Panorama
 
 
 

OS PROTESTOS E DESFECHOS DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

Cappio e movimentos reivindicam transposição suspensa para encerrar protesto

18 de Dezembro de 2007 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - José Cruz/ABr - Brasília - Atriz Letícia Sabatella, integrante da organização Humanos Direitos, fala à imprensa sobre greve de fome de dom Luiz Flávio Cappio, que pede a suspensão das obras de transposição do Rio São Francisco
Brasília - A continuidade da suspensão das obras de transposição no Rio São Francisco é o primeiro dos oito pontos da proposta elaborada pelo bispo Luiz Flávio Cappio e pelos movimentos sociais contrários ao projeto, que deve ser apresentada hoje à Presidência da República. A plataforma foi apresentada há pouco em entrevista coletiva.

A suspensão é apresentada como condição fundamental para que o bispo de Barra (BA) interrompa a greve de fome, iniciada há 22 dias. A reivindicação inclui a retirada das tropas do Exército que estão na região para as obras.

A reunião está marcada para as 20 horas na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os representantes da entidade católica e dos movimentos devem se reunir com o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.

Os manifestantes também pedem a implementação das obras previstas no Atlas Nordeste – Abastecimento Urbano de Água, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA). Além disso, reivindicam a elaboração e a concretização de projetos revitalizar a Bacia do São Francisco e três outras – Jaguaribe, no Ceará, Piranhas-Açu, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, e Parnaíba, no Piauí e no Maranhão –, bem como os rios temporários do Semi-Árido.

A principal crítica dos movimentos é que cerca de 70% do volume desviado de água deve se destinar a irrigação de grandes plantações e a criações de camarão. Segundo eles, o uso para o abastecimento da população responderá por 4% do total.

O governo afirma que a prioridade é o abastecimento humano, e que somente garantido este os estados poderão usar água para outras finalidades.

Dom Cappio e os movimentos sociais também querem que a União apóie a introdução, ampliação e difusão de tecnologias para a captação, armazenamento e manejo de água, para o abastecimento humano e a produção agropecuária das comunidades do semi-árido.

A revitalização do São Francisco contemplaria também a preservação do Cerrado e da Caatinga, com suporte orçamentário do Fundo de Revitalização do Rio São Francisco, “conforme a PEC [proposta de emenda constitucional] a ser aprovada imediatamente no Congresso Nacional”, diz o documento da proposta.

Por fim, a proposta pede apoio técnico-político para o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco para elaborar o Pacto de Gestão das Águas do São Francisco, atendendo a demandas de abastecimento humano e animal, e também que a União coordene a elaboração e implementação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável para o semi-árido brasileiro.

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Médico suspende soro de dom Cappio, que passará a beber somente água

17 de Dezembro de 2007 - Débora Xavier - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O primeiro boletim médico oficial sobre o estado de saúde do bispo de Barra (BA), dom Luiz cappio, foi divulgado hoje (17) na cidade baiana de Sobradinho, onde está o bispo, que há 21 dias faz greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco.

O documento, assinado pelo médico Klaus Sinkan, confirma a perda de oito quilos de dom Cappio. Segundo a representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que acompanha o bispo, Clarice Maia, ele começou a ter dores de cabeça e hoje está "um pouco mais debilitado" que nos dias anteriores.

"O médico suspendeu o soro, já que ele não está desidratado. Ele continuará tomando somente água”, acrescentou.

Segundo Maia, uma avaliação mais precisa sobre a saúde de dom Cappio será feita assim que os exames clínicos pedidos pelos médicos ficarem prontos.

Em Brasília, um grupo de representantes de movimentos sociais está desde a manhã em jejum na Praça Três Poderes, em solidariedade ao bispo. Amanhã, eles se juntarão a ativistas de todo o país que chegarão a Brasília em dez ônibus fretados.

"São pescadores, indígenas, quilombolas, atingidos por barragens e outros grupos sociais, como Cáritas Brasileiras, Comissão Pastoral da Terra, Grito dos Excluídos, Vila Campesina, Movimento dos Sem Terra, entre muitos outros”, informou o representante da Cáritas, Luiz Cláudio Mandela.

