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ATERROS SANITÁRIOS JÁ ATENDEM 70% DOS MUNICÍPIOS DO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Dezembro de 2007

Cerca de 70% dos municípios do Paraná já contam com aterros sanitários implantados através de programas da Secretaria do Meio Ambiente. A Mineropar realiza os estudos para determinar o melhor local para a implantação dos aterros. Segundo o geólogo e coordenador de estudos de áreas apropriadas para os aterros sanitários no Estado, Sérgio Maurus Ribas, o aterro é considerado hoje o único método seguro, do ponto de vista técnico, de disposição final de lixo.

De acordo com Ribas, o que normalmente acorre são falhas na concepção e nos projetos dos aterros sanitários, e também falhas na operação deles, que resultam em problemas ambientais. Como exemplo, ele cita, o Aterro da Caximba, localizado na região sul de Curitiba, que recebe o lixo de 15 municípios da Região Metropolitana.

O aterro da Caximba iniciou em 1989, em substituição ao lixão da Lamenha Pequena e outros que hoje estão incorporados na malha urbana de Curitiba. “O projeto inicial era considerado modelo nacional e previa uma vida útil de 10 anos, para um volume bem menor de lixo.

Hoje o Aterro da Caximba recebe cerca de 2.400 toneladas de lixo por dia e já extrapolou em muito a previsão inicial do projeto, com todos os problemas ambientais que isto acarreta”, diz Ribas.

Com a perspectiva de esgotamento da vida útil do Aterro da Caximba, a Mineropar desenvolveu um trabalho em parceria com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), e com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), com objetivo de definir critérios de avaliação e selecionar áreas potenciais para disposição de resíduos sólidos urbanos. Este trabalho iniciou em 2003 e resultou na definição de critérios de análise do meio físico para priorização de áreas para instalação de novos aterros sanitários.

Ribas explica que em vários municípios do interior do Paraná, a destinação do lixo é executada de forma tecnicamente correta, em aterros controlados, aliados a programas de conscientização da população com respeito à redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos urbanos.

Em alguns casos, no entanto, os aterros têm recebido o lixo de outros municípios, sem serem planejados para tal, gerando problemas operacionais. Como exemplo, estão os aterros sanitários da Lapa e de São Mateus do Sul, que passaram a receber lixo das cidades de Palmeira, Porto Amazonas, São João do Triunfo e outros municípios, que tiveram seus lixões interditados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. No caso de São Mateus do Sul, os resíduos são utilizados na recuperação das cavas de extração do xisto pela Petrobras.

Os municípios da Costa Oeste e do Sudoeste do Paraná, com maior exigência de respeito à natureza, mantêm aterros sanitários com boas condições operacionais e de proteção ao meio ambiente. O mesmo não ocorre nos municípios do litoral e Norte do Estado, salvo exceções.

GEÓLOGO - A escolha de locais apropriados para instalação de aterros sanitários exige a execução de estudos geológicos e geotécnicos detalhados. Ribas explica que a importância do geólogo na pré-seleção das áreas para instalação de aterros sanitários está na ponderação das opções pela análise dos atributos do meio físico, geológicos e geomorfológicos, hidrológicos e hidrogeológicos, socioeconômicos e operacionais, indicando as áreas viáveis ao empreendimento.

Na fase de pré-seleção de áreas, explica o geólogo, é fundamental caracterizar o tipo de solo e profundidade, coeficiente de permeabilidade, movimentos de massa e erodibilidade, subsidências, condições de compactação, textura, declividade do terreno, planícies de inundação, afloramentos de rocha e matacões, substrato rochoso, drenagem, profundidade do nível de água, áreas de recarga de aqüíferos, poços e nascentes, entre outros atributos do meio físico.

Com relação aos atributos socioeconômicos é necessário observar a densidade populacional, a distância do núcleo populacional, a aceitabilidade da população e de entidades ambientais, a valorização da terra, distância e os acessos de disponibilidade de energia elétrica, bem como o tempo de operação do aterro e estudos de viabilidade técnica e econômica.

Segundo Ribas, por questões econômicas, a vida útil de um aterro sanitário deve ser programada para mais de 20 anos, em uma área não muito distante, com facilidade de acesso e operação, com água e energia elétrica.

A área deve ainda ter um substrato rochoso fácil de escavar, de preferência impermeável, com um solo profundo e argiloso para ser usado na cobertura e compactação das células de lixo. “É necessário cerca de um m³ de terra para cobrir cinco toneladas de lixo. Se não tiver essa quantidade de terra na área do aterro, deve ser buscada em outro local com as conseqüências de gastos com o transporte e o impacto ambiental de outra área”, explica.

Solução - Para Ribas, a solução dos lixões nas cidades se baseia no princípio dos três R’s: “Reduzir”, por meio de uma mudança de atitude, o que evita principalmente o desperdício, “Reutilizar” o máximo possível e “Reciclar” os materiais recuperando parte das matérias-primas.

Esses princípios podem ser expandidos com a aplicação de outros Rs que são “Responsabilizar” os geradores pelo destino final dos resíduos ao longo da cadeia produtiva, “Reverter” para a origem os resíduos e “Recuperar” as áreas degradadas.

De acordo com Ribas, o problema do lixo nas cidades é um assunto vasto e complexo que necessita a atuação de todas as entidades governamentais nas diversas áreas do conhecimento, no que está sendo chamada de Engenharia Sanitária e Ambiental. É necessário também um esforço dos órgãos públicos para divulgação e convencimento da população em geral dos benefícios da implantação do Aterro Sanitário.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.meioambiente.pr.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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