Poluição -
19/12/2007 - 08:39
Um projeto coordenado
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCT) irá apontar áreas
sensíveis ao derramamento de óleo
na Bacia Sedimentar Marítima do Espírito
Santo. Sob a coordenação do
pesquisador Douglas Gherardi, o projeto foi
aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq/MCT)
e terá recursos de R$ 999.654,58.
O projeto consiste na elaboração
de Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamentos
de Óleos (Cartas SAO), que serão
usadas no planejamento de medidas de prevenção
e de combate a incidentes de poluição
por óleo. Estas cartas localizam praias,
áreas de proteção ambiental,
pesqueiros, rotas migratórias, indicam
correntes marítimas, ventos, além
de listar as espécies da flora e da
fauna existentes.
“Para elaborar este tipo
de carta é preciso estruturar um banco
de dados em um sistema de informações
geográficas (SIG), usando imagens de
satélites, dados cartográficos,
informações da distribuição
e sazonalidade de recursos biológicos
e da localização e natureza
dos recursos socioeconômicos”, explica
Douglas Gherardi.
Toda a costa brasileira
está sendo mapeada para indicar as
áreas prioritárias para ações
de combate à poluição
de óleo. Já foram realizados
os trabalhos em quase todas as bacias da região
Nordeste. No Sudeste, a Bacia Sedimentar Marítima
do Espírito será a segunda área
a ter suas cartas de sensibilidade ambiental
ao óleo. Recentemente, foi concluído
o estudo na Bacia de Santos por meio de projeto
que também contou com a coordenação
do Inpe.
Cartas SAO
As Cartas SAO apresentam levantamentos detalhados
do ambiente litorâneo para atender a
todos os níveis de derramamento, desde
grandes vazamentos em áreas remotas
(offshore), passando por derrames de porte
médio a alguma distância das
instalações da indústria
do petróleo (ao largo do litoral),
até incidentes localizados (em pontos
específicos da costa). Mostram as áreas
de recreação, lazer e veraneio,
de pesca e maricultura, localizando as unidades
de conservação e as tomadas
d`água para plantas industriais e de
energia, salinas, portos e terminais, entre
outros.
Este tipo de levantamento
apresenta três tipos de informações
básicas. A primeira define o índice
de sensibilidade do litoral (ISL) ao óleo,
baseado nas características geomorfológicas
da costa, como tipo de substrato, declividade
do litoral e grau de exposição
à energia de ondas e marés.
Outra informação levanta todos
os recursos biológicos sensíveis,
indicando locais de concentrações
de espécies, áreas de alimentação,
reprodução, berçários,
nidificação, e rotas de migração,
além de listar as espécies em
perigo de extinção. A terceira
informação básica é
sobre as atividades socioeconômicas
que podem ser prejudicadas pelos derramamentos
ou afetadas pelas ações de resposta.
Mais informações no site http://www.dsr.inpe.br/projeto_saosantos/.
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
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Organismos internacionais
avaliam desempenho do Subprograma de Ciência
e Tecnologia da Fase II / PPG7
Florestas Tropicais - 18/12/2007
- 08:41
A terceira missão de supervisão
da Fase II do Subprograma de Ciência
e Tecnologia do Programa Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7) ocorreu
de 10 a 14 de dezembro de 2007, com a participação
de representantes do Banco Mundial (Bird),
da Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (Usaid), do
Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq),
do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
e da Secretaria de Assuntos Internacionais
(SEAIN-MP).
Durante a missão,
avaliou-se e integrou-se os projetos da Sub-rede
Usos múltiplos da água, sua
contaminação e conseqüências
à saúde pública na Sub-bacia
Hidrográfica do Rio Madeira: subsídio
para conservação e zoneamento
ambiental (Edital MCT/CNPq/PPG7 nº 48/2005),
formada por pesquisadores da Universidade
Federal de Rondônia, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro e da Universidade
de Brasília.
Os coordenadores de projeto
dessa sub-rede apresentaram os resultados
já alcançados das pesquisas
multidisciplinar e interinstitucional na Amazônia
Ocidental e de grande relevância para
o monitoramento da Bacia do Rio Madeira, envolvendo
formação de recursos humanos
e divulgação científica
para populações locais, visibilidade
na solução de problemas e sistematização
de conhecimentos em publicações
internacionais. Participaram da avaliação
dos projetos de pesquisa e da sub-rede os
consultores Dra. Lúcia da Costa Ferreira
(Unicamp-SP), Dr. Sérgio Koide (UnB-DF)
e Dra. Íris Ferrari (UnB-DF).
