20 de Dezembro de 2007 -
Aline Beckstein - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - O estado do Rio
de Janeiro ganhará, no ano que vem,
mais três aterros
sanitários: um em Teresópolis,
um em Paracambi e outro em Vassouras. Pelo
convênio, assinado hoje (20) entre a
Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) e o governo do estado, os aterros
deverão ficar prontos em meados do
ano que vem, beneficiando cerca de 600 mil
pessoas de 13 municípios fluminenses.
Segundo a Secretaria Estadual
do Ambiente do Rio, atualmente, o estado conta
apenas com cinco aterros e 80 lixões.
No aterro sanitário, o resíduo
é tratado, ao contrário dos
lixões onde eles permanecem a céu
aberto, atraindo ratos e provocando a contaminação
do lençol freático (de água).
De acordo com dados da Funasa, no Brasil apenas
16% do lixo recolhido é tratado em
aterros.
Segundo o ministro da Saúde,
José Gomes Temporão, até
2010, deverão ser investidos R$ 60
milhões na construção
de 18 aterros sanitários no estado,
beneficiando 80 municípios fluminenses.
Desse valor, R$ 40 milhões virão
da Funasa e R$ 20 milhões do estado
do Rio.
O coordenador regional da
Funasa no Rio, Marcos Muffareg, enfatizou
que os aterros são "essenciais"
para o combate à dengue. "O maior
foco de proliferação do mosquito
da dengue é no lixo que fica ao redor
dos domicílios", disse.
O Ministério do Meio
Ambiente também assinou hoje um convênio
com o governo do Rio para a chamada gestão
integrada de resíduos sólidos,
liberando R$ 1,5 milhão. Segundo a
ministra Marina Silva, o objetivo é
"possibilitar um trabalho em conjunto
entre as esferas de poder, evitando que os
aterros sanitários que serão
construídos acabem se transformando
em verdadeiros lixões", disse.
+ Mais
Estado do Rio firma convênios
para tratar lixo urbano
20 de Dezembro de 2007 -
Agência Brasil - Rio de Janeiro - Três
importantes iniciativas de tratamento de lixo
urbano e preservação de unidades
de conservação serão
lançadas hoje (20), às 10h,
no Palácio Guanabara, no Rio. O ministro
da Saúde, José Gomes Temporão,
a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
e o governador do Rio, Sérgio Cabral,
participam da solenidade.
O primeiro convênio
será firmado entre o Ministério
do Meio Ambiente e a Secretaria de Ambiente
do estado, com recursos, na primeira fase,
de R$ 1,5 milhão, para a elaboração
do Plano Estadual de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos. Esse documento
vai permitir ao governo do estado integrar
vários municípios, com a finalidade
de reduzir a poluição de resíduos
sólidos em rios e lagoas, com planos
de saneamento e educação ambiental.
O governo assina também
convênio com a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), no valor
de R$ 60 milhões, para a implantação
de aterros sanitários de consórcios
intermunicipais, que vão acabar com
os lixões no estado. Serão construídos
- na primeira etapa - três aterros sanitários
nos municípios de Teresópolis,
Vassouras e Paracambi.
No total, serão construídos
18 consórcios para atender a cerca
de 80 municípios do estado. O objetivo
é extinguir os lixões no Rio
e combater a contaminação do
solo e do lençol freático.
O governador Sérgio
Cabral assina também decreto criando
a nova categoria funcional dos guarda-parques
do Corpo de Bombeiros do estado. Os guardas
vão atuar em unidades de conservação
como o Parque da Ilha Grande, Pedra Branca,
Tiririca e Três Picos. Eles trabalharão
na prevenção de incêndios,
na fiscalização e prevenção
das ocupações irregulares. Nos
casos dos crimes ambientais, os guarda-parques
vão dar apoio às ações
do Batalhão Florestal da Polícia
Militar.
+ Mais
Justiça do Rio atrasa
liberação de detentos que vão
trabalhar em projeto de reflorestamento
17 de Dezembro de 2007 -
Fabíola Ortiz - Da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - A Justiça do Rio
atrasou a liberação da saída
de 70 presos em regime semi-aberto que participariam,
hoje (17) e amanhã (18), do projeto
de reflorestamento nas margens do Rio Guandu,
na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O presidente da Fundação
Santa Cabrini, órgão do estado
que ressocializa e capacita detentos do sistema
penitenciário, Jaime Melo de Sá,
explicou que os presos não foram liberados
por uma questão burocrática.
"O grande propósito dessas ações
é ressocializá-los, trazer um
preso a uma situação de experiência
profissional. Hoje a preocupação
do Estado é fazer com que esses homens
possam voltar ao seio da sociedade melhor
do que entraram", afirmou.
Ele disse esperar que, ainda
neste ano, a primeira turma de detentos possa
participar do treinamento com a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O projeto Planta Guandu
é coordenado pela Secretaria estadual
de Ambiente, em parceria com a Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a
Embrapa, e a Fundação Santa
Cabrini. No total, 150 detentos trabalharão
no projeto. Em dois anos, vão ser plantadas
um milhão de mudas na bacia do Rio
Guandu nos municípios de Seropédica,
Paracambi, Queimados, Japeri e Rio Claro.
O secretário de Ambiente,
Carlos Minc, disse que a atividade de reflorestamento
com os detentos está temporariamente
suspensa até que todos os presos sejam
liberados pela Justiça. Carlos Minc
também defendeu a importância
de promover atividades de ressocialização
dos detentos para diminuir a violência.
"Atrasou a liberação,
que está para sair a qualquer momento.
Você junta a questão ambiental
com a ressocialização, que é
uma questão social e de segurança
pública. Se os presos não trabalham,
não tem uma renda e uma profissão,
a chance de reincidirem no crime é
muito grande. Então, também
é uma contribuição da
área da ecologia para diminuição
da violência",
afirmou.
O Rio Guandu abastece de
água 9 milhões de pessoas no
estado do Rio de Janeiro. Enquanto a Justiça
não liberar os 70 presos que formariam
a primeira turma do treinamento, haverá
um mutirão de técnicos locais
para iniciar o trabalho.