Os manifestantes vão permanecer no local até quarta-feira (19), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar o pedido da Advocacia Geral da União (AGU) para que seja revogada a liminar do Tribunal Regional Federal 1ª Região que suspende as obras da transposição do Rio São Francisco.

Segundo Mandela, o ato em Brasília se soma uma série de outros que estão ocorrendo nas principais capitais do país em solidariedade ao gesto de Dom Luiz.

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Cappio mantém greve de fome, afirma representante da CPT

20 de Dezembro de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A greve de fome de dom Luiz Flávio Cappio não foi suspensa e entra no 24ª dia. Cappio está consciente e manifestou diante de algumas pessoas o desejo de manter a greve. As informações são do representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia, Thomas Bauer.

Bauer afirmou ainda que o bispo deixou a unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital onde está internado, em Petrolina (PE), e disse que quer voltar para a cidade de Sobradinho (BA) para discutir com o povo e os movimentos sociais a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar as obras de transposição do Rio São Francisco.

Cappio foi internado ontem (20) após desmaio ao ser comunicado sobre a decisão da Justiça. Em 2005 ele já havia realizado uma greve de fome com duração de 11 dias também em protesto ao Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias do Nordeste Setentrional, que inclui o desvio de parte da vazão do rio.

Hoje o Ministério da Integração Nacional publicou no Diário Oficial da União o resultado da licitação para o início do primeiro lote das obras de transposição.

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Bispo desmaia após decisão do STF que cassou suspensão das obras de transposição

19 de Dezembro de 2007 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, passou mal e desmaiou pouco depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, a manhã de hoje (19), derrubou a liminar que suspendia as obras de transposição do Rio São Francisco.

Segundo informações dadas por Adriano Martins, amigo pessoal do bispo, dom Cappio acompanhou o julgamento no Supremo e afirmou ser desalentador o resultado. Ele estava reunido com amigos e representantes de movimentos sociais e ditava uma nota, que deve ser divulgada ainda hoje, quando se sentiu mal e desmaiou.

Na nota, Dom Cappio começava dizendo que “é desalentador saber que a Justiça, que deveria ser o último refúgio da cidadania, se dobra aos poderosos”. O bispo teve atendimento médico e foi levado para o seu quarto, mas até agora não acordou plenamente do desmaio. Ele está sendo monitorado pelo médico que o acompanha permanentemente desde segunda-feira (17).

De acordo com Martins, o clima em Sobradinho (BA), cidade onde o bispo está, é de indignação. “Esperávamos uma atuação mais digna”, afirmou, lembrando que a decisão do STF foi tomada no último dia antes do recesso do Judiciário.

Hoje pela manhã a ponte que liga as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) foi interditada por manifestantes. À tarde deve ser realizado um culto ecumênico em Sobradinho.

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Governo não vai ceder às exigências de dom Cappio, afirma Lula

20 de Dezembro de 2007 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (20) que o governo não vai ceder às exigências do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que há 24 dias faz greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco.

Segundo Lula, o projeto é o “mais humanitário de seu governo”. Ele lamentou a greve de fome de dom Cappio, mas disse que a obras vão continuar. “Se o Estado ceder, o Estado acaba”, avaliou, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

O presidente ponderou que, entre a greve de fome do bispo e os 12 milhões de brasileiros que vão ser beneficiados com a transposição do São Francisco, a prioridade tem que ser dada à população. Lula

Em entrevista após o café da manhã, Lula disse esperar que “o povo brasileiro, daqui a algum um tempo, tenha compreensão de que o que fizemos foi levar água para milhões de brasileiros”. Ele acrescentou que a parcela da população a ser atendida hoje é “vítima da fábrica da seca e dos carros-pipa”.

Na conversa com jornalistas, Lula contou que em 1980 fez uma greve de fome que durou seis dias, mas, no entanto, aprendeu com seus “companheiros da Igreja católica que só Deus dá e tira a vida”.

“Eu sei o que é greve de fome, dá uma fome”, continuou Lula, acrescentando que no período em que fez ficou em jejum ingeriu apenas água e sal.

