Panorama
 
 
 

A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, SEGUNDO O GOVERNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

AGU apresenta reclamação no STF contra suspensão de obras da transposição do Rio São Francisco

14/12/2007 - A Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT) da AGU ajuizou nesta sexta-feira (14/12) no Supremo Tribunal Federal (STF) a Reclamação Constitucional nº 5736, contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região que suspendeu as obras de transposição do Rio São Francisco, concedida ao Ministério Público Federal.

Na Reclamação, a AGU alega que houve usurpação de competência pelo TRF, já que o Supremo decidiu que as ações relativas à transposição do São Francisco estão sob sua responsabilidade e avocou todos os processos sobre o tema.

Esta posição do Supremo foi tomada em agosto de 2005, no julgamento da Reclamação nº 3074/MG ajuizada pela União, em que se discutia também esse projeto. O STF reconheceu na época a existência de flagrante conflito federativo e considerou que se tratava de uma “política governamental que transcende aos interesses locais do estado de Minas Gerais”.

A AGU ainda defendeu que a continuidade do projeto não traz dano a qualquer estado, ao meio ambiente ou à população. “Os argumentos lançados pelos apelantes não resistem a uma análise mais profunda do tema.

Logo se vê, que não há sequer uma justificativa plausível que indique que o meio ambiente ou qualquer outro interesse público possa vir a sofrer dano de natureza irreparável”.

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Programa de revitalização do rio São Francisco lança relatório de ações

14/12/2007 - Contensão das erosões da barranca do Rio São Francisco no município de Propriá (SE)
Brasília – O relatório do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, lançado esta semana, informa que o governo federal investiu R$ 194,6 milhões no programa, no período de 2004 a 2006. O documento apresenta um panorama geral das ações já implementados, em fase de execução e as estão programados até 2010.

O Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco promove a recuperação, conservação e preservação ambiental por meio de ações integradas que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições sócio-ambientais da bacia e o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água para usos múltiplos.

Com investimentos de R$ 148 milhões, estão sendo executadas, em 81 municípios, obras de saneamento básico, construção de cais, contenção de margens, adutoras e drenagem, além da recuperação da eclusa de Sobradinho, que irá fortalecer a navegabilidade da hidrovia.

O relatório descreve ações nas áreas de monitoramento da qualidade da água (R$ 2,4 milhões) e de recuperação e controle de processos erosivos (R$ 26,1 milhões), esta última envolvendo a elaboração de plano para manejo de microbacias, recuperação de áreas degradadas pela mineração e o desassoreamento de rios, lagos, riachos e barragens.

O reflorestamento de nascentes, margens e áreas degradadas também recebeu investimentos do Programa de Revitalização. Com R$ 18,1 milhões, foram implantados viveiros de referência nas sub-bacias, foi realizada a recuperação ambiental de projetos de assentamentos e a recuperação da cobertura vegetal de nascentes, além da elaboração do plano de desenvolvimento florestal da bacia.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) garantiu R$ 1,3 bilhão no Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, para o período 2007-2010. Os recursos serão investidos nos segmentos já existentes no programa. Para atender uma antiga reivindicação das populações ribeirinhas, o Programa Água para Todos possibilitará o investimento de R$ 307 milhões na implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para aglomerações rurais nos municípios da calha do rio São Francisco.
Acesse o relatório completo no endereço: http://www.mi.gov.br/saofrancisco/revitalizacao/relatorio.asp

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STF defere liminar em ação que contesta decisão do TRF-1 sobre suspensão de obras do Projeto de integração do Rio São Francisco

19/12/2007 - Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) cassou a tutela antecipada concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1-1), que havia suspendido as obras Projeto de Integração do Rio São Francisco com a Bacia do Nordeste Setentrional. A decisão foi tomada hoje (19) pelo relator, ministro Carlos Alberto Menezes Direito, na análise do pedido de liminar na Reclamação (RCL) 5736, ajuizada na Corte pela União, por meio de seu advogado geral, José Antonio Dias Toffoli.

A Reclamação é um processo sobre preservação de competência do Supremo Tribunal Federal (STF). Está prevista na Constituição Federal de 1988, artigo 102, inciso I, letra “l”, e regulamentada pelo Regimento Interno do STF. Sua finalidade é preservar ou garantir a autoridade das decisões da Corte Constitucional perante os demais tribunais. Na análise de caso precedente (RCL 3074) lembrado pelo advogado-geral, o Plenário do Supremo afirmou sua competência para processar julgar todas as ações que discutam o Projeto de Integração do Rio São Francisco.

