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DECRETO AMPLIA EM 150 MIL HECTARES O TOTAL DE ÁREAS PRESERVADAS NO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

21 de Dezembro de 2007 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um decreto assinado hoje (21) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva cria três novas unidades de conservação e determina a ampliação de outras duas nos estados da Bahia e do Amazonas. De acordo com o diretor de Conservação da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, a medida representa uma expansão de 150 mil hectares do total de áreas preservadas no país.

As novas unidades de conservação são os Refúgios de Vida Silvestre de Una e Rio dos Frades, na Bahia, e a reserva extrativista de Cassurubá, no mesmo estado.

A Estação Ecológica de Cuniã, no Amazonas, foi ampliada em cerca de 20 mil hectares e Reserva Biológica de Una (BA) ganhou mais 7.100 hectares.

“Os novos números representam um crescimento significativo e mostram que há um movimento concreto de ampliação das áreas protegidas no Brasil”, disse Mello.

As unidades de conservação são divididas entre as de proteção integral, que não permitem a interferência humana nas áreas protegidas, e as de uso sustentável, em que o objetivo é compatibilizar a conservação da natureza e o manejo dos recursos naturais.

As UCs criadas hoje serão somadas a outras 294 já existentes no país, de acordo com dados do Instituto Chico Mendes. A área total preservada nessas unidades chega a 70 milhões de hectares.

Mello adiantou que em 2008 o instituto vai recomendar a criação de mais 40 novas unidades de conservação em todo o país. “É um processo que demanda muito tempo e trabalho, com levantamentos técnicos, avaliações bioecológicas, audiências públicas. É uma meta ambiciosa, mas queremos chegar a 40, com área total de cerca de 10 milhões de hectares”.

As novas unidades deverão abranger áreas em todos os biomas brasileiros.
O presidente Lula também assinou hoje um decreto que prevê medidas de combate ao desmatamento na Amazônia.

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Governo pretende ampliar para 10% área de mata atlântica sob proteção

30 de Dezembro de 2007 - Camila Vassalo - Da Agência Brasil - Brasília - Nos próximos dois anos, o Ministério do Meio Ambiente pretende ampliar para 10% a área de mata atlântica protegida por unidades de conservação. O anúncio foi feito pelo coordenador do Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa do ministério, Wigold Schäffer.

Segundo Schäffer, a própria Constituição assegura a preservação da mata atlântica. “Hoje, temos aproximadamente 6% do ecossistema protegido e precisamos aumentar em mais 4% até 2010”, destacou. Em 2008, ressalta ele, o ministério intensificará a criação de unidades de conservação, como parques nacionais, reservas extrativistas e áreas de proteção ambiental.

Para o coordenador, a Lei da Mata Atlântica, sancionada há um ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que regulamenta exploração e preservação da área, é um instrumento importante para assegurar a preservação desse bioma (espaço ecológico). “A lei garante a conservação da vegetação nativa remanescente ao determinar critérios para sua utilização e proteção”, explica.

Schäffer destaca que no dia 22, quando a lei completou um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou quatro unidades de conservação na Bahia. No próximo ano, diz ele, deverão ser criadas outras unidades nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

O Ministério do Meio Ambiente pretende criar ainda um programa nacional para ajudar na proteção das áreas que ainda restam de mata atlântica e também incentivar a recuperação de locais degradados, sejam em áreas públicas ou privadas. “O ministério buscará captação de recursos, tanto do Tesouro Nacional como de doadores internacionais”, declara.

Outra iniciativa aponta por Schäffer é a educação ambiental. “O Programa Nacional de Mata Atlântica visa a apoiar a capacitação, inclusão de informações, educação ambiental e inciativas pioneiras de recuperação e proteção de áreas”, afirma.

O programa, segundo o coordenador, não se restringe a áreas da União. “Estão incluídas áreas de prefeituras, governos estaduais e até proprietários privados que criam reservas naturais particulares, que são uma das espécies de unidades de conservação previstas na legislação”, explica.

Para orientar as ações, o ministério baseia-se em um mapeamento feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que detectou que ainda existem 27% de cobertura vegetal nativa na mata atlântica, incluindo áreas de campos naturais, manguezais, restingas e florestas.