O presidente ressaltou que o governo também investiu em uma política de revitalização do Rio São Francisco. “Nunca ninguém colocou um centavo para despoluir [o rio]. Somos nós que estamos colocando”, destacou Lula, em entrevista após o café da manhã.

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Estado de saúde de dom Cappio é regular, informa boletim médico

20 de Dezembro de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Hospital Memorial Petrolina divulgou hoje (20) um boletim médico informando que o estado geral de saúde de dom Luíz Flávio Cappio é regular, embora ele ainda esteja frágil.

Dom Cappio completa hoje o 24º dia de greve de fome em protesto contra a transposição do Rio São Francisco.

O boletim informa ainda que o religioso dormiu algumas horas durante a noite e seu estado evolui bem. “Está estável do ponto de vista hemodinâmico [pressão do sangue] e respiratório, bem hidratado e com boa diurese [urina], consciente, orientado e lúcido e se comunica sem problemas”. O boletim é assinado pelo médico Klaus Finkam.

De acordo com a assessoria do Hospital Memorial Petrolina, dom Cappio tomou soro durante toda a noite e agora ingere apenas água de coco.

Ontem (19), ao saber da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar as obras de transposição do Rio São Francisco, dom Cappio desmaiou e foi internado.

Em 2005, o bispo já havia feito uma greve de fome que teve a duração de 11 dias.

Hoje (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não irá ceder às exigências de dom Cappio.

O Ministério da Integração Nacional publicou no Diário Oficial da União o resultado da licitação para o primeiro lote das obras de transposição.

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Para advogado-geral da União, obras de transposição estão de acordo com a lei

19 de Dezembro de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que cassou a liminar que suspendia as obras de transposição do Rio São Francisco, o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, afirmou que a determinação mostra que o processo está legalmente amparado.

“Ficou claro agora que todo o processo de licença ambiental e das obras para a transposição e revitalização do Rio São Francisco estão de acordo com a lei, com os princípios constitucionais e ambientais", afirmou Toffoli.

“Não há mais nenhuma decisão judicial hoje que impeça a continuidade das obras e todas as eventuais contestações deverão ser julgadas pelo STF”, disse, referindo-se também à rejeição do agravo ajuizado pela Procuradoria-Geral da República que pedia a imediata paralisação das obras de transposição do Rio São Francisco e a suspensão dos efeitos da licença de instalação.

Para o advogado-geral da União, não se trata apenas de uma obra de transposição já que está sendo feito um trabalho para melhorar as condições do rio por meio de um programa de revitalização.

“Toda obra de revitalização está sendo feita. As licenças para instalação das obras foram dadas com uma série de condicionantes que exige uma série de programas. Todos eles relativos à revitalização do rio.”

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Primeiro lote da transposição será anunciado amanhã, afirma Geddel

19 de Dezembro de 2007 - Priscilla Mazenotti - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O primeiro lote da licitação para as obras de transposição do Rio São Francisco será anunciado amanhã (20), informou o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

"Vou anunciar o vencedor do primeiro lote da licitação que vai trazer a empresa privada para as obras", disse hoje ao sair de almoço de confraternização de seu partido, o PMDB.

Geddel Vieira Lima avaliou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a continuação do empreendimento não significa "vitória de ninguém sobre ninguém". O STF cassou hoje a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1-1) que havia suspendido as obras de transposição.

Segundo o ministro, o governo está aberto à sugestões "que possam aprimorar o projeto". Ele afirmou que não se sente pressionado pelo protesto do bispo Luiz Flávio Cappio, que há 23 dias está em greve de fome contra a transposição de águas.

"O Estado não pode estar sujeito a esse tipo de pressão, por mais comovente que seja", argumentou. Ele acrescentou que governos existem para ser legítimos, "mas sem estar sujeito à posições imperativas do 'ou faz desse jeito ou nós agimos de outro'".

Geddel concluiu que, com a decisão do STF, haverá tranqüilidade necessária para dar agilidade às obras. "Ficou demonstrado no STF que esse projeto é ambientalmente correto, economicamente sustentável e socialmente justo", disse.