O pedido da União na RCL 5736 se fundamentou no artigo 102, I, ‘f’, da Constituição Federal. Este dispositivo diz que compete ao STF processar e julgar “as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta”. Segundo o advogado-geral da União é exatamente o caso deste mandado, já que a discussão envolvida no processo é potencialmente lesiva ao pacto federativo, colocando em conflito interesses de diversos estados e da União, e a questão jurídica envolve tema “de eminente substrato político”, por se referir a obra de grande magnitude que encampa claro projeto de governo.

ACO 876 - Neste momento o Plenário do Supremo julga o recurso de agravo regimental interposto pelo Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e diversos grupos ambientalistas contra a decisão do ministro aposentado Sepúlveda Pertence que, ao analisar a Ação Cível Originária (ACO) 876 e outras ações com o mesmo objetivo, negou pedido de liminar em que se pedia a suspensão dos procedimentos para licenciamento prévio visando ao início das obras do Projeto de Integração.
Fonte: Assessoria de Imprensa do STF - http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=80222

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STF mantém decisão liminar que garante continuidade do projeto de integração do Rio São Francisco

19/12/2007 - O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão liminar do ministro aposentado Sepúlveda Pertence na Ação Cível Originária (ACO 876), e com isso garantiu a continuidade do projeto de integração do Rio São Francisco com a Bacia do Nordeste Setentrional. Seguindo o voto do relator, ministro Carlos Alberto Menezes Direito, seis ministros formaram a maioria que negou provimento a uma série de agravos regimentais interpostos contra a decisão do ministro Pertence, que havia indeferido a liminar na ação cível.

O pedido de liminar que foi indeferido pelo ministro Sepúlveda Pertence (aposentado), em 19/12/2006, debatia sobre a concessão de licença prévia, pelo Ibama, ao governo federal, permitindo a adoção de providências preliminares para o desenvolvimento do projeto de integração do rio São Francisco. O procurador-geral e os grupos ambientalistas contestavam a concessão da licença sem a elaboração anterior do estudo de impacto ambiental. Pertence entendeu que a concessão era válida, uma vez que a licença prévia não autoriza nehuma intervenção ao meio ambiente. Entretanto, ao recorrer desta decisão, o procurador-geral contestou, além da decisão proferida por Pertence, uma nova concessão posterior por parte do Ibama, desta vez, da licença de instalação da obra.

Em seu voto, o relator, ministro Menezes Direito, afirmou considerar que para conceder a licença de instalação, ocorrida em 2007, e portanto depois da decisão do STF – que é um dos principais motivos do agravo interposto pelo Ministério Público – o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) cumpriu, quase que na sua totalidade, todas as condicionantes impostas pelo ministro Sepúlveda Pertence em sua decisão liminar. Segundo ele, das 31 condicionantes, apenas seis não foram cumpridas em sua integralidade.

Além disso, o relator afirmou que constam do Plano Básico Ambiental (PBA) apresentado pela União e pelo Ibama para a realização do Projeto de Integração do Rio São Francisco, diversos programas e projetos que visam garantir o equilíbrio ambiental e social das comunidades locais. Entre eles, o ministro citou programas voltados para comunidades quilombolas e indígenas, conservação de flora e fauna, monitoramento e controle de vetores de doenças, apoio às prefeituras e projetos de irrigação, treinamento e capacitação em capacitação ambiental, prevenção à desertificação.

Quanto à questão das terras indígenas, Menezes Direito disse que ficou comprovado, nos autos, que não há captação de recursos hídricos dentro de terras indígenas. Na verdade, disse o ministro, a captação é próxima a essas terras, sendo que pelas terras propriamente ditas, passarão canais de transporte desses recursos, que inclusive devem atender às próprias comunidades indígenas, que reconhecidamente sofrem com escassez de água.