Segundo Schäffer, a área coberta por floresta é de cerca de 20%, dos quais 7% são de florestas bem conservadas. O restante, de acordo com o levantamento, são áreas em recuperação. “A recuperação de áreas degradadas tem ocorrido principalmente nas áreas montanhosas, que não são próprias para a agricultura”, afirma o coordenador.

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Decreto prevê medidas de proteção à Amazônia e de combate a desmatamentos

21 de Dezembro de 2007 - Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil - Antônio Cruz/Abr - Brasília - Presidente Lula e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) durante assinatura de decreto com medidas de proteção para Amazônia e ações de combate ao desmatamento ilegal
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje (21) um decreto que prevê a edição, por parte do Ministério do Meio Ambiente, de listas anuais de municípios prioritários para ações preventivas de controle dos desmatamentos.

Inicialmente, entre 32 e 35 municípios responsáveis por 45% dos desmatamentos na Amazônia devem integrar a lista.

Novos municípios poderão ser incluídos à listagem a cada ano. A forma de aplicação dos critérios será detalhada em Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a primeira lista será divulgada após o levantamento de todos os dados necessários.

"Estamos fechando [a lista] a partir dos dados dos levantamentos. Mas posso afirmar que esses municípios são responsáveis por cerca de 50% de desmatamento na Amazônia nos últimos três anos”.

O objetivo do Ministério do Meio Ambiente é monitorar áreas rurais e evitar a ocorrência de novos desmatamentos nos municípios selecionados.

Para tanto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) fará uma convocação para atualização cadastral.

“Esse cadastramento permitirá que se possa criar uma base comum de informações que permita identificar as áreas rurais que tenham ações de desmatamento”, disse a ministra.

Os imóveis rurais que não fizerem o recadastramento - em prazo ainda a ser definido - terão inibidos os certificados de cadastro de imóveis rurais. Isso significa que eles não terão acesso a crédito público.

O desmatamento ilegal, que será monitorado por satélite e por fiscalização de campo, poderá acarretar ao infrator o fim da comercialização do produto da área embargada, a proibição de crédito agropecuário, o cancelamento de seus registros em órgãos ambiental, fiscais e sanitários, multa e publicação dos dados do imóvel em lista de infratores florestais.

Os valores das multas serão regulamentados posteriormente, por meio de decreto. “Tomamos essas medidas com o objetivo de reduzir ainda mais em 2008 o desmatamento no país”, disse Marina.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) editará e manterá atualizada lista de imóveis rurais que descumprirem o embargo de uso de área ilegalmente desmatada, que funcionará de maneira semelhante à lista de trabalho escravo do Ministério do Trabalho.

Isso, segundo o Ministério do Meio Ambiente, permitirá que o mercado consumidor selecione o produtor comprometido com a conservação da floresta Amazônica e os não comprometidos.

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Intensificação no desmatamento na Amazônia pode estar relacionada a seca, diz Marina Silva

21 de Dezembro de 2007 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O aumento de 10% do desmatamento da Amazônia de agosto a novembro na comparação com 2006 pode estar relacionado à seca prolongada deste ano na região, que permitiu a identificação de áreas devastadas anteriormente, mas desconhecidas pelo governo, argumentou hoje (21) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Segundo Marina, as poucas nuvens na época da seca facilitaram a detecção, pelos satélites, das áreas desmatadas. “É possível que o que estamos enxergando como sendo algo a mais é porque nos meses anteriores isso não era enxergado pelo satélite por causa da incidência de nuvens”, disse ela.

De acordo com a ministra, as queimadas continuaram na época de seca. “Tivemos um período longo de estiagem e as pessoas dão continuidade às atividades de desmatamento e de queimadas”, acrescentou.

Apesar dos argumentos, a ministra não informou o tamanho da área devastada, porque, segundo ela, os dados ainda não estão consolidados. Mas apontou Rondônia, Mato Grosso e Pará como os estados campeões de desmatamento.

Ela disse ainda que o governo tem reforçado a fiscalização para reduzir os índices. “Não queremos nos esconder atrás das nuvens”, afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje (21) decreto para combater o desmatamento da Amazônia nos municípios responsáveis por 45% de destruição da floresta.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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