“Trilhas
de Longo Percurso e as Unidades de Conservação”
é tema de Seminário Internacional
14/12/2007 - A Coordenação
do Projeto de Desenvolvimento do Ecoturismo
da Secretaria de Estado do Meio Ambiente -
SMA, com o objetivo de discutir a viabilidade
de implantação de trilhas de
longo percurso nos parques estaduais, contribuindo
para consolidar o turismo na área de
influência dessas unidades de conservação,
promoveu nesta sexta-feira,14/12, no Auditório
Augusto Ruschi, na sede da agência ambiental
paulista, em São Paulo, o seminário
internacional “Trilhas de Longo Percurso e
as Unidades de Conservação”.
O evento reuniu especialistas
nacionais e internacionais com ampla experiência
nesse segmento turístico, destacando-se
relatos da trilha do Sendero, que une o Chile
nos extremos Norte e Sul e, da Appalachian
National Scenic Trail, que nos seus mais de
3,2 mil km cruza 14 estados norte-americanos.
Já o Brasil, foi representado pela
experiência da travessia Petrópolis-Teresópolis,
considerada a maior trilha de longo percurso
do país, localizada no Parque Nacional
da Serra dos Órgãos.
A terceirização
de unidades de negócio e serviços
nas áreas protegidas, tema muito presente
nas discussões à cerca do uso
público dos parques, também
fez parte das discussões dos palestrantes
envolvidos.
Na opinião de Luiz
Roberto Numa de Oliveira, diretor de Operações
da Fundação Florestal, órgão
vinculado a SMA, o encontro é de vital
importância para o desenvolvimento das
atividades do projeto de ecoturismo na Mata
Atlântica. “Ele dará subsídio
às operações de trilhas
das Unidades de Conservação
(UCs), além de constituir excelente
oportunidade de troca de experiências
com os gestores das unidades de conservação
de São Paulo, as operadoras de ecoturismo
e os palestrantes presentes”, informou.
Para Anna Carolina Lobo,
coordenadora do Projeto Ecoturismo Mata Atlântica,
a implantação da Trilha do Continuun
de Paranapiacaba, projeto em fase de estudo
que prevê a instalação
de um caminho de aproximadamente 130 km que
interligará os três parques do
Alto Vale do Ribeira (Petar, Intervales e
Carlos Botelho), constitui “o principal produto
do Projeto de Ecoturismo na Mata Atlântica,
com capacidade de atração de
público nacional e internacional”,
previu.
Segundo José Amaral Wagner Neto, diretor
executivo da Fundação Florestal,
a importância do evento deve-se à
viabilidade de subsídios necessários
à implementação de uma
política de ecoturismo voltada para
o futuro “que garanta qualidade dos atrativos
em si, e que seja em total sintonia com a
política global da conservação
das UCs”, avaliou.
“Quero valorizar a importância
da sistemática de trabalho desse conjunto
de pessoas de matizes variadas que nos respaldam
em todos os temas que envolvem a política
ambiental, disse Xico Graziano, secretário
de Estado do Meio Ambiente.
“O patrimônio
público tem que estar à serviço
da comunidade. Se temos parques e áreas
protegidas belíssimas que sejam compartilhadas
não apenas pelos pesquisadores”, disse
Graziano, “precisamos criar mecanismos adequados
para permitir essa interação,
fazendo com que pessoas tenham o devido respeito
pela natureza”, concluiu.
Texto: Wanda Carrilho
Foto: Zé Jorge