Brasília
(13/12/07) - No próximo dia 17 (segunda-feira),
o Ministério do Meio Ambiente (MMA)
e a Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), com o apoio da Superintendência
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),
promovem o lançamento do trabalho técnico
intitulado Mapeamento da Cobertura Vegetal
do Bioma Pampa, às 10h30m, no Salão
de Festas da Reitoria da UFRGS, na Avenida
Paulo Gama, s/n, 1º andar.
O trabalho traz informação detalhada
sobre os tipos de vegetação
nativa ainda conservada (campo e mata nativa),
bem como sobre as áreas alteradas pelo
uso humano (agricultura, silvicultura, etc.).
Os mapas têm como objetivo servir de
base para o planejamento regional, a definição
de políticas públicas, a pesquisa
científica, a promoção
do uso sustentável, o licenciamento
e a fiscalização ambiental,
bem como a definição de áreas
protegidas.
A execução
do mapeamento teve início em 2004,
sendo realizado pelo Departamento de Ecologia
da UFRGS. O trabalho usou como fonte imagens
do satélite Landsat, resultando em
um conjunto de 23 mapas articulados (escala
1:250.000), que recobrem toda a metade sul
do Estado. Contou ainda com a supervisão
técnica do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Os mapas serão disponibilizados para
instituições de gestão,
ensino e pesquisa no Rio Grande do Sul mediante
a doação de kits impressos e
de CDs (número limitado). Além
disso, todos os resultados já estão
disponíveis para download no portal
da biodiversidade no site do MMA (www.mma.gov.br).
Durante a solenidade também serão
lançados um cartaz e um folheto alusivos
ao Bioma Pampa para distribuição
para entidades governamentais e da sociedade
civil.
A REGIÃO
As paisagens naturais do
Bioma Pampa se caracterizam pelo predomínio
dos campos nativos.
A região corresponde a um dos centros
de maior biodiversidade de espécies
vegetais campestres de todo o planeta (cerca
de 2.200 espécies de gramíneas,
leguminosas, compostas, etc. já foram
descritas para o Bioma). Trata-se de um patrimônio
natural, genético e cultural de importância
nacional e global.
Os principais resultados obtidos no mapeamento
demonstram que ainda restam 41% da cobertura
vegetal nativa sendo a maior parte correspondente
ao campo nativo, num total de 23% do total
do Bioma.
Em boa parte, a vegetação natural
tem sido conservada pela prática da
pecuária. No entanto, a crescente conversão
para outros usos ao longo das últimas
décadas (avanço da fronteira
agrícola, invasão de espécies
exóticas, como o capim anonni e o uso
de pastagens com forrageiras exóticas)
vem ameaçando a conservação
destas áreas naturais.