A Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos reforçou
a fiscalização para preservar áreas
de restinga - importante ecossistema para a contenção
do avanço do mar e combate à erosão
no litoral do Paraná. Nos municípios
de Guaratuba e Pontal do Paraná, onde a vegetação
aparece em grandes proporções, serão
instaladas placas alertando os veranistas sobre
o risco de multa, caso estacionem veículos
nessas áreas ou danifiquem a restinga.
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explicou
que o problema aumenta durante o verão, em
especial no balneário de Pontal do Sul, onde
os veranistas entram com os carros até a
beira da praia. “A restinga é considerada
Área de Preservação Permanente.
Precisamos do apoio de todos para evitar, nesses
locais, o que aconteceu com a praia de Matinhos,
que teve sua orla prejudicada pelo avanço
do mar”, destacou.
O Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e o Batalhão de Polícia Ambiental
– Força Verde garantiram o apoio das prefeituras
em reunião realizada, na última semana
com representantes dos dois municípios.
FISCALIZAÇÃO – O
presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, contou que,
durante a Operação Viva o Verão,
fiscalizações diárias são
feitas para conscientização dos veranistas,
que, antes de ser multados, recebem advertência
(adesivos são colados nos carros). Desta
maneira, o veranista deve procurar os técnicos
do IAP ou o pessoal da Força Verde.
A advertência diz: “Seu
veículo está estacionado em área
de restinga, portanto de preservação
ambiental. Pedimos a gentileza que não mais
estacione nesta área, evitando assim que
você seja autuado por crime ambiental. Também
temos que zelar pelo nosso litoral e você
também faz parte deste processo, colabore
para garantir a praia dos nossos filhos”.
O presidente do IAP destacou ainda
que, na advertência, a pessoa recebe a orientação
e informações sobre a restinga. “A
placa do veículo é anotada e, caso
haja reincidência, o veranista pode receber
multa de até R$ 1.500,00 de acordo com a
legislação ambiental”, informou.
Nas barracas de balneabilidade
do IAP, localizadas ao longo da orla paranaense,
os veranistas também são orientados
sobre a importância da vegetação
para o meio ambiente. Em média, 60 mil pessoas
ao mês, buscam informações nas
barracas do IAP.
APOIO – O isolamento das áreas
de restinga, bloqueando o estacionamento de veículos
e a ampliação da divulgação
e orientação entre veranistas e moradores
são algumas das medidas de emergências
discutidas durante a reunião.
De acordo com o secretário
municipal de Obras e Urbanismo de Pontal do Paraná,
Aramis Calixto, no balneário de Ipanema,
a falta de restinga ocasionou a formação
de um banco de areia, que invadiu a calçada
do balneário. “Desde então, estamos
fazendo a recomposição da restinga
com o replantio de espécies nativas. Vamos
apoiar as ações de conscientização
do governo, para que isso não volte a acontecer”,
completou Aramis. Para ele, é fundamental
a recuperação das áreas afetadas,
aliada às demais soluções,
que beneficiarão todo o litoral do Paraná.
Os veículos estacionados
na área da vegetação não
são os únicos motivos que prejudicam
esse ecossistema. Queimadas, barracas, quiosques
irregulares e até a prática de trilhas
com motocicletas também afetam a vegetação.