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GRANDES DESMATADORES QUE IRÃO PARA “LISTA SUJA” ESTÃO IDENTIFICADOS, AFIRMA IBAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

30 de Dezembro de 2007 - Marco Antônio Soalheiro* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os maiores desmatadores nos estados que mais devastam a floresta amazônica estão identificados. A informação é do diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, que disse que eles integrarão uma “lista suja” semelhante à usada contra trabalho escravo.

“Já identificamos os 50 maiores infratores no Pará, Mato Grosso e Rondônia, estados que contribuem com 80% do desmatamento na Amazônia. Vão sofrer sanções conjuntas – administrativa, penal e cível – e integrar uma lista suja, a ser divulgada ao longo do primeiro semestre do ano que vem”, afirmou Montiel, em entrevista à Agência Brasil.

O levantamento está sendo feito pelo Grupo Permanente de Responsabilização Ambiental, criado no dia 6 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo, coordenado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), é integrado por Ministério da Justiça, Casa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Ibama e Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Outra preocupação do governo, segundo Montiel, é fomentar atividades produtivas sustentáveis na região amazônica, por meio de linhas de crédito com juros reduzidos. O MMA também desenvolve uma programa de capacitação de gestores ambientais. A idéia é fazer com que o trabalho seja absorvido nos municípios, para que eles tenham uma participação mais ativa no combate ao desmatamento.

“A constituição prevê atribuições dos municípios na proteção ambiental, mas a realidade deles [os da Amazônia] é bem distinta da verificada no Sul e Sudeste. Não têm órgãos de meio ambiente estruturados”, comentou o diretor.

O centro de monitoramento ambiental do Ibama, criado em 2004, fica em Brasília, mas há estações de trabalho montadas na superintendência do órgão na Amazônia e em 17 bases operativas das ações de fiscalização. A tecnologia utilizada é o geoprocessamento, com imagens de satélite acessadas via internet. “Não estamos satisfeitos e vamos avançar mais, com instrumentos de monitoramento melhores, que nos permitirão chegar antes que o desmatamento se torne grande”, afirmou Flávio Montiel.

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Transporte de produto florestal será suspenso em estado que não aderir a novo sistema

26 de Dezembro de 2007 - Alisson Machado - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Empresas situadas nos estados que ainda não aderiram ao Sistema do Documento de Origem Florestal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não poderão transportar produtos ou subprodutos florestais a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano. A medida cumpre a Resolução 379 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), publicada no ano passado.

A determinação faz parte da migração do antigo sistema de controle de circulação de produtos florestais, as autorizações de transporte de produtos florestais (ATPFs), para o novo sistema, o Documento de Origem Florestal (DOF).

O DOF, que entrou em vigor em setembro do ano passado, é totalmente informatizado e foi elaborado para tornar mais eficiente a fiscalização do governo federal e dos governos estaduais sobre todo produto florestal que circula e é comercializado no país. As ATPFs eram permissões de papel constantemente falsificadas por criminosos.

Segundo o coordenador geral de Monitoramento e Controle Florestal do Ibama, Carlos Fabiano Cardoso, na Amazônia, apenas os estados do Pará, Maranhão, Rondônia e Mato Grosso operam com sistemas estaduais (Sisflora) de transporte de produtos florestais. Nesses estados, o transporte não será prejudicado, porque, a partir de 1º de janeiro, as informações do Sisflora serão parte do Sistema DOF.

Carlos Fabiano disse que a unificação das informações sobre todo produto florestal que circula no Brasil, através do Sistema Nacional DOF, é um avanço na capacidade de fiscalização do poder público contra crimes ambientais.

"Hoje, não só o Ibama ou a fiscalização dos estados vem utilizando essa base de dados. A transparência é tanta que ministérios públicos estaduais e federais, Polícias Militar, Rodoviária Federal, ou qualquer outra autoridade de todas as esferas de governo, podem acessar esse banco de dados e buscar as informações para executar suas atividades de fiscalização", afirmou Carlos Fabiano.
O DOF começou a ser desenvolvido em 2003 e entrou em vigor no dia 1º de setembro do ano passado.

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Ibama identifica pressão da pecuária sobre desmatamento na Amazônia, afirma diretor

30 de Dezembro de 2007 - Marco Antônio Soalheiro* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A presença do Brasil com destaque entre os maiores exportadores de carne do mundo intensifica pressões em áreas da floresta amazônica que já sentiram os efeitos da atividade pecuária. A avaliação é do diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel da Rocha.

Em entrevista à Agência Brasil, ele informou que entre as áreas que exigem maior capacidade de monitoramento estão o norte do estado de Mato Grosso e o Pará, nas regiões da Terra do Meio, do Novo Repartimento e de Cumaru do Norte, além das proximidades da BR-163, que liga as cidades de Cuiabá (MT) e Santarém (PA).

“A pecuária exerce papel maior que a agricultura na linha de frente do desmatamento. É o grande vetor de conversão da floresta em outros usos econômicos”, afirmou Montiel. Ele ressalvou, porém, que a responsabilidade pela devastação não pode ser atribuída apenas a um setor. A extração ilegal de madeira, por exemplo, é geralmente a atividade que abre frentes para posterior entrada da pecuária.

Montiel argumentou ainda que o aumento do rebanho bovino na Amazônia, apontado em recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não se deu necessariamente em função da expansão da área de pastagem na região, mas da intensificação da atividade, com melhor aproveitamento de áreas já devastadas e subutlizadas.

A partir de decreto assinado neste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ibama estrá trabalhando na definição de 30 a 35 municípios da Amazônia, que seriam responsáveis por mais de 50% do desmatamento na região, para receberem ações prioritárias do órgão em 2008. Caberá ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ( Incra) fazer o recadastramento de todas as propriedades rurais existentes.

Um sistema de monitoramento para corte raso e exploração seletiva permitiria um acompanhamento mais rigoroso, pelo Ibama, do desmatamento nestes locais. “O sistema permitirá identificar se a derrubada é oriunda de plano de manejo aprovado ou de atividade ilegal, o que nos dá a condição de antecipar o combate antes que o corte raso venha a ocorrer”, explicou Montiel.

Ele informou que como o monitoramento por geoprocessamento e imagens de satélite é feito a cada dez ou 15 dias, e um desmatamento grande envolve até 50 dias de atividade, é possível ao Ibama fazer autuações em flagrante.

O Ibama tem hoje cerca de 1.770 fiscais no país, designados por portaria com poder de polícia. O efetivo, segundo Montiel, é deslocado e concentrado na Amazônia em períodos mais críticos: “O fiscal é antes de tudo um agente federal, que não está vinculado a um estado.”

Mas o diretor do Ibama condiciona a redução de 59% no desmatamento da Amazônia nos últimos três anos a ações integradas realizadas em parceria com a Polícia Federal, Exército, Marinha, Polícia Militar e órgão estaduais de meio ambiente: “O efetivo cresce para mais de 4 mil pessoas. Com o apoio logístico e policial, a capacidade de intervenção fica muito maior.”

Segundo o Ibama, desde 2004 as ações de combate ao desmatamento na Amazônia reduziram em mais de 410 milhões de toneladas a emissão de carbono na atmosfera e pouparam mais de 600 milhões de árvores.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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