3 de Dezembro de 2007 -
Mariana Borgerth - Da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - O estado do Rio de Janeiro
emite 56 milhões de toneladas de gás
carbônico por ano. O número faz
parte de um estudo inédito realizado
pela secretaria estadual do Ambiente e pela
Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa apontou
que a indústria é responsável
por 21% das emissões de gases, seguidos
pelas indústrias geradoras de energia,
com 22%, e o transporte rodoviário,
com 16% das emissões de gás
carbônico.
Esse gás potencializa
o efeito estufa, processo global de aumento
da temperatura. Segundo o secretário
estadual do Ambiente, Carlos Minc, esse estudo
vai servir como base para dar continuidade
às políticas do governo no combate
à poluição.
“Esse foi um estudo que
vai servir como referência. Atualmente
já fazemos captação do
gás metano, encontrado no lixo, que
depois é transformado em biogás.
Além disso, o Rio possui um projeto
pioneiro no setor de transporte, o B5. Hoje
já existem ônibus circulando
com combustível diesel associado a
5% de biodisel. Até 2012, a meta é
chegar a 20%”, afirmou o secretário.
Minc também explicou
que além desses projetos, as novas
construções públicas,
como escolas e hospitais, já são
obrigadas a possuir sistemas de captação
de energia solar e reaproveitamento da água
da chuva. O próximo passo é
a aprovação de uma lei que possa
abranger os novos edifícios privados.
Para a redução
da poluição do setor energético,
que abastece a indústria, o secretário
lembrou da importância de investir em
novas tecnologias e na compensação
com o uso de energia limpa, como a eólica
e de biomassa.
Segundo Minc, esses dados
serão apresentados no próximo
dia 8 em uma reunião da Organização
das Nações Unidas (ONU) que
avalia a mudança climática.
+ Mais
Polícia Federal prende
13 pessoas por pesca em área ambiental
no Rio de Janeiro
7 de Dezembro de 2007 -
Mariana Borgerth - Da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - Doze pescadores e um biólogo
foram presos em flagrante hoje (7) pela Polícia
Federal enquanto pescavam de forma irregular
dentro de uma área de proteção
ambiental, no município de Arraial
do Cabo, na região dos Lagos, no Rio
de Janeiro. O crime acontecia dentro de reserva
florestal federal.
Duas embarcações
foram apreendidas com mais de uma tonelada
e meia de pescado, todos em tamanho inferior
ao permitido. Foram encontrados exemplares
de lula, siri, camarão, polvo e diversos
tipos de peixe.
Na área de proteção
ambiental, apenas pescadores credenciados
pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e Recursos Renováveis (Ibama), podem
trabalhar. Mas segundo o titular da delegacia
de Niterói, Vitor Poubel, nenhuma das
pessoas presas possuíam autorização.
Segundo Poubel, o procedimento
de pesca provoca danos ao meio ambiente. "São
barcos industriais com arrasto de corte, que
fincam dois ferros no fundo do mar, a cerca
de meio metro de profundidade, saem arrastando
tudo e jogam tudo o que puderem pra cima.
Em seguida vem a rede, que joga tudo para
dentro do barco", explicou.
Os presos foram levados
para a delegacia da Polícia Federal
de Niterói. O crime é inafiançável
e os presos poderão pegar entre um
e cinco anos de prisão, além
de ter que pagar multa a ser fixada pelo Ibama.
O flagrante ocorreu com base em denúncias
de pescadores que possuem autorização
para trabalhar na região.
O pescado apreendido será
analisado pelo Ibama, e se estiver em condições
de ser consumido, será distribuído
na comunidade local.