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Dom Cappio deve deixar hospital para acompanhar missa

20 de Dezembro de 2007 - Daniel Mello - Da Agência Brasil - Brasília - Em greve de fome há 24 dias, o bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, deverá deixar o hospital onde está internado, em Petrolina (PE), no final da tarde de hoje (20) para participar de uma missa.

Segundo o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia Thomas Bauer, o bispo irá, acompanhado de seu médico, participar de uma missa na Capela de São Francisco em Sobradinho (BA).

Mais cedo, informou Bauer, dom Cappio havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva do hospital e, lúcido, manifestado a intenção de discutir com o povo e os movimentos sociais a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar as obras de transposição do Rio São Francisco.

Dom Cappio faz greve de fome em protesto contra o desvio de parte das águas do São Francisco. Ele está internado desde terça-feira (19), quando desmaiou, após ser comunicado que o STF havia derrubado a liminar que suspendia o andamento das obras.

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Obras de transposição poderão ser suspensas para a realização de debates

19 de Dezembro de 2007 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Depois de três horas de reunião para discutir a transposição do Rio São Francisco e a greve de fome do bispo de Barra (BA) dom Luiz Cappio, representantes do governo federal e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chegaram a uma proposta intermediária que será levada para o Palácio do Planalto e para o religioso. Um dos pontos prevê a paralisação das obras de transposição por dois meses.

“Uma das propostas que surgiram na reunião e serão levadas para os dois lados é a paralisação dos trabalhos por dois meses e a realização de debates públicos nesse período para explicar melhor para a população o que significa a obra do São Francisco”, explicou o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Numa entrevista coletiva após o encontro, que terminou por volta da 0h de hoje (19), os representantes do governo e da CNBB explicaram que há possibilidade de acordo em seis das oito condições listadas por dom Cappio em documento para o fim da greve de fome.

Entre os pontos de convergência, estão a implementação de 530 obras previstas pela Agência Nacional de Águas (ANA) para equilibrar o abastecimento hídrico no Nordeste e a elaboração de um plano de desenvolvimento socioambiental sustentável para todo o semi-árido brasileiro.

Os dois pontos em que não houve acordo são a suspensão por tempo indeterminado das obras de transposição, com a retirada imediata das tropas do Exército, e a redução de 28 para 9 metros cúbicos por segundo do volume de água desviado para o oeste de Pernambuco e a Paraíba, áreas com maior carência de água.

Representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no encontro, Roberto Malvezi afirmou que a entidade levará a proposta aos movimentos sociais, mas não quis adiantar nenhuma posição. “O que a gente se comprometeu foi buscar o esforço máximo para se encontrar uma saída”, explicou.

O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, elogiou o caráter técnico do encontro e afirmou que as discussões continuarão, independentemente da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liminar do Tribunal Regional Federal da (TRF) 1ª Região que suspendeu as obras de transposição no último dia 11. “Gostei do encontro. Foi a primeira reunião mais técnica”, ressaltou.

Dom Dimas alegou ainda que a greve de fome de dom Cappio não significa um gesto contra a população do interior do Nordeste que sofre com a seca. “É importante esclarecer que dom Cappio não é contra que a água chegue à população. Nossa prioridade é o ser humano. Está bem claro que os oito pontos levantados por dom Cappio têm como foco a melhoria da vida na região”, rebateu.

A reunião, na sede nacional da CNBB em Brasília, começou às 21h de ontem (18), com a chegada de Gilberto Carvalho. Por volta das 21h30, chegaram dois representantes do Ministério da Integração Nacional com dados técnicos sobre o Rio São Francisco e o projeto de transposição.

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Grupo definirá ações de inclusão social na BR-163 e na Bacia do São Francisco

18 de Dezembro de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um grupo de trabalho do governo federal vai definir ações para implementar uma política de inclusão sociocultural e ambiental na área de influência da BR-163, no trecho Cuiabá-Santarém e nos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A portaria que cria o grupo - formado pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Cultura - foi publicada hoje (18) no Diário Oficial da União.

