Panorama
 
 
 

OPERAÇÃO TRANSIRIRI JÁ ACUMULA MAIS DE R$ 11 MILHÕES EM MULTAS NA TERRA DO MEIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

Brasília (10/12/07) – Fiscais do Ibama que participam da Operação Transiriri, desenvolvida na região conhecida como Terra do Meio, no estado do Pará, aplicaram, até o momento, 124 Autos de Infração por desmatamento ilegal, num valor de R$ 11,639 milhões. As ações de fiscalização foram deflagradas a partir da base da Vila Canopus, já desativada, e da atual base operativa do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), na Vila Central, em São Félix do Xingu/PA. Dessa base, os agentes já percorreram, por terra, água e ar, uma área total de 45 mil hectares no interior da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, onde está situada a base da Operação Transiriri, e também do Parque Nacional da Serra do Pardo e da Estação Ecológica Terra do Meio.

Neste ano, agentes do Ibama, com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Pará, já fiscalizaram 200 áreas indicadas como desmatadas pelo sistema de Detecção Real de Desmatamento (Deter). Também embargaram mais de sete mil hectares de área devastada sem autorização. E apreenderam três tratores de esteira flagrados no corte raso na floresta. Após as autuações, o Ibama comunica ao Ministério Público Federal a prática do crime ambiental. Com base nessas autuações feitas pelo Ibama, o MPF já processou 11 madeireiros posseiros e requereu à Justiça Federal a aplicação de multas pelos danos ambientais e sociais cometidos e a expedição de mandados de desocupação contra eles.

Ao Norte, nas áreas das Reservas Extrativistas (Resexs) do Rio Iriri e Riozinho do Anfrísio, já foram realizadas, neste ano, com recursos do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) duas operações de fiscalização, durante as quais os fiscais do Ibama desmontaram uma serraria ilegal e fecharam uma área de mineração sem licenciamento ambiental. No momento, está em andamento outra operação do Ibama na área. No Médio Xingu, a fiscalização do Ibama acompanha, desde Altamira, expedição de pesquisadores contratados pelo Instituto Chico Mendes no rio Pardo para fazer levantamento ecológico da região onde se propõe criar a Reserva Extrativista Médio Xingu.

Terra do Meio – Abrange uma área de cerca 7,6 milhões de hectares de florestas úmidas situadas na região sudeste do Estado do Pará, na bacia do rio Xingu, um dos grandes afluentes da margem direita do rio Amazonas. Estende-se sobre o território dos municípios de Trairão, Altamira e São Félix do Xingu. Seu nome se deve à localização no meio de várias terras indígenas.
A Terra do Meio sofre grande pressão por causa do avanço da fronteira agrícola vinda do norte do Mato Grosso e o asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163). Numa região de uma diversidade biológica ímpar, são encontrados ilícitos como a exploração ilegal de madeira, a conversão da floresta amazônica em pastagens e a grilagem de terras públicas.

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Supes/RS faz avaliação da Fiscalização em 2007

Porto Alegre (11/12/07) - Dados referentes à fiscalização da Superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul até o mês de novembro de 2007 revelam que as infrações de fauna (incluindo pesca) acumulam o maior número de Autos de Infração, 71,08%. Deste total, os Autos de Infração (AI) específicos da fauna somam 46,68% e os de pesca, 24,40%. Infrações de meio ambiente (poluição e degradação) somam 19,32% e de flora 9,58%.

Neste período foram lavrados pela Superintendência 1.221 Autos de Infração, número próximo aos 1.280 do ano de 2006, e que provavelmente deverão ser alcançados ou mesmo superados, conforme avalia o responsável pela Divisão de Controle e Fiscalização da Supes/RS, analista ambiental Fernando Antônio Falcão. Quanto aos valores das multas, em 2006 elas alcançaram um total de R$ 10.540.801,00 enquanto neste ano subiram para R$ 17.793.140,00.

Ao analisar estes números, Falcão vê avanços no trabalho da fiscalização e explica que vários processos positivos estão sendo incorporados no planejamento de ações mais proativas e de maior abrangência, na medida em que os outros entes que compõe o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) assumam atribuições de sua competência.

