5 de Janeiro de 2008 - Danilo
Macedo - Repórter
da Agência Brasil - Valter Campanato/ABr -
Brasília - Eletrodomésticos sem índices
mínimos de eficiência energética
só poderão ser fabricados ou importados
pelo Brasil até março. O selo do Procel
e do Conpet atestam os fogões, geladeiras
e aparelhos de ar-condicionado que têm os
melhores índices dentro da sua categoria.
Brasília - Até o final do ano, geladeiras,
fogões e aparelhos de ar-condicionado que
consomem muita energia devem desaparecer das prateleiras
de lojas e supermercados.
A medida que estipula o prazo
entrou em vigor por meio de três portarias
interministeriais publicadas no Diário Oficial
da União do dia 26 de dezembro de 2007.
Segundo o presidente do Comitê
Gestor de Indicadores de Níveis de Eficiência
Energética do Ministério de Minas
e Energia, Paulo Leonelli, o objetivo é banir
do mercado os equipamentos menos eficientes energeticamente.
Assim, aparelhos que não
apresentam os índices mínimos de eficiência
só poderão ser fabricados ou importados
pelo Brasil até o final de março.
O prazo para a comercialização
desses equipamentos varia: até setembro para
refrigeradores, congeladores, e condicionadores
de ar e até dezembro para fogões e
fornos.
De acordo com Leonelli, a ação
consolida um processo iniciado na década
de 80 com a etiquetagem dos eletrodomésticos
e, depois, com o selo do Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel) e do Programa
Nacional de Racionalização do Uso
dos Derivados do Petróleo e do Gás
Natural (Conpet), concedido a equipamentos que apresentam
os melhores índices de eficiência energética
dentro da sua categoria.
"Essas portarias fecham um
ciclo que se inicia com a adesão voluntária
dos fabricantes, passa pela premiação,
através dos selos Procel e Conpet, àqueles
produtos mais eficientes e finaliza com a exclusão
do mercado daqueles produtos menos eficientes”.
Ele usa a geladeira para exemplificar
o avanço da indústria de equipamentos
eletrodomésticos nas últimas décadas.
“Quando foi iniciado o programa
de etiquetagem, na década de 80, as geladeiras
tinham faixas de consumo altíssimas, da ordem
de 70 quilowatts-hora por mês . Hoje, encontra-se
no mercado geladeiras mais eficientes, na faixa
de 20 a 25 quilowatts-hora por mês”.
O professor de engenharia elétrica
da Universidade de Brasília (UnB) Ivan Camargo
diz que as portarias interministeriais vêm
em uma hora importante, já que nos próximos
dois anos o Brasil deve chegar perto do limite entre
a demanda e a oferta de energia.
Entretanto, ele ressalta que não
basta o equipamento ser eficiente. É necessário
o consumidor ter uma postura de economia e conservação
da energia.
"Comprar um equipamento eficiente
é o primeiro passo. Um passo fundamental
é usar esse equipamento com correção.
O consumidor tem que sentir que, ao atuar corretamente,
vai fazer um bem para o Brasil, para o meio ambiente
e para o bolso dele, gastando menos na conta de
energia no final do mês”.