O grupo deverá propor ações para priorizar a presença das artes, da cultura e da educação ambiental nas comunidades, além de ampliar o acesso à radiodifusão, à TV pública, ao cinema e à tecnologia digital. Deverá também formar professores e estudantes para a valorização da diversidade étnica, social e ambiental.

Entre as diretrizes previstas estão também a ampliação do acesso à leitura e o fornecimento de infra-estrutura e equipamentos de cultura em comunidades identificadas como prioritárias, como favelas, quilombos e áreas com baixa sustentabilidade.

De acordo com a portaria, a criação do grupo de trabalho segue diretrizes definidas no Plano BR-163 Sustentável, que tem como um dos seus eixos a inclusão social e a promoção da cidadania, por meio da valorização do patrimônio natural e sociocultural. Considera também o Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (2004-2013), que define programas, obras e investimentos que contribuam com o desenvolvimento sustentável da bacia.
O grupo de trabalho deverá ser instituído no prazo de até 30 dias.
Veja a portaria interministerial publicada nas páginas 16 e 17 da seção 1, do Diário Oficial.

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Movimentos sociais pedem diálogo sobre transposição do Rio São Francisco

18 de Dezembro de 2007 - Clara Mousinho - Da Agência Brasil - Antonio Cruz/ABr - Brasília - Manifestante fazem protesto na Praça dos Três Poderes contra a transposição do Rio São Francisco
Brasília - Cerca de dez caravanas de vários estados chegam hoje (18) a Brasília para um protesto contra a transposição do Rio São Francisco.

São integrantes de 30 movimentos sociais que apóiam a greve de fome de dom Luiz Flávio Cappio, que chega ao 22º dia. O religioso pede a suspensão das obras no rio.

O padre Antônio Pereira, pároco da Catedral da Barra (BA), cidade da arquidiocese de dom Cappio, disse que a manifestação visa a sensibilizar o governo sobre a necessidade de um diálogo com a sociedade.

“Dom Cappio fez o seu primeiro jejum [em 2005] e foi feito um acordo de abrir um amplo diálogo com a sociedade civil. Isso foi negado. Diante disso, ele retomou o jejum em oração e está disposto a doar sua vida pela causa do Rio São Francisco e a vida do povo ribeirinho, que depende dele para a sobrevivência.”

A integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Marina dos Santos também pede a abertura de um diálogo entre governo e movimentos sociais.

“São questões defendidas pelos movimentos sociais e organizações de trabalhadores e estão encampados nesse jejum feito simbolicamente por dom Cappio, no sentido de que também a população possa discutir e o governo possa abrir um espaço de diálogo com a sociedade. Esse processo nos foi negado desde o princípio da transposição do Rio São Francisco.”

O padre Antônio Pereira afirmou também que rio está morrendo e que, por isso, as obras devem ser suspensas. “Para nós, a transposição é um sinal de morte, porque o rio está anêmico. Dom Luiz Cappio costuma dizer que um anêmico não pode doar sangue. Nós que moramos na beira do São Francisco percebemos que o rio está morrendo aos poucos.”

O movimentos sociais defendem a revitalização do Rio São Francisco com a construção de poços artesianos, cisternas e captação de água da chuva.

O protesto dura até amanhã (19), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o pedido de agravo do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, que pede a suspensão das obras de transposição do Rio São Francisco.

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Movimentos sociais dizem que transposição prioriza grandes negócios

18 de Dezembro de 2007 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - José Cruz/ABr - Brasília - Atriz Letícia Sabatella, integrante da organização Humanos Direitos, fala à imprensa sobre greve de fome de dom Luiz Flávio Cappio, que pede a suspensão das obras de transposição do Rio São Francisco
Brasília - A água que será desviada do Rio São Francisco com a transposição não vai ter uso social, mas vai ser destinada a irrigar as grandes plantações e abastecer a criação de camarão e a mineração.

É o que afirmam representantes dos movimentos sociais reunidos desde ontem (17) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em apoio ao jejum do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, e contra o projeto de transposição do Rio São Francisco.