O projeto, se adequadamente realizado, com fiscalização e acompanhamento, poderá ser realizado sem agredir meio ambiente, ressaltou o ministro Menezes Direito, negando provimento a todos os agravos. Menezes Direito afirmou, ainda, que não encontrou motivos para se autorizar a paralisação dessa obra, “já discutida por muitos anos, ainda sem efetiva realização”. Menezes Direito frisou que não se pode presumir que o projeto não será executado adequadamente, e que não haverá fiscalização competente do Estado. E que para a concessão da licença de operação, novas exigências e condicionantes poderão ser exigidas.

O voto do relator foi acompanhado, integralmente, pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha e os ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes e a presidente, ministra Ellen Gracie.

Divergência

Para o ministro Carlos Ayres Britto, no entanto, não aconteceram as audiências públicas previstas pelo ministro Sepúlveda Pertence em sua decisão liminar. Além de tudo, frisou o ministro, a Constituição Federal afirma que cabe ao Congresso Nacional discutir políticas públicas de maior envergadura, como é o caso desse projeto de integração.

Ele afirmou que o ministro Sepúlveda Pertence (aposentado) foi claro ao afirmar que tomava a sua decisão, tendo em conta que, naquela ocasião, na fase em que se encontrava o projeto, não existia possibilidade de dano ao meio ambiente. Agora, salientou Ayres Britto, com a concessão da licença de instalação, e o início das obras, esse perigo de dano irreparável é iminente. Por essa razão, o ministro Carlos Ayres Britto votou pelo provimento dos agravos, para que sejam suspensas as obras.

Já o ministro Cezar Peluso disse entender que o que deveria ser analisado, na verdade, era o pedido de liminar na ACO 876, que tratava de estudos de impacto ambiental e concessão de licença prévia. Ele entendeu que o Supremo deveria conceder essa liminar, pretendida naquela ocasião, para suspender o processo. Foi exatamente nesse sentido seu voto na sessão de hoje, pelo deferimento do pedido liminar na ACO, e com isso tornando prejudicados todos os agravos interpostos.

Para Peluso, o que está em discussão nesta ação é a tutela de dois valores – o interesse público e o meio ambiente. A concessão da liminar não causaria dano ao interesse público, frisou o ministro. Isso porque se no final a ação for julgada improcedente, nada do que foi feito até o momento se terá perdido. Já a continuidade do projeto pode causar prejuízo irreparável ao meio ambiente, se ao final se decidir que o projeto não deve continuar, concluiu o ministro Cezar Peluso.

Em seu voto, o ministro Marco Aurélio votou também pelo deferimento da medida cautelar na Ação Cível Originária. “Ou caminhamos no sentido de congelar a situação atual, ou caminhamos no sentido de julgar improcedente a ação desde já”, disse o ministro, explicando que a continuidade do projeto de integração não permitirá, se julgada procedente a ação no final, voltar à situação anterior, em se tratando do meio ambiente.

Ao final, por 6 votos a 3, foram negados os agravos regimentais, e mantida a decisão de continuidade do projeto de integração do Rio São Francisco.
Fonte: Assessoria de Imprensa do STF - http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=80261

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Carta do deputado Federal Ciro Gomes à atriz Letícia Sabatella publicada no O GLobo

20/12/2007 - Letícia, ando meio quieto por estes tempos, mas, ao ver você visitando o bispo em greve de fome no interior da Bahia, pensei que você deveria considerar algumas informações e reflexões. Poderia começar lhe falando de República, democracia, personalismo, messianismo... Mas, sendo você a pessoa especial que é, desnecessário. O projeto de integração de bacias do rio São Francisco aos rios secos do Nordeste setentrional atingiu, depois de muitos debates e alguns aperfeiçoamentos, uma forma em que é possível afirmar que, ao beneficiar 12 milhões de pessoas da região mais pobre do país, não prejudicará rigorosamente nenhuma pessoa, qualquer que seja o ponto de vista que se queira considerar.

Séria e bem intencionada como você é, Letícia, além de grande artista, peço-lhe paciência para ler os seguintes números: o rio São Francisco tem uma vazão média de 3.850 metros cúbicos por segundo (!) e sua vazão mínima é de 1.850 metros cúbicos por segundo (!). Isto mesmo, a cada segundo de relógio, o Rio despeja no mar este imenso volume de água.

