Panorama
 
 
 

EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA EM FLORESTA DO PARÁ IDENTIFICA ESPÉCIES AMEAÇADAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

16 Jan 2008 - Confira, a partir de hoje, uma série de entrevistas com os membros da equipe da Expedição Científica Juruena, atividade realizada entre os dias 12 e 30 de novembro que contemplou o setor Sul do Parque Nacional do Juruena, localizado ao Norte do Estado do Mato Grosso, no Brasil.

Tendo a Avaliação Ecológica Rápida (AER) como a metodologia escolhida para a coleta das informações em campo, que vão subsidiar a elaboração do plano de manejo para a implementação do parque, a iniciativa contou com o esforço de quatro piloteiros*, uma cozinheira e 16 pesquisadores divididos entre sete áreas temáticas (Artropodofauna, Ictiofauna, Herpetofauna, Ornitofauna, Mastofauna, Vegetação e Uso Público).

Esses profissionais levantaram dados para a caracterização preliminar dos ambientes naturais da região e vão compartilhar, toda a semana, nessa série de entrevistas, curiosidades, procedimentos de pesquisa e experiências vivenciadas em campo. Nesta edição, Gustavo Irgang, coordenador da expedição e do Programa de Conservação do Instituto Centro de Vida (ICV), nos descreve a dinâmica das atividades realizadas durante a expedição e explica a importância das informações coletadas e da elaboração do plano de manejo para o Parque Nacional do Juruena.

* Pessoa habilitada e com experiência em pilotar pequenas embarcações, como as chamadas voadeiras (barcos de alumínio com motores de popa), em rios do território brasileiro.

INTERAÇÃO QUE LEVA À EXCELÊNCIA E À AQUISIÇÃO DE BONS RESULTADOS

Entrevista com Gustavo Irgang, coordenador da Expedição Científica Juruena.

Por Denise Cunha

Nascido em Porto Alegre-RS, o geógrafo Gustavo Irgang é mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) e tem ampla experiência na área de Geografia e Ecologia, com ênfase em Geoecologia, atuando principalmente com temas ligados à análise ambiental, bacia hidrográfica, geomorfologia, geoprocessamento e ecologia de paisagem. Atualmente, é coordenador do Programa de Conservação de Áreas Protegidas do Instituto Centro de Vida (ICV) e liderou a primeira fase da Expedição Científica Juruena, realizada entre os dias 12 e 30 de novembro.

Nessa entrevista, Gustavo nos explica a finalidade, a metodologia utilizada e a importância da construção do plano de manejo para o Parque Nacional do Juruena, descrevendo também a dinâmica das atividades e a grande interação entre a equipe em campo, além de revelar os resultados alcançados e os próximos passos do trabalho.

O que é um plano de manejo?

Trata-se da lei orgânica que rege gestão de qualquer área protegida. Toda área protegida pressupõem um plano de gestão, oficialmente chamado de plano de manejo. É esse documento que vai estabelecer os códigos, as regras, a caracterização e os limites para o uso direto ou indireto daquele espaço. Assim, este é um processo legal e tecnicamente embasado. Hoje, já temos uma equipe técnica capaz de desenvolver todas as demandas institucionais da unidade e o plano de manejo vem justamente para contribuir e estabelecer a regras a esse processo daqui para frente.

Quais são as etapas e procedimento para a construção de um plano de manejo?

Estamos trabalhando no Parque Nacional do Juruena, desde muito antes de sua criação. Agora, nessa fase de implantação do parque, nos envolvemos também com a elaboração do seu plano de manejo que é o ponto de partida para a sua gestão. Estamos fazendo o diagnóstico técnico científico para esse plano. Isso vai subsidiar o próximo passo que é o planejamento dentro das atividades. Após o planejamento, partiremos para a consolidação final e elaboração do documento em si. Assim, o processo envolve toda uma evolução de atividades relacionadas ao plano de manejo. Para a sua elaboração, o ICV, com o apoio do WWF-Brasil e em parceria com o Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio), está assumindo a responsabilidade pela fase de construção do diagnóstico técnico ecológico que tem todo um roteiro metodológico já estabelecido, ou seja, trata-se de um documento do Ibama que traz a norma técnica a ser desenvolvida para o planejamento de unidades de conservação. Dentro desse código, está estabelecido que a Avaliação Ecológica Rápida (AER) seja realizada para subsidiar esse suporte técnico.

O que é a Avaliação Ecológica Rápida (AER)?

Corresponde ao processo técnico científico que tem dado bom resultado ao longo do tempo, justamente pelas suas peculiaridades. Ele foi desenvolvido nos Estados Unidos pela ONG The Nature Conservancy (TNC) para ser aplicado no resto do planeta, especialmente nas áreas de menor conhecimento e menor disponibilidade de cientistas para realização de estudos. Trata-se, basicamente, de uma estratégia de pesquisa integrada em que temos uma série de grupos temáticos que vão a campo juntos, abrangendo a mesma área, e trabalham de maneira interdisciplinar. Todo o diagnostico, no caso, é também sistematizado desde o princípio. Estabelece-se trabalhar com a AER nesse roteiro metodológico para que se possa ter um espelho fidedigno das atividades gerais. A padronização no procedimento, então, visa à ciência comparada. Assim, a AER é um método sistemático e que permite que os resultados sejam comparáveis. Como poderemos comparar, por exemplo, uma UC na Amazônia com uma UC na Mata Atlântica? Como poderíamos comparar os resultados sem esse padrão?

Quais são as dificuldades no processo de elaboração desse plano de manejo?

Uma unidade de conservação na Amazônia com as proporções do Parque Nacional do Juruena (são quase dois milhões de hectares) exige, para que tenhamos resultados minimamente satisfatórios, esforço proporcionalmente gigantesco, além de investimentos logísticos e de recursos humanos muito mais complexos e onerosos que a maioria das outras atividades de pesquisa e de inventário da biodiversidade feitas no restante do país. Temos mais dificuldades, precisamos de deslocamentos muito longos e os acessos são difíceis.

Quais foram os preparativos preliminares à expedição?

O que acaba contribuindo bastante e facilita o trabalho do pesquisador em campo é o planejamento prévio bem feito, que contempla a seleção e convocação da equipe e o estabelecimento dos detalhes logísticos. O Programa de Conservação do ICV realiza um trabalho de excelência na parte de geoprocessamento, o que se estabelece também como uma fase muito importante no planejamento: a escolha dos pontos de coleta. Trata-se de um programa de conservação cuja base está toda instalada em um banco de dados em Sistema de Informação Geográfica (SIG) que nos auxilia no estabelecimento dos pontos de coleta dentro do parque. Temos conseguido tirar muito bom proveito dessa ferramenta.

Quais são os critérios e procedimentos para a escolha dos pontos de coleta?

Todo o diagnóstico é pensado inicialmente em SIG. Pegamos toda a gama de informação secundária disponível espacialmente, sobrepomos esses dados e analisamos os padrões que encontraremos em campo, utilizando mapas e bases de dados oficiais existentes. Em seguida, trabalhamos em cima dessa informação com modelagens computacionais e análises de classificação, partindo também do princípio de que, antes da realização do diagnóstico, é preciso estabelecer unidades de paisagem. Para isso, contamos com uma inovação nesse processo, uma vez que estamos usando uma ferramenta relativamente nova na área das geotecnologias e ainda pouco utilizada: a classificação por rede neural. Desenvolvemos uma aplicação dessa técnica em nosso conjunto de dados. Nos estruturamos todo esse diagnóstico em cima dessas unidades de paisagem as quais são resultantes dessa classificação de rede neural para a nossa base de dados e, com base nisso, estruturamos as amostragens que geram dados que podem ser cruzados e, assim, gerar novos dados. Foram estabelecidas 14 unidades de paisagem com essa técnica e cada uma, por sua vez, possui, de acordo com suas particularidades, alguns sítios amostrais. Na prática, esses sítios correspondem às trilhas abertas em campo mata adentro para que o pesquisador possa se deslocar e realizar suas coletas. Esse é um processo de retroalimentação bastante interessante que não termina nunca. Quanto mais informações tivermos, melhor será a estruturação das próximas unidades de paisagem. Essa análise, então, pode ser refeita a cada momento no sentido de refinar essa informação.

Como avalia a interação da equipe multidisciplinar que compôs a expedição e como isso pode influenciar o resultado final?

Temos alguns indicadores preliminares, mas que comportam uma quantidade de dados bastante significativos o que mostra uma evolução da capacidade evolutiva do próprio grupo. Na verdade, temos um grupo que está cada vez mais focado na parte aplicada da pesquisa. Temos, no caso, uma sincronia entre os diferentes profissionais o que constrói uma grande equipe trabalhando por um objetivo comum em que todos são especialistas em sua área, mas entendem bastante o trabalho do vizinho e acabam contribuindo muito com o trabalho uns dos outros. Assim, vemos que o pesquisador acaba obtendo muita informação direta coletada pelo colega que sempre traz do campo mais um resultado que engrandece a atividade do companheiro e não somente a sua. Isso comprova que estamos realizando um trabalho coletivo por excelência, o qual é também diferente, possibilitando alcançar resultados ainda melhores.

Qual sua avaliação final do trabalho?
Ainda não concluímos exatamente o processo de triagem do material coletado, mas, pela reação dos diferentes técnicos e especialistas que participaram, temos praticamente uma validação prévia dessas unidades de paisagem como resultado básico do nosso diagnóstico. Encontramos diferenças significativas entre elas e recebemos informações diretas dos especialistas presentes na expedição que nos deixa bastante felizes com o resultado atingido. Já temos evidências de várias novidades científicas, como espécies ainda não classificadas. Temos também ocorrências novas tanto para a região como para o estado do Mato Grosso. Mas isso tudo ainda demanda um grande trabalho pela frente até que chegamos a alguma coisa conclusiva nesse sentido. No mais, eu fico mais feliz quando uma especialista me diz que desconhece a espécie do que quando ele a identifica com facilidade. Quando eu ouço “não sei” é que eu acho que a coisa está realmente evoluindo.

Qual avaliação quanto à parceria entre o IVC, WWF-Brasil e o ICMBio e quais as suas expectativas quanto a essa relação?

Estamos conseguindo desempenhar uma parceria bem aberta e franca desde o início do processo. E é parceria mesmo, muito diferente das relações que vemos com freqüência em que um paga as contas, outro executa e outro fiscaliza. Na verdade, as três instituições trabalham, de fato, juntas desde antes da criação do parque. Isso é excelência. E muito já foi feito. Logo após a criação do parque, nos realizamos uma grande expedição em conjunto, envolvendo também várias outras instituições que teriam alguma relação com a região. Foi nessa época que ficou decidido que o ICV realizaria as atividades relacionadas à elaboração do plano de manejo. Assim, trabalhamos em conjunto na estruturação da proposta por aproximadamente seis meses. Foi uma construção coletiva. Todo o processo está sendo assim e tenho certeza que continuará nesse ritmo.

Quais os próximos passos?

Como executores diretos das atividades, temos, no mínimo, mais um passo grande a ser dado que é a segunda fase do diagnóstico em campo. Pretendemos dobrar a quantidade de informação adquirida nessa primeira fase. Isso é o que se espera naturalmente para que tenhamos um conhecimento mínimo da área, pois, mesmo com todo o êxito que estamos tendo com o trabalho, precisamos de pelo menos o dobro de informações obtidas até agora para darmos conta do planejamento. A fase dois do diagnóstico, cuja expedição contemplará a parte Norte do parque, deve ser realizada entre os meses de fevereiro e março. Teremos, então, uma boa chance de agregarmos um número de informações significativo em cima dessa riqueza que já temos.

+ Mais

Expedição científica em floresta do Pará verifica degradação e identifica espécies ameaçadas

16 Jan 2008 - A travessia na balsa do rio Tapajós marcou o fim da expedição científica na Terra do Meio, que revelou ações predatórias e criminosas na região e identificou espécies ameaçadas. Foram 21 dias de pesquisas na Floresta Nacional (Flona) de Altamira, unidade de conservação federal com 712 mil hectares que integra o Distrito Florestal da BR-163, rodovia que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) e é um dos maiores eixos de desmatamento na Amazônia.

Composta por 15 pesquisadores e 24 integrantes do 53º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) do Exército Brasileiro, a expedição científica, realizada entre os dias 19 de novembro e 08 de dezembro, foi uma parceria entre o Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e WWF-Brasil.

O objetivo da iniciativa foi realizar o levantamento de dados para a Avaliação Ecológica Rápida (AER). A avaliação ecológica rápida é uma metodologia de inventariamento que busca, através de organismos bio-indicadores, a caracterização de aspectos ecológicos, tais como riqueza, abundância, diversidade de espécies, em curto espaço de tempo. Os grupos escolhidos como bio-indicadores no estudo do mosaico de unidades de conservação da Terra do Meio foram anfíbios, répteis, aves, mamíferos, peixes e flora.

Esse estudo é o primeiro passo para a construção do plano de manejo da Flona de Altamira, criada em 1998. "O plano de manejo é um retrato da área e apontará caminhos para a gestão e a sustentabilidade dessa unidade de conservação. Até o final de janeiro, teremos um relatório técnico sobre o que foi observado e coletado na região", afirma Roberto Antonelli Filho, consultor de técnicas para Avaliação Ecológica Rápida do WWF-Brasil e coordenador científico da expedição.

A partir da cidade de Itaituba (PA), a equipe da expedição seguiu para a Flona por duas estradas que marcaram a história da Amazônia - a Transamazônica (BR-230) e a Cuiabá-Santarém (BR-163) -, passando também pelo Parque Nacional do Jamanxim. No quilômetro trinta da BR-230, uma placa meio apagada sinalizava que ali era o encontro da Transamazônica com a Cuiabá Santarém. Foram cerca de quinze horas para vencer os trechos sem asfalto das duas estradas entre Itaituba e a Floresta Nacional.

Degradação
Problemas ambientais e sociais foram percebidos durante toda expedição. Os pesquisadores encontraram coletores de cipó em situação de trabalho análogo à escravidão, pecuária como base para a invasão de terras públicas, extração de madeira e garimpo ilegais. Estradas e ramais para a retirada de madeira cortavam toda a porção Sul da Flona.

A degradação deixou a equipe botânica apreensiva sobre as condições da mata na região. "A exploração de madeira parece estar acontecendo há mais de dez anos. A floresta nessa região está muito degradada", afirmou Antônio Sérgio Lima da Silva,e pesquisador do Museu Emílio Goeldi. Além da presença de madeireiros, algumas fazendas indicavam o começo de uma ocupação irregular dentro da unidade de conservação.

Um garimpo de cassiterita abandonado também foi encontrado durante a expedição. A atividade deixou uma cratera de mais de um quilômetro de comprimento na floresta. "Impressionante a rapidez com a qual os garimpeiros se instalaram. Nos primeiros sobrevôos que fizemos, em março de 2007, não existia essa atividade na região", diz Antonelli. Os garimpeiros foram notificados pela chefe da Flona, Naiana Menezes, na semana anterior à chegada dos pesquisadores e só deixaram a região após a intervenção do exército.

Espécies ameaçadas de extinção
Apesar da degradação, o entorno do garimpo abrigava uma porção ainda relativamente preservada de floresta densa, cujo dossel ("teto" da floresta) tem até 25m, com algumas árvores se destacando na mata ao alcançar até 40m de altura. Uma onça-suçuarana (Puma concolor) surpreendeu os pesquisadores. Especialista em mamíferos, Frederico Genésio Lemos, avistou e conseguiu registrar o animal. "Estávamos caminhando na estrada para entrar na trilha da floresta, quando algo pulou na frente da gente. Era uma onça-parda. Consegui fotografar, mas ela logo se assustou e voltou para o mato", diz Frederico Lemos, pesquisador de mastofauna.

Além da onça, a expedição conseguiu registrar espécies ameaçadas de extinção, como um grupo de ararajubas (Guaruba guarouba). Cerca de seis espécies diferentes de macacos também foram encontradas, como o sauá (Callicebus moloch) e um mico-branco (Callithrix cf. chrysoleuca).

Uma Amazônia sem água foi outra surpresa para os integrantes da expedição. A região estava no auge da estiagem e grande parte dos cursos de água que formam as cabeceiras dos igarapés da Flona estava seco. O período de inverno, como é conhecida a estação de chuvas mais intensas na Amazônia, parecia aparentemente atrasado.

A falta de água dificultou o dia-dia nos acampamentos. Durante a primeira semana foi preciso que um caminhão-pipa fizesse o abastecimento. A água foi transportada de Morais de Almeida, distrito de Itaituba, o povoado mais próximo da Flona. "Foi uma experiência inédita. Nunca havia enfrentado a seca dentro de uma unidade de conservação na Amazônia", afirma Marisete Catapan, coordenadora da expedição pelo WWF-Brasil.

Igarapés secos deixaram em alerta os especialistas em anfíbios. "Foi um ponto negativo, pois cursos d’água são sítios de reprodução de muitos bichos. A seca seria um fator determinante para podermos prever que não encontraríamos alguns animais que dependem de ambientes mais úmidos", afirmou Crisalda de Jesus Lima, pesquisadora de répteis e anfíbios do Museu Emílio Goeldi. Apesar das primeiras semanas sem chuva, a equipe de herpetologia conseguiu registrar no terceiro acampamento espécies importantes, como o sapo arlequim da Amazônia (Atelopus spumarius). "Foi uma boa surpresa e um ótimo indicador de área preservada", afirmou Lima.

Infra-Estrutura
A parceria com o Exército foi fundamental para a segurança e agilidade nos trabalhos. Eles foram responsáveis pela logística e transporte dentro da Flona. A infra-estrutura montada pelo Exército nos acampamentos surpreendeu a todos. Banheiros, chuveiros e camas foram pequenos luxos que amenizaram as dificuldades do dia-a-dia na mata amazônica e ajudaram no bom rendimento das pesquisas.

Um dos serviços fundamentais do Exército foi a abertura de trilhas. Esses caminhos na floresta, definidos previamente pela coordenação científica da expedição, liderada por Roberto Antonelli Filho, foram a base de grande parte das pesquisas de campo. Os conhecimentos da equipe de infantaria de selva do 53º BIS também ajudaram os biólogos a encontrarem rastro de animais e tocas.

Ao final da terceira semana, uma reunião técnica na sede do 53º Bis, em Itaituba, comemorou o sucesso das pesquisas. O material recolhido durante a expedição irá integrar as coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Marcas na história
Abertas nas décadas de 60 e 70 pelo governo, as rodovias Transamazônica (BR-230) e a Cuiabá-Santarém (BR-163) cortaram grandes trechos de floresta intocada. A idéia era atrair colonos à região Norte do país. Foi o auge da política de levar "homens sem terra, para uma terra sem homens", que culminou no deslocamento de grandes massas de migrantes do Sul e Nordeste para a Amazônia. Desmatamento e o agravamento de conflitos sociais foram alguns dos desdobramentos negativos do projeto. Essas conseqüências fizeram com que o Governo Federal adiasse durante décadas o asfaltamento completo dessas rodovias.

Em 2004, um plano sustentável para a pavimentação da BR-163, proposto por integrantes da sociedade civil e Ministério do Meio Ambiente, foi o propulsor para a criação de oito Florestas Nacionais na região. A esperança é que essas unidades de conservação promovam o uso sustentável da floresta e contenham o desmatamento ilegal. Os estudos feitos pela expedição na Flona de Altamira vão dar suporte a essa possível mudança de futuro para a Amazônia.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.