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VITÓRIA! BUNGE ROTULA ÓLEOS SOYA COMO TRANSGÊNICOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Janeiro de 2008

14 de Janeiro de 2008 - Greenpeace denuncia os óleos Liza e Soya, líderes de mercado no Brasil, como sendo produzidos com soja transgênica e exige sua rotulagem conforme lei federal de 2003.
São Paulo, Brasil — Iniciativa acontece depois de ação judicial do Ministério Público de SP, baseada em denúncia feita pelo Greenpeace em 2005.

Começaram a chegar às prateleiras dos supermercados brasileiros os primeiros produtos rotulados como transgênicos desde que a lei de rotulagem entrou em vigor em 2004. O óleo Soya, um dos mais vendidos do mercado brasileiro, é o primeiro a ostentar o símbolo de produto geneticamente modificado (uma letra T no meio de um triângulo amarelo) no país. A embalagem também traz o aviso: “Produto produzido a partir de soja transgênica”.

A rotulagem do óleo Soya em todo o território nacional só aconteceu graças à denúncia que o Greenpeace fez em outubro de 2005, comprovando que a soja usada pelas empresas Bunge (fabricante do óleo Soya) e a Cargill (fabricante do óleo Liza) era geneticamente modificada. Em setembro do ano passado, o Ministério Público de São Paulo se baseou na denúncia do Greenpeace para entrar na Justiça com uma ação civil pública exigindo a rotulagem de ambos os produtos.

“É uma tremenda vitória, mas ainda há muito o que fazer. As margarinas e maioneses da marca Soya, por exemplo, não estão rotuladas ainda”, afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, lembrando ainda que a Cargill também foi citada na ação judicial mas não rotulou nenhum de seus óleos e demais produtos.

O Greenpeace entrou em contato com a Bunge para saber a extensão da rotulagem nos produtos da empresa e recebeu a seguinte resposta do diretor de Comunicação Corporativa, Adalgiso Telles: “Como nós entendemos que pode eventualmente haver alguma preocupação por parte de alguns consumidores em relação à presença de transgênicos, resolvemos agir pró-ativamente e rotular nosso óleo de cozinha Soya, mesmo sabendo que os óleos vegetais não contêm nem 1% de componente transgênico, porcentagem a partir da qual a lei exige a rotulagem, para melhor atender consumidores que considerem isso relevante.”

Gabriela Vuolo considera bom ver a Bunge colocando em prática o respeito ao consumidor. Mas faz ressalvas.

“Só é uma pena que para isso se tornar realidade tenha sido preciso acionar a Justiça e esperar mais de dois anos da nossa denúncia", ressaltou Vuolo. “Agora, é fundamental que a empresa continue tendo uma postura ética e informe seus consumidores sobre a presença de transgênicos nos outros produtos da linha Soya e nas suas outras marcas, como Primor, Salada e Delícia. Só assim os brasileiros vão poder realmente exercer seu direito de escolha, que é garantido por lei."

A denúncia do Greenpeace aconteceu em outubro de 2005, quando cerca de 20 ativistas foram à Brasília entregar ao governo um dossiê que comprovava a utilização de soja transgênica na fabricação dos óleos Soya e Liza (da Bunge e Cargill, respectivamente), marcas líderes do setor. Os ativistas desceram a rampa do Congresso Nacional empurrando 20 carrinhos de supermercado cheios de latas de óleo da Bunge e da Cargill, e se posicionaram próximos à entrada da Câmara dos Deputados enquanto a denúncia era entregue aos parlamentares. Posteriormente, a denúncia foi encaminhada a diversas representações do Ministério Público e aos ministérios da Justiça, Agricultura, Ciência e Tecnologia, e Meio Ambiente.

As evidências contidas no dossiê comprovam a utilização da soja transgênica pela Bunge e pela Cargill na fabricação de diversos produtos, como os óleos Soya, Liza, Primor e Olívia, e a falta de rotulagem dos produtos oferecidos ao consumidor. O material continha amostras de soja, documentos e o seguinte vídeo:

De acordo com o decreto de rotulagem, todos os produtos fabricados com mais de 1% de organismos geneticamente modificados devem trazer essa informação no rótulo. Isso vale mesmo para produtos como o óleo, a maionese e a margarina, em que não é possível detectar o DNA transgênico.

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Carta aberta por uma CTNBio menos comprometida

16 de Janeiro de 2008 - São Paulo, Brasil — Organizações da sociedade civil divulgaram documento pedindo critérios que evitem casos de conflito de interesses na Comissão.

Organizações da sociedade civil enviaram nesta quarta-feira uma carta aberta ao Ministério da Ciência e Tecnologia, à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), à Academia Brasileira de Ciência e à Comissão Ad hoc instituída pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) pedindo a adoção de critérios na seleção dos nomes para a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para evitar casos de conflitos de interesses como os existentes atualmente.

A comissão instituída pelo MCT para indicar 12 dos 27 membros da CTNBio reuniu-se nesta quarta-feira em Brasília para elaborar uma lista tríplice com sua indicação dos novos membros da CTNBio.

As organizações da sociedade civil solicitam que essa comissão do MCT leve em consideração, nas indicações, a existência de conflitos de interesse e também a necessidade de indicações que contemplem todas as áreas de atuação previstas em lei (saúde humana, saúde animal, vegetal e ambiental).

Para a sociedade civil, a CTNBio não observou adequadamente nos últimos dois anos a questão dos conflitos de interesse. Vários membros da CTNBio atuam em pesquisas de desenvolvimento comercial de organismos transgênicos ou mesmo em projetos financiados por empresas de biotecnologia, e ainda assim participaram da análise de processos de liberação comercial de transgênicos.

Também foi questionado o fato de que nenhum dos especialistas em meio ambiente indicados anteriormente pelo MCT tinha notório saber científico e efetivo saber profissional na área ambiental, conforme exige a Lei de Biossegurança (artigo 11, inciso I). A falta desses cientistas compromete a avaliação de riscos ambientais.

Na avaliação das entidades, boa parte da controvérsia bem como das disputas judiciais que envolvem a atuação da CTNBio resulta de sua composição, mais ligada à promoção dos transgênicos do que da biossegurança e do princípio da precaução.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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