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BRASIL APRESENTA FUNDO PARA PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

13/12/2007 - Gisele Teixeira - O Brasil anunciou durante a 13ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-13), em Bali, na Indonésia, o Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia Brasileira. O objetivo da iniciativa é transformar a redução das emissões por desmatamento em um sistema de financiamento da conservação e uso sustentável da floresta. Com isso, o País espera atrair recursos adicionais para conservação da Amazônia e demonstrar a viabilidade do mecanismo de incentivos positivos, em discussão na Convenção de Mudanças do Clima.

Os recursos arrecadados para o Fundo serão aplicados em ações dos três níveis de governo e da sociedade civil com objetivo de combater e controlar o desmatamento e promover a conservação e o uso sustentável das florestas. Isso inclui apoio direto a operações de monitoramento e controle, pagamento por serviços ambientais, treinamento e capacitação, entre outros. Parte dos recursos também será utilizada na transferência de tecnologias e experiências adquiridas pelo Brasil no controle do desmatamento para outros países tropicais.

As regras e ações do Fundo serão definidas por um Comitê Gestor, com participação dos governos Federal, de todos os estados da Amazônia e da sociedade civil. A aplicação dos recursos poderá se feita em diversas modalidades, incluindo o aporte em outros fundos e ações já existentes como o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). O uso dos recursos será auditado anualmente para garantir que sua aplicação se dê nos objetivos propostos.

O levantamento de recursos para o Fundo será feito por meio de contribuições voluntárias de governos, empresas, organizações e indivíduos, baseado na redução de emissões de CO2 oriundas do desmatamento. Ou seja, se não houver redução das emissões não será possível captar recursos para o Fundo.

Entre os anos de referência 2006 a 2010 será considerado o bioma amazônico. A partir de 2011, o Fundo deverá incorporar os demais biomas brasileiros.

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PDA investirá R$ 2,32 milhões em rede na Mata Atlântica

13/12/2007 - Lucia Leão - O PDA (Subprograma Projetos Demonstrativos), da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, está selecionando projetos para a geração de conhecimentos por meio de redes de organizações que atuam com formas de desenvolvimento sustentável na Mata Atlântica. Serão apoiados pequenos e grandes projetos, podendo receber até R$ 70 mil ou R$ 350 mil, respectivamente. O PDA dispõe de R$ 2,32 milhões para o programa, recurso proveniente de doação do banco alemão KfW.

A chamada está disponível na página do PDA no site do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br/pda). As propostas devem contemplar a sistematização, monitoramento, consolidação e difusão das informações e conhecimentos produzidos, pelos integrantes das redes, dentro das linhas temáticas estratégicas do PDA: agroecologia, comercialização, beneficiamento, serviços ambientais, gestão participativa de unidades de conservação e ecoturismo ou turismo rural. A partir desses conhecimentos as redes devem propor políticas públicas, como por exemplo mecanismos de mercado que viabilizem a inserção desses núcleos produtivos que desenvolvem práticas inovadoras e ambientalmente sustentáveis. O objetivo é contribuir para a construção de instrumentos e metodologias que fortaleçam e qualifiquem as relações entre o Estado, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na construção e aperfeiçoamento de políticas socioambientais.

Podem solicitar recursos do PDA Mata Atlântica ONGs com atuação na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável em parceria com instituições públicas. A rede deve ser integrada por projetos PDA apoiados na região.

A secretaria técnica do PDA está promovendo reuniões para divulgar a chamada e esclarecer dúvidas das redes ou conjuntos de projetos que pretendem apresentar propostas. Já foram realizados encontros com a Ecovida, na Região Sul, com o IEF e com as ONGs executoras de projetos PDA e projetos bilaterais do KfW no Rio de Janeiro e com os executores de projetos PDA da região Nordeste, em Recife. Os grupos que ainda necessitarem de maiores esclarecimentos sobre a chamada poderão solicitar a presença de um técnico do PDA ou da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA).

Esta é a primeira Chamada de Rede para a Mata Atlântica, mas o PDA já investiu R$ 1.358.669,00, apoiando cinco projetos semelhantes na região amazônica. Parte desses projetos já foi concluída com resultados altamente positivos, como o Projeto Rede BR163 + Xingu, executado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, no MT.
Um aporte de R$ 247.220,80 de recursos do PDA possibilitou que nove projetos PDA/Padeq (Projeto Alternativas ao Desmatamento e às Queimadas), estabelecidos no trecho mato-grossense da BR-163 promovessem o intercâmbio de informações e de conhecimentos e capacitação tanto nas áreas de produção agricultura, pecuária e apicultura como na difusão e comercialização dos produtos numa feira única, construída pelos próprios agricultores com tecnologia de bioconstrução e matéria-prima da floresta. A experiência da Feira se desdobrou na proposta de criação, com parceiros públicos, de uma Rede de Comercialização Solidária para colocar no mercado também os produtos dos assentamentos da região.

