ponto de partida para um processo negociador", disse, acrescentando que isso deve incluir o etanol e os biocombustíveis.

O Brasil, acrescentou, não poderia ficar de fora desse debate. "Não faz sentido conversar sobre os fatores de redução do efeito estufa sem discutir as altas tarifas impostas ao etanol ou os subsídios dados à produção em países ricos, que criam problemas para eles mesmos, porque encarecem os preços dos alimentos".

Segundo ele, será uma discussão fundamental, na medida em que vai confrontar países defensores do meio ambiente que mantém práticas incompatíveis com a preservação ambiental.

"Não só através das taxas e subsídios absurdos, mas também quando tentam, por todos os meios, forçar que países como o Brasil sejam importadores de lixo ou pré-lixo".

No sábado (8) e no domingo (9), Amorim de um fórum sobre mudanças no modelo de desenvolvimento econômico, de modo a ajudar os países mais pobres e que contribuam para reduzir as emissões de carbono. O convite foi feito pela ministra do Comércio da Indonésia.

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Antes de viajar para Indonésia, ministro critica conduta ambiental de países desenvolvidos

5 de Dezembro de 2007 - Stênio Ribeiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, embarca hoje (5) para a Indonésia, no sudeste asiático, para participar da 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), que ocorre em Bali.

Junto com ele também vão a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e o ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia). O encontro internacional, que termina no próximo dia 13, reúne representantes de190 países desde segunda-feira (3).

Antes da viagem, Amorim fez uma crítica aos países desenvolvidos que, segundo ele, tratam as questões ambientais com duas faces.

"Uma, de bom moço, de quem promove causas benéficas para o mundo. Outra, que em geral fica escondida, é a face protecionista, a face de quem quer apenas obter mais lucro com a venda de seus produtos".

Segundo o ministro, esses países não abrem seus mercados para os produtos que beneficiariam os países em desenvolvimento ao mesmo tempo que dizem defender o objetivo do meio ambiente e da mudança climática no mundo.

Para Amorim, esses países precisam manter coerência sobre os interesses defendidos tanto em Bali quanto na Organização Mundial do Comércio (OMC).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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