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OPERAÇÕES DO IBAMA REDUZEM ÍNDICES DE DESMATAMENTO NO AMAZONAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

Manaus (10/12/07) – A Superintendência do Ibama no Amazonas comemorou os resultados positivos das operações de combate ao desmatamento no sul do estado durante este ano referentes aos trabalhos coordenados pela Base Operativa Apuí. “O Amazonas tem hoje o menor índice de desmatamento dos últimos quatro anos, com redução de mais de 49% sobre os índices registrados no ano passado”, anunciou o Superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira.

De acordo com o relatório apresentado, foram 10 grandes operações nos quatro meses de seca, que vai de meados de julho a novembro, período em que as condições climáticas favorecem o acesso dos infratores ao interior da floresta por estradas de barro e o uso do fogo para queimar a vegetação derrubada.

O número de focos de calor no Amazonas também foi o menor dos últimos quatro anos, caindo de 4.942 focos em 2005 para 1.138 em 2007, redução de 77%. No total foram lavrados 141 Autos de Infração, com mais de 51 milhões e meio de reais em multas aplicadas aos infratores.

Foram apreendidos 965 metros cúbicos de madeira em tora e 717 de madeira serrada. Dois tratores e uma carreta foram apreendidos e uma serraria foi embargada pelos fiscais. Para o Ibama, o custo total das operações em mais de quatro meses de trabalho foi de 580 mil reais em diárias e custeio. A redução total do desmatamento na região foi de 72.710,34 em 2006, para 36.352,38 em 2007.

Entre os resultados positivos destacados na apresentação feita pelo Superintendente, chamou a atenção dos jornalistas, a redução do desmatamento nos municípios de Lábrea e Canutama, que haviam registrado aumentos significativos nos índices de desmatamentos em 2006, colocando o Amazonas na lista dos estados que não haviam conseguido reduzir seus índices totais de combate a este tipo de crime ambiental.

O município de Lábrea, que registrou 34.313,43 hectares desmatados em 2006, índice 100% maior que o registrado no ano de 2005, teve uma redução significativa, ficando em 17.661,07 hectares de desmatamento em 2007. Canutama, que havia registrado 9.781,12 hectares em 2006, teve redução de mais de 64%, com registro em 2007 de menos de 3.500 hectares de desmatamentos.

Outro município que também registrou resultados positivos foi Manicoré, onde está situada a comunidade de Santo Antonio do Matupi, no km 180 da BR-240, a Transamazônica, ponto de concentração de empresas madeireiras. Manicoré teve 65% menos desmatamentos, reduzindo de 5.838,48 hectares desmatados em 2006 para pouco mais de 2.000 hectares em 2007.

Divididos em grupos de 15 a 20 agentes, analistas ambientais e técnicos ambientais do Ibama, junto com diversos profissionais do Ipaam, Polícia Militar do Amazonas e Agentes da Abin percorreram toda a região conhecida como “Arco do Desmatamento” no Amazonas, que vai de Apuí, na divisa com o estado do Pará, até o sul de Lábrea, na divisa com os estados do Acre e Rondônia.

Para o chefe da Dicof, Adilson Cordeiro, a mudança da estratégia de campo, repetida nos últimos quatro anos foi primordial para atingir os objetivos do combate ao desmatamento no Amazonas. Até 2006, era montada uma operação com cerca de 40 agentes, que saia de um lado do “Arco do Desmatamento” no Amazonas até a outra ponta, em cerca de 180 dias, varrendo toda a região. “Essa estratégia foi suficiente para nos dar conhecimento total da região, dos infratores, dos pontos de apoio e do modus operandi dos criminosos. Hoje podemos realizar incursões aleatórias, evitando a fuga e o planejamento do infrator, com operações curtas, paralelas e aleatórias na região”, afirmou Adilson Cordeiro.

Outra diferença no trabalho de campo realizado nesse ano foi a equipe de inspeção industrial, que fez um trabalho paralelo de apoio às equipes de fiscalização direta, percorrendo os municípios e realizando auditorias minuciosas nas empresas madeireiras, o que pode aumentar o volume de autos de infração.

O Diretor-Presidente do Ipaam, Neliton Marques afirmou que a parceria com órgão estadual com o Ibama para o combate ao desmatamento será maior em 2008. Neliton afirmou que o estado vai investir pesado no trabalho de inteligência, monitoramento e estratégia, para ajudar a reduzir ainda mais os índices de 2008. Para o Ipaam, além dos danos econômicos causados pela ação criminosa dos infratores, existe o prejuízo ambiental de valor incalculável, com a perda de diversidade biológica, aumento do aquecimento global, emissão de carbono e redução das florestas tropicais preservadas do estado.

Luiz Bitencourt, que representou a Cgfis do Ibama, afirmou que nesse ano a Superintendência do órgão no Amazonas mostrou que é possível avanças sobre os infratores para reduzir os índices negativos sobre o meio ambiente, e declarou que a Presidência do Ibama, em Brasília está trabalhando para dar mais aparelhamento ao trabalho de campo em 2008.

A solenidade contou com a presença de diversos parceiros da instituição, entre eles o Diretor-Presidente do Ipaam, Néliton Marques, o Diretor da Abin, Ulisses Viana, o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas (Dicof), Adilson Cordeiro e o Chefe Substituto da Coordenação Geral de Fiscalização do Ibama (Cgfis), Luiz Bitencourt.
Marcelo Dutra

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Índice de Desmatamento na Amazônia cai 20%

Brasília (10/12/07) - O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2006 e julho de 2007 caiu 20% em relação ao período 2005-2006, registrando uma queda acumulada de 59% nos últimos três anos. O número é muito próximo ao de 1991, o menor já registrado desde o início do monitoramento do desmatamento na região, em 1988.

O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2006 e julho de 2007, estimado em 11,224 Km2 pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), caiu 20% em relação ao período 2005-2006, registrando uma queda acumulada de 59% nos últimos três anos. O número é muito próximo ao menor já registrado (11.030Km2, em 1991) desde o início do monitoramento do desmatamento na região, em 1988.

O Pará foi o único estado que apresentou crescimento na taxa de desmatamento para 2006-2007, de apenas 1%, chegando a 5.569 Km2. O estado de Mato Grosso é o segundo com maior área desmatada (2.476Km2). Contudo, apresenta uma queda, segundo as estimativas do Prodes, de 43% em relação ao período 2005-2006, que foi de 4.333Km2 de área desmatada.

Em seguida vem Rondônia, com estimativa para 2006-2007 de 1.465Km2 de área desmatada. Porém o estado apresentou queda de 29% em comparação a 2005-2006 (2.062Km2). Pará, Mato Grosso e Rondônia juntos foram responsáveis por 85% dos desmatamentos na Amazônia no período 2006-2007.

Mesmo com estimativas positivas do Prodes para 2006-2007, confirmando o terceiro ano consecutivo de queda nas taxas de desmatamentos na região, o Ministério do Meio Ambiente está atento para os números do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que apontam uma tendência de aumento dos desmatamentos nos primeiros três meses do período 2007-2008 (agosto a outubro). Para impedir que essa tendência se confirme por todo o período, o governo federal está preparando um conjunto de medidas a serem adotadas já no início do próximo ano.

Uma das medidas discutidas e aprovadas no âmbito da Comissão Executiva do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia e que está materializada no decreto assinado nesta quinta-feira (6) pelo Presidente da República é a criação de um Grupo Permanente de Responsabilização Ambiental para o desenho de estratégias mais eficazes e eficientes de fiscalização e controle ambiental integrados por parte dos órgãos federais em articulação com os estados. As estratégias devem ser focadas em municípios considerados de risco potencial de incremento de desmatamentos.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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