O projeto de integração de bacia, equivocadamente chamado de transposição, pretende retirar do Rio no máximo 63 metros cúbicos por segundo. Na verdade, só se retirará este volume se o rio estiver botando uma cheia, o que acontece numa média de cada cinco anos. Este pequeno volume é suficiente para garantia do abastecimento humano de 12 milhões de pessoas.

O rio tem sido agredido há 500 anos. Só agora começou o programa de sua revitalização, e é o único rio brasileiro com um programa como este graças ao pacto político necessário para viabilizar o projeto de integração.

No semi-árido do Nordeste setentrional, onde fui criado, a disponibilidade segura de água hoje é de apenas cerca de 550 metros cúbicos por pessoa, por ano (!). E a sustentabilidade da vida humana pelos padrões da ONU é de que cada ser humano precisa de, no mínimo, 1.500 metros cúbicos de água por ano. Nosso povo lá, portanto, dispõe de apenas um terço da quantidade de água mínima necessária para sobreviver.

Não por acaso, creia, Letícia, é nesta região o endereço de origem de milhões de famílias partidas pela migração. Converse com os garçons, serventes de pedreiros ou com a maioria dos favelados do Rio e de São Paulo. Eles lhe darão testemunhos muito mais comoventes que o meu.

Tudo que estou lhe dizendo foi apurado em 4 anos de debates populares e discussões técnicas. Só na CNBB fui duas vezes debater o projeto. Apesar de convidado especialmente, o bispo Cappio não foi. Noutro debate por ele solicitado, depois da primeira greve de fome, no palácio do Planalto, ele também não foi. E, numa audiência com o presidente Lula, ele foi, mas disse ao presidente, depois de eu ter apresentado o projeto por mais de uma hora (ele calado o tempo inteiro), que não estava interessado em discutir o projeto, mas "um plano completo para o semi-árido".

As coisas em relação a este assunto estão assim: muitos milhões de pessoas no semi-árido (vá lá ver agora o auge da estiagem) desejam ardorosamente este projeto,esperam por ele há séculos. Alguns poucos milhões concentrados nos estados ribeirinhos ao Rio não o querem. A maioria de muitos milhões de brasileiros fora da região está entre a perplexidade e a desinformação pura e simples. Como se deve proceder numa democracia republicana num caso como este?

O conflito de interesses é inerente a uma sociedade tão brutalmente desigual quanto a nossa. Só o amor aos ritos democráticos, a compaixão genuína para entender e respeitar as demandas de todos e procurar equacioná-las com inteligência, respeito, tolerância, diálogo e respeito às instituições coletivas nos salvarão da selvageria que já é grande demais entre nós.

Por mais nobres que sejam seus motivos - e são, no mínimo, equivocados -, o bispo Cappio não tem direito de fazer a Nação de refém de sua ameaça de suicídio. Qualquer vida é preciosa demais para ser usada como termo autoritário, personalista e messiânico de constrangimento à República e a suas legítimas instituições.

Proponho a você, se posso, Letícia: vá ao bispo Cappio, rogue a ele que suspenda seu ato unilateral e que venha, ou mande aquele que lhe aconselha no assunto, fazer um debate num local público do Rio ou de São Paulo.
Imagine se um bispo a favor do projeto resolver entrar em greve de fome exigindo a pronta realização do projeto. Quem nós escolheríamos para morrer? Isto evidencia a necessidade urgente deste debate fraterno e respeitoso. Manda um abraço para os extraordinários e queridos Osmar Prado e Wagner Moura e, por favor, partilhe com eles esta cartinha. Patrícia tem meus telefones. Um beijo fraterno do Ciro Gomes
Ciro Gomes é deputado federal (PSB-CE) e foi ministro da Integração Nacional

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Editorial de O Globo: A greve do bispo

20/12/2007 - Tema em discussão: A greve do bispo
Editorial

Não fosse uma obra polêmica, a transposição de águas do rio São Francisco para regiões do semi-árido nordestino não teria ficado nas pranchetas desde D. Pedro II. Na trincheira dos opositores do projeto movimentam-se políticos de estados banhados pelo rio, que costumam mobilizar currais eleitorais na luta contra a obra; agora, com o apoio, de forma mais visível e militante, da Igreja local, do MST e outros movimentos ditos sociais, sempre atentos a qualquer oportunidade para faturar politicamente.