“É um projeto em que as informações têm sido constantemente manipuladas, não são verdadeiras e a gente sabe disso, os fins não são matar a sede do povo nordestino, tem fins industriais, que estão expostos no projeto, não é só aqui, um bando de movimentos sociais tachados de loucos que estão falando isso, está no projeto de transposição e o governo não tem coragem de trazer isso à tona”, afirmou a representante da Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais, Juliana Barros, durante coletiva.

De acordo com números apresentados pelos movimentos sociais, cerca de 70% da água transposta vai ser destinada para as grandes lavouras e para a criação de camarão, 26% vai para cidades e indústrias, mais especificamente projetos de mineração, e 4% vai ser usada para abastecimento da população.

“Nós temos exemplos vários de pessoas que moram à beira do Rio São Francisco, a cinco, dez quilômetros e não têm acesso à água, então a gente tem consciência, tem certeza de que a água que está sendo transposta do Rio São Francisco não é para atender as populações que necessitam, mas para servir ao hidronegócio, ao agronegócio e ao capital estrangeiro”, disse João dos Santos, integrante da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas.

Para a atriz e integrante da organização Humanos Direitos, Letícia Sabatella, falta informação e esclarecimento da população sobre o projeto da transposição das águas do rio. “A gente só ouve falar nela como a única solução, mas é importante que se faça saber para a população, e isso é o que foi pedido por Dom Cappio no primeiro jejum e que não aconteceu, que existem propostas alternativas para o Semi-Árido, mais baratas, viáveis, que realmente são voltadas para tornar sustentável o Semi-Árido, auto-sustentável a região”, afirmou.

Representantes de movimentos sociais estão em vigília na Praça dos Três Poderes desde ontem (17), em apoio à greve de fome de dom Cappio, que chegou ao seu 22º dia.

Em reunião que será realizada hoje (18) entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Presidência da República, os representantes dos movimentos sociais irão apresentar uma proposta elaborada pelo bispo da Bahia. A principal reivindicação é a suspensão das obras e a retirada das tropas do Exército da região.

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Governo intensificará diálogo com sociedade sobre transposição, diz Gilberto Carvalho

20 de Dezembro de 2007 - Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil - José Cruz/ABr - Brasília - O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fala à imprensa sobre o fim da greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, no Palácio da Alvorada.

Brasília - O governo reforçará a divulgação das obras de transposição do Rio São Francisco e intensificará o debate com a sociedade em torno do assunto, afirmou hoje (20) o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Ele chegou há pouco ao Palácio da Alvorada para comunicar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o fim da greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio.

Apesar do fim da greve, Carvalho informou que o governo continuará a manter diálogo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo ele, o governo está disposto a discutir seis dos oito pontos apresentados por dom Cappio em documento.

Esses seis pontos, avalia Carvalho, são complementares ao projeto do desvio de parte de água do São Francisco. Entre propostas que o governo pode aceitar, estão a execução de 530 obras propostas pela Agência Nacional de Águas (ANA) para reduzir a escassez de água no interior nordestino e a elaboração de um plano socioambiental de desenvolvimento para o semi-árido.

O chefe de Gabinete da Presidência, no entanto, reafirmou que o governo está irredutível em relação aos outros dois pontos do documento do bispo: a paralisação das obras de transposição e a redução de 28 para 9 metros cúbicos por segundo do volume de água desviado para o oeste de Pernambuco e a Paraíba.

Segundo Carvalho, a greve de fome serviu como aprendizado para o governo. “Precisamos divulgar mais o que estamos fazendo no São Francisco”, ressaltou. “Também devemos dialogar mais com as forças sociais que, muitas vezes mal informadas, embarcam em algumas mistificações e se colocam contra a transposição.”

Carvalho disse ainda que o governo esteve tranqüilo durante os 24 dias da greve de fome do bispo. “Desde o início da greve,o governo manteve contato diário com CNBB e nenhuma vez tentou encontrar saída política para a questão”, ressaltou.

De acordo com Carvalho, as obras serão retomadas em 7 de janeiro, com o fim do recesso do Exército. Ele defendeu a necessidade de desviar parte da água do Rio São Francisco para o abastecimento do semi-árido nordestino. “Temos pressa e um compromisso com o povo que precisa dessa água. Essa obra, de fato, será muito humanitária e terá grande importância para a região”, argumentou.

