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PROTESTO CONTRA FÁBRICAS DE CELULOSE CHEGA A BUENO AIRES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

14 de Janeiro de 2008 - Ana Luiza Zenker* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Membros da Assembléia Ambientalista da cidade argentina de Gualeguaychú farão amanhã (15) um protesto contra as fábricas de celulose às margens do rio Uruguai em Buenos Aires, capital da Argentina. É o que afirmou hoje (14) à agência argentina Telam um porta-voz da assembléia, José Pouler.

“A idéia é distribuir folhetos no terminal da empresa Boquebús, junto às Assembléias do Povo, para que os turistas que viajam por essa via até o Uruguai conheçam o efeito futuro das fábricas daquele país”, explicou Pouler.

Os manifestantes de Gualeguaychú, no estado argentino de Entre Ríos, e de assembléias portenhas partirão ao meio-dia (horário local) para “demonstrar que a luta continua” contra a finlandesa Botnia e outras fábricas de celulose projetadas, acrescentou. “Vamos entregar folhetos da [organização ambientalista uruguaia] Unam sobre o porquê do não á fábrica e um folheto próprio com o plano da localização das outras duas unidades no Uruguai”, disse o porta-voz.

As três fábricas de celulose são a espanhola Ence, que aceitou mudar sua localização, Botnia, já em funcionamento em frente a Gualeguaychú, e a também finlandesa Stora Enzo, no estado uruguaio de Durazno, “onde já compraram terrenos para reflorestar”, afirmou.

“O plano mostra que, por sua localização, o efeito combinado [sobre o meio ambiente] das três fábricas alcançará um raio de 100 quilômetros na redondeza, em áreas do Uruguai e da Argentina com mais de 20 milhões de habitantes”, assegurou Pouler. O porta-voz da Assembléia de Gualeguaychú destacou que “a luta continua porque a controvérsia não terminou”.

“Está demonstrado que a solução é política. Os governos de Tabaré [Vázquez, presidente uruguaio] e Cristina [Kirchner, presidente argentina] podem solucionar a controvérsia quando deixarem de jogar às escondidas, como têm feito até agora”, afirmou.

Enquanto em Gualeguaychú persiste o bloqueio ininterrupto das estradas para o Uruguai, Pouler disse que entre hoje e amanhã os ambientalistas de Concordia poderiam reiniciar cortes transitórios e os de Colón retomarão esta noite bloqueios rotativos.

No caso de Colón, poderia ser iniciado outro corte de passagem por tempo indeterminado, caso as diversas assembléias que participam do protesto entrem em acordo. Comerciantes de Colón cujas vendas dependem dos turistas rechaçam os bloqueios por tempo indefinido entre esta cidade de Entre Ríos e a uruguaia Paysandú.

Pouler informou ainda que hoje será realizada uma reunião regional, de participantes das assembléias tanto argentinos quanto uruguaios, a fim de projetar medidas em suas cidades de origem para o dia 26 de janeiro, Dia Mundial de Luta contra a Globalização.

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Em Buenos Aires, ambientalistas protestam contra construção de fábricas de celulose

15 de Janeiro de 2008 - Ana Luiza Zenker* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ambientalistas do estado argentino de Entre Ríos distribuíram hoje (15) folhetos sobre “a poluição das fábricas de celulose do Uruguai” a turistas que embarcavam com destino a Montevidéu, partindo do terminal de Boquebús, em Puerto Madero, na capital da Argentina, Buenos Aires.

“O protesto é tranquilo já que, depois de pequenos incidentes, deixaram entrar no terminal 40 manifestantes de diversos grupos depois do meio-dia [horário local]”, disse o porta-voz da Assembléia Ambientalista da cidade de Gualeguaychú, José Pouler.

De acordo com informações da Agencia Telam, também participaram da manifestação integrantes das Assembléias do Povo da Capital Federal, Córdoba e Catamarca, trabalhadores do cassino flutuante em conflito por causa de demissões, uma militante do Movimento dos Sem Terra (MST) do Brasil, grupos estudantis e partidos de esquerda.

Apesar de um acordo prévio sobre a forma de protesto, membros da prefeitura naval impediram inicialmente a entrada dos manifestantes e “houve pequenos incidentes, que não passaram de empurrões, mas logo autorizaram a passagem de 40 [manifestantes]”, disse Pouler.

O folheto distribuído destacava, em um mapa, a localização de três fábricas de celulose no Uruguai: a finlandesa Botnia, que funciona na cidade uruguaia de Fray Bentos, em frente a Gualeguaychú, e as projetadas Ence, espanhola, e Stora Enzo, finlandesa.

“O plano mostra que, por causa de sua localização, o efeito combinado [sobre o meio ambiente] das três fábricas abarcará um raio de 100 quilômetros em volta, em áreas do Uruguai e da Argentina, com mais de 20 milhões de habitantes”, assegurou Pouler. As três fábricas foram projetadas para serem construídas à margem do rio Uruguai, que faz a divisa entre os dois países.

O porta-voz da Assembléia de Gualeguaychú sublinhou que “a luta continua porque a controvérsia não terminou” e pediu uma “solução política” aos governos dos presidentes Tabaré Vázquez, do Uruguai, e Cristina Kirchner, da Argentina.

O protesto em Puerto Madero foi apoiado pelos ambientalistas da cidade argentina de Colón com bloqueios na ponte Artigas, que une a cidade com a vizinha uruguaia Paysandú. Enquanto isso, em Gualeguaychú continua o bloqueio da fronteira por tempo indeterminado. A ponte de Salto Grande, que une as cidades de Concordia, na Argentina, e Salto, no Uruguai, permaneceu aberta.
*Com informações da agência argentina Telam.

 
 

Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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