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INCRA/BA PRIORIZA REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA PARA QUILOMBOLAS E MAIS...

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

03/01/2008 - O processo de regularização fundiária de comunidades quilombolas na Bahia terá as atividades intensificadas em 2008. A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado firmou dois convênios para a elaboração de Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTIDs) de 20 comunidades remanescentes de quilombos.

Para a conclusão da regularização fundiária, é necessário que seja feito o RTID, que descreve a história das comunidades onde vivem os quilombolas. Os dois convênios envolvem o investimento de cerca de R$ 1,05 milhão. A Fundação de Apoio, Pesquisa e Cultura (Fapec) e a Fundação de Assistência Sócio Educativa e Cultural (Fasec) serão responsáveis pela elaboração dos RTIDs. Cada uma dessas entidades tem a incumbência de trabalhar com dez comunidades quilombolas, no prazo de um ano.

“Para que a comunidade quilombola tenha o reconhecimento definitivo, é necessário que seja feito o RTID. Somente por meio desses convênios teremos condições de fazer esse trabalho”, explica o chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra/BA, Luiz Eduardo Barreto, ressaltando a importância da parceria para viabilizar a titulação das comunidades quilombolas.

Fazem parte das atribuições dos convênios, ainda, o fomento à memória relacionada com a diversidade cultural brasileira; a promoção da defesa e conservação do patrimônio histórico e cultural dos territórios quilombolas; a produção e divulgação de informações e conhecimentos científicos sobre os territórios onde vivem os afrodescendentes, além da capacitação de antropólogos, agrônomos e demais profissionais envolvidos na elaboração dos RTIDs.

Regularização Fundiária

O Incra trabalha com a regularização fundiária de 18 territórios quilombolas na Bahia, o que engloba aproximadamente 50 comunidades. Em 2006 e 2007, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o resumo do RTID de oito territórios quilombolas. Isso propicia à autarquia federal avançar na regularização fundiária dessas áreas.

A publicação do resumo do RTID no Diário Oficial do Estado e no DOU, a notificação dos proprietários e nenhum impedimento dentro de 90 dias depois dessas atividades possibilitam finalizar o processo de regularização fundiária das comunidades quilombolas. Somente após a conclusão dessas iniciativas, a legislação autoriza à autarquia federal iniciar os processos de desapropriações ou aquisições de imóveis particulares e de arrecadação de terras públicas do estado ou da União, delimitadas num território.

Atualmente, as comunidades quilombolas de Pau D’arco Parateca, em Malhada (Oeste), e Jatobá, em Muquém do São Francisco (Oeste), possuem os processos de regularização fundiária mais adiantados. Ambas já tiveram parte do território titulado devido à concessão da Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU) na Bahia.

Além disso, as duas comunidades tiveram, no final de 2007, todo o território declarado e reconhecido pelo Incra como remanescente de quilombo. Depois de cumprida essa etapa, falta apenas a autarquia federal promover a desapropriação das áreas das duas comunidades, que ainda não foram tituladas em favor dos quilombolas, para terminar a regularização fundiária. No total, essa ação vai beneficiar 492 famílias.

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Incra/MS publica quatro Relatório Técnicos de áreas quilombolas

04/01/2008 - As comunidades remanescentes de quilombos de Furnas do Dionísio, em Jaraguari, Colônia São Miguel, em Maracaju, Família Cardoso, em Nioaque e Chácara do Buriti, em Campo Grande iniciam o ano de 2008 comemorando a publicação nos Diários Oficiais do Estado e da União, dos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID) de suas áreas.

A publicação dos documentos elaborados pelos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso do Sul é de fundamental importância para a continuidade do processo de retirada dos ocupantes e titulação das áreas de remanescentes de quilombos.

O Incra concede prazo de 90 dias para que os interessados ofereçam suas contestações ao Comitê de Decisão Regional da superintendência da autarquia em Mato Grosso do Sul. Após esse período, se as apelações forem indeferidas, os processos serão enviados à presidência do Incra, em Brasília, para elaboração e publicação de portaria presidencial de reconhecimentos dos territórios quilombolas.

Em Mato Grosso do Sul, o processo mais adiantado é o de Furnas de Boa Sorte, em Corguinhio. Nesta localidade, o Incra está iniciando os procedimentos de desapropriação dos incidentes, com perspectiva de conclusão, ainda no primeiro semestre de 2008, da entrega da área total (1.413 hectares). “Com isso, encerra, para as 45 famílias que habitam aquela comunidade, um longo período de sofrimento e espera”, avalia o coordenador de Instrução Processual da Comissão de Quilombos, José Roberto Camargo de Souza.

Em Mato Grosso do Sul, existem 14 comunidades quilombolas identificadas. Destas, 11 protocolaram junto ao Incra sua reivindicação para que seja efetuada a regularização fundiária de seus territórios.

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Furnas de Boa Sorte será entregue a quilombolas

04/01/2008 - As 45 famílias remanescentes do quilombo Furnas de Boa Sorte deverão receber, ainda no primeiro semestre de 2008, toda a área de 1.413 hectares delimitada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). É o que antecipa o superintendente regional em Mato Grosso do Sul, Luiz Carlos Bonelli, explicando que todas as propriedades incidentes na área de Boa Sorte estão sendo avaliadas na atual fase do processo de desapropriação.

Na área estão localizadas dez propriedades incidentes. Em seis destas, os ocupantes possuem perfil de clientes do programa de reforma agrária, possibilitando, assim, que a área que ocupam seja permutada por outras fora do território quilombola.

Em 2001, a Fundação Palmares formalizou o início do processo, com base no artigo 68 da Constituição Federal, reconhecendo Furnas de Boa Sorte como uma comunidade remanescente de quilombo. Os fundadores da comunidade – José Matias Ribeiro, Bonifácio Lino Maria e João Bonifácio - eram de Minas Gerais, e chegaram à região no final do século 19, logo depois da abolição da escravatura.

Durante o século passado, apesar de resistirem, os quilombolas assistiram a expropriação de suas terras por grileiros e fazendeiros. Mais de um século depois, a vitória dos remanescentes de Boa Sorte torna-se realidade com a publicação, no dia 27 de setembro de 2007, no Diário Oficial da União, do decreto em que o Incra reconhece o território como quilombola e autoriza a desapropriação das áreas incidentes à propriedade.

Avanços no Estado

Para José Roberto Camargo de Souza, coordenador de Instrução Processual da Comissão de Quilombos, a concretização do processo Furnas do Boa Sorte deve ser comemorada, pois põe fim a um longo período de sofrimento da população dessa comunidade, e fortalece a expectativa de vitória dos outros processos em andamento no Estado.

No final de dezembro de 2007, o Incra publicou, nos Diários Oficiais do Estado e da União, os Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID) de Furnas do Dionísio, em Jaraguari; Colônia São Miguel, em Maracaju; Família Cardoso, em Nioaque e Chácara do Buriti, em Campo Grande.

Para Camargo, o governo federal vem empenhando ações para devolver aos remanescentes de quilombos as áreas que lhes foram perdidas ao longo dos anos. “O sucesso das ações governamentais tem estimulado o crescimento do número de comunidades quilombolas que passaram a reivindicar o direito de reaver as terras que lhes foram expropriadas”, disse o coordenador.

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Quilombolas da BA recebem capacitação em artesanato

07/01/2008 - Agricultores familiares das Comunidades Quilombolas e de Afro-descendentes dos Municípios de Ituberá e Nilo Peçanha serão capacitados a partir deste mês de janeiro para a produção de artesanato com piaçava. A iniciativa será realizada por meio de um convênio assinado entre a Secretaria de Agricultura familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDES) do Território de Identidade do Baixo Sul da Bahia.

Segundo a coordenadora do Programa de Turismo Rural da SAF/MDA, Camila Silva, essas comunidades, tradicionalmente, se organizaram em torno do extrativismo da piaçava e da agricultura familiar de subsistência. Camila explica que a extração e o beneficiamento da fibra da piaçava são atualmente pouco produtivos e geram restritas oportunidades de trabalho, todas elas com baixa geração de renda. A renda média por família é inferior a R$ 200 mensais, considerando a contribuição do pai e da mãe.

Para o desenvolvimento do projeto de capacitação foram levados em conta quesitos como a grande produção de piaçava, o resgate das habilidades, as competências e os conhecimentos acumulados em várias gerações, visando o desenvolvimento sustentável destas comunidades, além de colocar a ciência e a tecnologia à serviço do convívio harmônico entre a floresta e as comunidades beneficiárias

Este projeto de capacitação tem a finalidade de desenvolver a habilidade de produção de artesanato de qualidade, identificado com a cultura das comunidades tradicionais Quilombolas e de Afro-descendentes e, ainda, com a preocupação de abolir o conceito de que este tipo de artesanato deva ser simples e rude.

Para coordenadora da SAF/MDA, esta iniciativa possibilita agregar valor aos produtos da floresta e aprofundado a associação entre povos da floresta e os biomas em que vivem, promovendo a conservação da natureza, a geração de oportunidades de trabalho e renda, por meio do artesanato como forma de inclusão produtiva.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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