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MST apóia greve de fome de dom Luiz Cappio

14 de Dezembro de 2007 - Clara Mousinho - Da Agência Brasil - Brasília - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aderiu ao pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de apoiar a greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que começou no dia 27 de novembro, como forma de protesto contra a transposição do Rio São Francisco.

De acordo com a assessoria de imprensa do MST, o movimento apóia o jejum e vai mobilizar seus integrantes a participarem, na segunda-feira (17), do Dia Nacional de Vigília e Jejum Solidário, data definida pela CNBB.

No Distrito Federal, 15 integrantes da Via Campesina estão sem comer desde ontem (13) para pedir o fim das obras de transposição do Rio São Francisco.

Em nota divulgada no último dia 12, o Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB convida "as comunidades cristãs e as pessoas de boa vontade" a se unirem ao jejum.

"A CNBB tem afirmado, junto ao governo e à sociedade, a necessidade de dar continuidade a um amplo diálogo sobre o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Tem sinalizado também a importância da revitalização do Rio e a garantia de toda população ao acesso à água de boa qualidade como um direito humano e um bem público", diz o documento.

Segundo a nota da CNBB, um governo democrático "tem a responsabilidade de interpretar as aspirações da sociedade civil, em vista do bem comum, de oferecer aos cidadãos a possibilidade efetiva de participar nas decisões, de acatar e de respeitar as determinações judiciais, em clima pacífico".

Em 2005, dom Cappio fez sua primeira greve de fome contra a transposição. Ele ficou 11 dias sem comer e só suspendeu o jejum quando o governo se comprometeu a promover uma discussão nacional sobre o projeto.

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AGU recorre no Supremo de liminar que suspende transposição do São Francisco

14 de Dezembro de 2007 - Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou hoje (14) no Supremo Tribunal Federal (STF) com reclamação constitucional contra a liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, que suspendeu as obras de integração do Rio São Francisco, que incluem os canais de transposição de água do rio. A decisão foi concedida pelo TRF da 1ª Região em resposta a uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

Na reclamação, a AGU, segundo a Assessoria de Imprensa, alega que o TRF não tem competência para julgar esses casos. Isso porque o Supremo decidiu que os processos relativos à transposição do São Francisco estão sob sua responsabilidade.

A posição do STF foi tomada em agosto de 2005, no julgamento de reclamação ajuizada pela União, em que se discutia também esse projeto. Segundo a AGU, o STF reconheceu, na época, a existência de conflito federativo (entre a União e os estados) e considerou que a transposição trata de uma “política governamental que transcende aos interesses locais de Minas Gerais”.

A AGU também defende que a continuidade do projeto “não traz dano a qualquer estado, ao meio ambiente ou à população”.

Segundo o MPF, o projeto não poderia ter sido aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), como ocorreu em 2005, por três motivos. Em primeiro lugar, o volume de água que poderá ser desviado está sendo contestado no Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

O MPF alega ainda que o projeto vai contra o Plano de Recursos Hídricos, pois visa ao aproveitamento econômico da água, além de retirar o direito de a população participar da gestão da água.

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Greve de fome de bispo contra transposição do São Francisco completa 20 dias

16 de Dezembro de 2007 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Depois de 20 dias de greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco, o bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio já perdeu sete quilos. O religioso, no entanto, até agora não apresentou nenhum sinal de enfermidade, segundo o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia e coordenador da Articulação Popular pela Revitalização do São Francisco, Rubens Siqueira.

Hoje (16), Dom Luiz saiu da igreja onde está, em Sobradinho (BA), para receber cerca de 100 pessoas que estão no local em apoio à greve de fome. A partir de amanhã (17), 21º dia de jejum, o bispo terá acompanhamento médico constante.

“Ele diz que está se sentindo bem, mas sabe que está mais frágil”, disse a assessora da Articulação São Francisco Vivo, Clarice Maia. Esta é a segunda vez que Dom Cappio faz greve de fome contra o projeto do governo. Em 2005, ele fechou um acordo com o governo depois de ficar 11 dias sem comer.

Ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando houve um ato a favor de Dom Cappio, não está programada nenhuma manifestação em Sobradinho. No entanto, desde ontem (15) estão sendo realizadas vigílias com jejum em Salvador e em Bom Jesus da Lapa (BA). Na capital baiana, a vigília é permanente e não tem prazo para terminar. Em Bom Jesus, a manifestação segue somente hoje.

De acordo com Rubens Siqueira, também há pessoas reunidas em vigília e jejum em outros lugares do país, como Brasília, mas ainda não chegaram informações suficientes para confirmar onde há manifestações. Siqueira afirmou que até o final do dia já se deve ter um quadro completo.

A greve de fome atraiu a atenção do Vaticano. Uma carta assinada pelo representante do papa Bento 16 no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, pediu que dom Cappio voltasse a se alimentar. Segundo o documento, a prática do jejum, em níveis radicais, não condiz com os princípios cristãos.

Essa não é a primeira vez que o religioso é advertido pela Santa Sé. Na semana passada, o cardeal Giovanni Battista Re, responsável pelos bispos no Vaticano, enviou uma mensagem a dom Cappio, por meio do Arcebispo de Feira de Santana (BA), também pedindo que ele abandonasse a greve.

Segundo Siqueira, o bispo respondeu dizendo que estava trabalhando para que a greve de fome terminasse. Ele informou ainda que dom Cappio não se manifestará mais sobre o assunto e só acabará com o jejum se o papa ordenar diretamente. “Bento 16 ainda não se pronunciou e nem deve se pronunciar sobre o assunto, já que não há nada na tradição e nas leis da Igreja Católica que se posicione contra o jejum radical”, alegou o representante da CPT.

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Movimentos sociais organizam dia de jejum por dom Cappio

16 de Dezembro de 2007 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em resposta à convocação que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez na última quarta-feira (12), movimentos sociais que apóiam a greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, contra a transposição do rio São Francisco, que completa 20 dias hoje (16), marcaram para amanhã (17) o Dia Nacional de Vigília e Jejum Solidário.

Assessor nacional da Cáritas Brasileira, braço filantrópico da Igreja Católica e que está na organização do Dia Nacional, Luiz Cláudio Mandela diz que a idéia é fazer uma mobilização não apenas de apoio ao jejum de Dom Cappio. “É também no sentido de dialogar com a sociedade”, explica.

Serão realizadas manifestações nas capitais. Estão confirmadas ações em Brasília, Salvador, Belém, Manaus, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Teresina e Vitória. De acordo com o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia, Rubens Siqueira, também está sendo articulada uma manifestação em Sobradinho (BA), onde está Dom Cappio.

Em Brasília, a concentração começará às 10h, na Praça dos Três Poderes, e segue até quarta-feira (19), quando deve sair a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que pede a derrubada da liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região que suspende a transposição.

O movimento deve contar com a participação de indígenas, pescadores, quilombolas e outros moradores da região da Bacia do São Francisco.

Para o Dia Nacional de Vigília e Jejum Solidário, foi produzido um panfleto com as conclusões de um estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) que sugere medidas alternativas para o fornecimento de água para o sertão nordestino, como a construção de cisternas, medida defendida pela Articulação do Semi-Árido (ASA).

“Esse vai ser também um momento de fazer um debate com a sociedade e dizer que não a transposição não é necessária, que existem outras opções”, afirmou Mandela.

Segundo Mandela, a intenção dos movimentos sociais é a realização de um debate nacional para ver como o desenvolvimento econômico do semi-árido nordestino pode ser concretizado sem o desvio de águas do rio. “Caso a sociedade chegue à conclusão de que a transposição é necessária, aí ela terá o nosso apoio”, disse.

Entre as organizações da sociedade civil que organizam o Dia Nacional de Vigília e Jejum Solidário estão a Cáritas Brasileira, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Pastoral da Juventude, pastorais da CNBB, Via Campesina, movimentos sindicais e outras entidades.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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