Outra questão abordada
durante a missão foi a defasagem orçamentária
do Subprograma causada pela desvalorização
do dólar americano, com o risco de
comprometimento de algumas das atividades,
tendo sido discutida a necessidade de se fazer
um aporte adicional de US$ 560 mil para cumprir
a execução das ações
planejadas.
Mesmo com o problema da
defasagem cambial, o desempenho do projeto
foi considerado pelos técnicos do Banco
Mundial e da Usaid, como “altamente satisfatório”.
Os participantes do encontro também
discutiram algumas propostas para melhorar
o monitoramento e a avaliação
o Subprograma.
Assessoria de Comunicação do
CNPq
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Previsões climáticas
sazonais ganham reforço
Meteorologia - 18/12/2007
- 13:30
Previsões híbridas desenvolvidas
pelo CPTEC/Inpe poderão ajudar nas
discussões das previsões de
consenso do clima para a América do
Sul
Todos os meses meteorologistas de diversas
instituições de pesquisa do
país reúnem-se para discutir
as previsões climáticas para
o Brasil que são processadas pelo supercomputador
do CPTEC/Inpe. Durante as discussões,
é apresentada uma previsão extraída
de um conjunto de 100 delas (ou membros, no
jargão científico), como resultado
de vários processamentos de três
versões do modelo atmosférico
e do modelo acoplado oceano-atmosfera do CPTEC/Inpe.
Previsões de outros
centros como o IRI (International Research
Institute for Climate and Society), além
de previsões regionais e estatísticas
produzidas pelo CPTEC/Inpe e pelo Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), também
ajudam no fechamento de uma previsão
de consenso para três meses, obtida
nestas reuniões do clima.
Esta metodologia de análise,
que utiliza um grande número de previsões,
conhecida como ensemble (conjunto, na tradução
do inglês), ou previsões por
conjunto, é utilizada pelos principais
centros previsores do mundo. Para as próximas
reuniões climáticas, pesquisadores
e meteorologistas do país poderão
contar com mais um recurso para a consolidação
da previsão climática. Trata-se
da previsão híbrida integrada,
gerada a partir de modelos dinâmicos
acoplados (oceano-atmosfera) e de um novo
modelo estatístico (empírico)
para a América do Sul.
Estas previsões híbridas
agregam de forma objetiva processamentos do
modelo dinâmico do Centro Europeu para
Previsões de Tempo de Médio
Prazo (ECMWF - European Centre For Medium-Range
Weather Forecasts), do modelo dinâmico
do UK Met Office, da Inglaterra, com resultados
de um modelo empírico. Esta nova metodologia
é um aperfeiçoamento ainda não
adotado operacionalmente em outros centros
de previsões climáticas.
O novo sistema, o primeiro
híbrido integrado de previsões
climáticas para a America do Sul, foi
desenvolvido pelo projeto EUROBRISA (EURO-BRazilian
Initiative for improving South American seasonal
forecasts, no português Iniciativa Euro-Brasileira
para o melhoramento das previsões sazonais
para a América do Sul), numa cooperação
entre o CPTEC/Inpe, o ECMWF, o UK Met Office,
o Météo-France, o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), a Universidade
de São Paulo (USP), a Universidade
Federal do Paraná (UFPR), Simepar e
Universidade de Exeter, Inglaterra.
A metodologia para a calibração
e combinação das previsões
foi desenvolvida durante o programa de doutorado
do coordenador do projeto e pesquisador do
CPTEC, Caio Coelho, no Departamento de Meteorologia
da Universidade de Reading (Inglaterra), em
colaboração com pesquisadores
do ECMWF.
Na homepage do projeto (http://www6.cptec.inpe.br/eurobrisa/)
é possível acessar as previsões
probabilísticas de três modelos
dinâmicos acoplados (ECMWF, UK Met Office
e Meteo-France), do novo modelo empírico
e a previsão híbrida integrada
(combinação das previsões
do ECMWF, UK Met Office e do modelo empírico).
Na mesma página, na Internet, também
é possível conferir as medidas
de qualidade para avaliar o desempenho das
previsões dos modelos, indicando a
confiabilidade das previsões para a
América do Sul.
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE