21 de Dezembro
de 2007 - Fabíola Ortiz Da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - O secretário
de Ambiente do Rio, Carlos Minc, informou
que representantes das três esferas
de governo (municipal, estadual e federal)
vão elaborar, no ano que vem, um plano
de ação conjunta para impedir
ocupações ilegais em encostas
e áreas de proteção ambiental
no estado. Segundo o secretário, o
objetivo é abrir um canal de cooperação
e realizar uma gestão conjunta para
impedir o desmatamento, com foco no monitoramento,
na prevenção e no reflorestamento.
Minc participou hoje (21)
de reunião em que foram estabelecidas
as diretrizes gerais do plano de monitoramento.
"O mais importante é que vamos
fazer, em janeiro e fevereiro de 2008, um
plano conjunto. Estão saindo hoje as
diretrizes gerais do plano, que são
a prevenção e o reflorestamento,
além de programas habitacionais que
englobem estado e municípios da região
metropolitana."
De acordo com o secretário,
até agora, todas as autoridades municipais,
estaduais e federais se manifestaram favoráveis
a uma ação conjunta. "Esse
esforço vai continuar. Nossa briga
é contra a degradação
das áreas de proteção
ambiental", acrescentou.
Entre as medidas avaliadas,
informou Minc, está o monitoramento
por satélite, em conjunto com o Instituto
Pereira Passos, para fiscalizar a expansão
de favelas e ocupações irregulares.
Além disso, está prevista a
instalação de grupamentos de
policiamento em áreas especiais.
O subsecretário Estadual
de Habitação, Fernando William,
defendeu a necessidade de uma política
habitacional capaz de conter o crescimento
desordenado e a favelização
na cidade e no estado do Rio de Janeiro. "Temos
que apresentar um plano estadual e municipal
de habitação. Se não
[apresentarmos], vamos perder a possibilidade
de receber recursos federais para habitação,
para evitar o crescimento da favelização
e corrigir os problemas já existentes.
Se não, não tem como. Vamos
tirar as pessoas da área de proteção
ambiental e colocar onde?", perguntou
William.
Se não existe uma
alternativa de política habitacional,
não tem como resolver esses problemas,
disse ele. William informou que, durante todo
o ano de 2008, estarão em elaboração
planos estaduais e municipais de habitação.
De acordo com ele, o estado do Rio tem 10%
da demanda habitacional do país.
O chefe do Parque Nacional
da Tijuca e representante do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
na reunião, Ricardo Calmon, defendeu
a criação de uma rede articulada
para proteger a Mata Atlântica do desmatamento.
O Ibama também deverá aumentar
a vigilância nas áreas de conservação
ambiental.
"O foco principal é
monitorar a área de entorno do Parque
Nacional da Tijuca e das outras áreas
de conservação do município.
É preciso olhar também para
fora do parque e fazer principalmente um trabalho
de prevenção contra o desmatamento."
Para Calmon, é fundamental a criação
de uma articulação entre as
diversas unidades de conservação
para proteger a Mata Atlântica.
Ele disse que, além
do monitoramento de curto prazo, estão
previstas ações de vigilância
para prevenir e reprimir o desmatamento.