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Reunião do segmento ministerial começa em Bali

10/12/2007 - Gisele Teixeira - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa esta semana, em Bali, na Indonésia, da reunião do segmento ministerial da 13ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-13) e 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Quioto (MOP-3). Os eventos dão início ao processo de definição de políticas para a proteção climática no período pós-2012, quando se encerra a primeira fase de compromissos do Protocolo.

O Brasil defende a adoção de pelo menos três linhas para as negociações daqui para frente: transferência de recursos financeiros e tecnologia dos países desenvolvidos para as nações em desenvolvimento; metas mais rígidas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para os países ricos e ainda incentivos para países que diminuam o desmatamento e, assim, contribuam para mitigar o efeito estufa.
A expectativa dos negociadores é fechar um cronograma que tenha prazos e metas definidas para concluir, até 2009, as metas que serão cumpridas a partir de 2012.

O Brasil defende a posição de que os países em desenvolvimento devam participar dos esforços globais por meio da adoção de políticas e medidas internas reais, verificáveis e mensuráveis, para mitigação das mudanças climáticas. Isto é, devem contribuir para os esforços globais de mudança do clima em ritmo consistente com suas peculiaridades e suas capacidades.

O Brasil tem feito avanços significativos na matéria. O Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento, que envolve 13 ministérios, resultou na redução de 50% na taxa de desmatamento de 2004 a 2006. Com isso, o País evitou a emissão de cerca de 500 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera no período. É o equivalente a 14% das reduções preconizadas para todos os países desenvolvidos no primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto, que se estende de 2008 a 2012.

Para o período entre agosto de 2006 e julho de 2007, o sistema Prodes (Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite) estima uma queda de 20% em relação ao período 2005-2006, o que reforça a tendência de redução. A área desmatada é estimada em 11,224 Km2, número muito próximo ao menor já registrado (11.030Km2, em 1991) desde o início do monitoramento do desmatamento na região, em 1988.

Além disso, criou o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, liderado pela Casa Civil, para alinhar as diferentes iniciativas do governo nesta área e elaborar a Política Nacional e o Plano Nacional sobre Mudança do Clima.
O Brasil também destaca, no entanto, que manter essa política não é mais fácil e barato para o País do que a diminuição das emissões decorrentes do uso de combustíveis fósseis para os países desenvolvidos. Isto é, reduzir o desmatamento no Brasil implica a mudança de um modelo de desenvolvimento que vai além de cercar a floresta. Significa prover condições adequadas para que a manutenção da floresta em pé seja, do ponto de vista econômico, social e ambiental, mais vantajosa do que a sua derrubada. Para isso, é preciso investimento.

Os esforços também estarão concentrados em fazer com que as negociações sobre florestas tomem um novo fôlego, passando a ser encaradas como um dos eixos centrais de um futuro acordo, de tal forma que as ações para manter as florestas dos estados com vastas coberturas vegetais possam ser compensadas.
A Conferência ocorre após a divulgação do último Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mundança do Clima (IPCC, sigla em inglês), que revelou, com o menor grau de incerteza desde seu primeiro relatório, a relação direta entre as atividades humanas e a maior concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

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CNRH ratifica cobrança pelo uso da água na Bacia do Piracicaba

10/12/2007 - Lucia Leão - O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) prorrogou nesta segunda-feira (10) a delegação de competência do Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para exercer as funções de agência de águas, inclusive de cobrança pelo uso dos recursos hídricos, e ratificou os valores da cobrança, que vem ocorrendo com a adesão plena dos usuários. Para João Paulo Capobianco, que abriu a XXI Reunião Extraordinária do Conselho na condição de ministro interino do Meio Ambiente, o que acontece hoje naquela região traduz a aprovação e o apoio da sociedade ao modelo de gestão definido no Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH).

"Temos um índice de adimplência de 99% na cobrança pelo uso da água. O sistema, portanto, está funcionando. Os parceiros envolvidos não só apóiam como contribuem efetivamente para o seu funcionamento", disse Capobianco, apoiando as propostas submetidas ao Conselho pelas Câmaras Técnicas de Assuntos Legais e Institucionais e de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos.

Capobianco também destacou os avanços capitaneados pelo Conselho no sentido da transversalidade das ações de gestão dos recursos hídricos. Ele destacou a decisão que compartilhou a gestão das águas minerais, termais, gasosas, potáveis de mesa ou destinadas a fins balneários entre a Secretaria de Recursos Hídricos do MMA e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) do Ministério de Minas e Energia. Desde a publicação da resolução, no último dia 27 de novembro, a pesquisa e a outorga de direito de lavra destas águas são aprovadas conjuntamente pelos dois órgãos.

"É muito positivo o esforço deste colegiado na integração dos instrumentos de gestão ambiental com o licenciamento. Ela harmoniza o sistema de utilização desses recursos garantindo a perspectiva da gestão ambiental dos mesmos". Segundo Capobianco, a expectativa é incluir no PNRH, ao longo de 2008, as bacias hidrográficas na zona costeira.

A reunião do Conselho ocorre na sede da Confederação Nacional da Agricultura, em Brasília, até esta terça-feira (11).

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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