No primeiro governo Lula, o projeto que estava nas gavetas foi redimensionado, passou a ser de "interligação de bacias" e não de "transposição" - talvez uma tentativa de descontaminá-lo das críticas que recebera -, e muitos dados técnicos foram apresentados. Houve sucessivas audiências na Justiça de cidades na região do São Francisco e um intenso trabalho de convencimento dos órgãos do meio ambiente. Até que, afinal, o Ibama concedeu a licença para o início da construção dos dois canais que transportarão a água - um para Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e o outro, Pernambuco -, empreitada que vem sendo executada pela engenharia do Exército.

Ficou provado que, diante do índice irrisório de utilização das águas do rio - pouco menos de 1,5% da sua vazão -, nenhum dano será causado para que 12 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela transformação em perenes de mil quilômetros de rios nesses estados.

Porém, quando a irracionalidade se mistura com a política, a verdade sai derrotada. É o que aconteceu com a nova greve de fome contra o projeto feita pelo bispo Luiz Flávio Cappio. O prelado deu mais uma desabonadora exibição de autoritarismo a seu rebanho, ao recusar os argumentos dos técnicos e partir para um ato de manipulação da opinião pública na tentativa de reverter um projeto aprovado nas devidas instâncias públicas. Dom Luiz quis impor sua vontade às instituições, como a Justiça, que ontem manteve a obra em andamento. E o que é assustador, sob as bênçãos do colegiado de bispos brasileiros, a CNBB.

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Consórcio Águas do São Francisco construirá o primeiro trecho do Projeto São Francisco

20/12/2007 - Brasília – Nesta quinta-feira (20/12), o Diário Oficial da União (DOU) publicou o resultado da licitação para a construção do primeiro lote do Projeto de Integração da bacia do São Francisco às bacias do Nordeste Setentrional. O consórcio Águas do São Francisco, formado pelas empresas Carioca, S.A. Paulista e Serveng, executará as obras civis de instalação, montagem, testes e comissionamento dos equipamentos mecânicos e elétricos do Lote 1 do Eixo Norte, que parte de Cabrobó, em Pernambuco, cujo valor global é de R$ 238,8 milhões.

O Ministro Geddel Vieira Lima ressalta que o valor a ser contratado ficou abaixo do de referência da concorrência (R$ 275 milhões), “o que representa 14% a menos, numa demonstração que o Ministério da Integração Nacional utiliza todos os instrumentos para que a obra seja levada adiante da forma mais eficiente e econômica possível”.

O Lote 1 compreende serviços como os segmentos de canal, em uma extensão total de 39.128 metros, sistema de drenagem interna das seções dos canais, 12 tomadas d’água de uso difuso ao longo dos canais, muretas laterais no topo dos bordos revestidos dos segmentos dos canais, pistas laterais com 6 metros de largura ao longo do sistema adutor, passarelas para pedestres, pontes nos cruzamentos com estradas vicinais, drenos externos de proteção do sistema adutor, cercas de proteção nos dois extremos da faixa de domínio do sistema adutor, dentre outras ações.

Nos próximos dias será assinado o contrato entre o Ministério da Integração Nacional e o Consórcio Águas do São Francisco para o início da execução das obras. Esta etapa do Projeto São Francisco será no Eixo Norte, próximo à cidade de Cabrobó (PE). Este eixo percorrerá cerca de 400 km nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, conduzindo água aos rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Apodi, no Rio Grande do Norte; e Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte.

O Eixo Leste que terá sua captação no lago da barragem de Itaparica, no município de Floresta (PE), terá uma extensão de 220 km até o rio Paraíba (PB), após deixar parte da vazão transferida nas bacias do Pajeú, do Moxotó e da região agreste de Pernambuco. Para o atendimento das demandas da região agreste de Pernambuco, o projeto prevê a construção de um ramal de 70 km que interligará o Eixo Leste à bacia do rio Ipojuca. A próxima licitação a ser divulga refere-se ao lote 9, que corresponde à primeira etapa das obras civis deste eixo.

Por determinação do Ministro Geddel Vieira Lima, a partir da próxima semana todos os investimentos do Projeto São Francisco e do Programa de Revitalização do Rio São Francisco serão disponibilizados para a população em geral no endereço eletrônico do Ministério da Integração Nacional: www.mi.gov.br .

 
 

Fonte: Ministério da Integração Nacional (www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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