Entre os avanços na sistematização do trabalho Falcão cita a regionalização da Linha Verde (através da qual são recebidas as denúncias no Ibama), o que permite distribuir as ocorrências de acordo com a competência dos órgãos ambientais; a parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar de Porto Alegre e novos procedimentos que permitem melhor planejamento das ações (uso de imagens de satélite, levantamento preliminar dos locais que serão fiscalizados). ‘‘Com esses instrumentos é possível elaborar melhor as estratégias e ter mais eficiência nas operações’’, explica.

Como exemplos de aprimoramento do processo de gestão ele cita ações integradas entre os diversos setores técnicos como as realizadas em parceiras com a Divisão Técnica da Superintendência, em especial a implementação do Documento de Origem Florestal (DOF), que permite a fiscalização no transporte de espécies amazônicas sem sair do Estado, e no comércio e tráfico de animais, que conta com parceria junto ao Núcleo de Fauna do instituto, através do monitoramento de torneios de cantos, fiscalização de lojas que comercializam animais silvestres (licenciadas e autorizadas pelo Ibama) e no controle do Sistema de Cadastro de Criadores Amadoristas de Passeriformes (SISPASS).

‘‘A fiscalização por si só é essencialmente punitiva, não muda paradigmas’’, e portanto, necessita de ações complementares (na educação ambiental ou no licenciamento) argumenta. Falcão ressalta ainda que atitudes responsáveis por parte da população não podem ser omitidas, já que o gaúcho é um grande consumidor de animais silvestres, braço mais próximo ao tráfico de animais.

De positivo o analista ambiental lembra ainda algumas atividades específicas realizadas com sucesso este ano como por parte do Ibama/RS, como a Operação Transgênicos que exigiu um planejamento bastante detalhada e teve sucesso na identificação de lavouras de soja geneticamente modificadas no entorno da Floresta Nacional de Passo Fundo e as diversas ações de fauna. Segundo Falcão, estas atividades foram realizadas em parcerias com a Divisão de Controle e Fiscalização, Divisão Técnica, e Núcleo de Fauna do Ibama/RS, além de fiscais e servidores dos escritórios regionais e das Unidades de Conservação, e colaboração do Batalhão Ambiental da Brigada Militar.
Maria Helena Firmbach Annes

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Ibama/PI recorre a PF no combate ao trafico de madeira

Teresina (11/12/07) – Representantes do Ibama dos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Pernambuco estarão reunidos durante esta semana, para discutir em “Oficina de Fiscalização Integrada”, estratégias para combater o tráfico ilegal de madeira.

Além dos superintendentes estarão presentes dez técnicos do Ibama dos respectivos estados. O objetivo é traçar estratégias e planos de identificação das causas, origens e combate ao tráfico ilegal de madeira em suas regiões.

Segundo o superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, o estado participa do processo de transporte de madeira irregular, servindo como rota para o tráfico de madeira em direção aos outros estados. No percurso, a madeira retirada da Amazônia, de forma ilegal, vem do Pará, passa pelo Piauí, com destino a Pernambuco e Ceara.

Os pontos de maior preocupação no Piauí são Teresina, Floriano e Luzilandia, municípios onde ocorreram varias apreensões de cargas de madeira. Outro foco onde a fiscalização será intensificada são trechos da BR-316, onde não existe fiscalização e as cargas de madeira transitam livremente.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, levantou em recente passagem pelo Piauí, a suspeita de formação de quadrilhas dentro dos estados. Romildo Mafra adianta que uma das medidas que será tomada para o combate ao tráfico ilegal de madeira será a participação da Policia Federal nas operações. “Antes era apenas o Ibama e a Policia Rodoviária, agora teremos ajuda da Policia Federal nas fiscalizações”, revela.

A ultima apreensão de madeira transportada ilegalmente no Piauí ocorreu no último dia 03, onde três carretas lotadas de madeira foram apreendidas no posto da Policia Rodoviária Federal no sentido Teresina-Demerval Lobão.Foram apreendidos 59 metros cúbicos de madeira que iriam do Pará e do Maranhão para a Bahia, com uma quantidade de madeira maior do que a permitida e também documentação irregular. A maior apreensão no estado ocorreu na cidade de Floriano, onde foram apreendidas de uma só vez, 20 carretas de madeira ilegal.
Cíntia Lucas

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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