Febre Amarela:
o macaco é guardião da saúde
humana!
Brasília (22/01/08) - A febre amarela pode
apresentar dois ciclos distintos. A chamada febre
amarela urbana, erradicada no Brasil na década
de 40. E a febre amarela silvestre, que existe apenas
em áreas florestais e de cerrado de alguns
estados. Além dos locais de ocorrência
da doença nas formas urbana e silvestre,
há também uma diferença nos
participantes de cada ciclo.
A febre amarela urbana tem como
hospedeiro o homem e o mosquito transmissor é
o Aedes aegypti, porém não há
casos da doença na forma urbana desde 1942.
Já a febre amarela silvestre tem como principal
hospedeiro os primatas não-humanos, como
os macacos e os mosquitos transmissores pertencem
ao gênero Haemagoggus e Sabethes, que vivem
nas florestas. Nesse ciclo, o homem é um
hospedeiro acidental, sendo infectado quando entra
nas regiões onde há transmissão.
As medidas recomendadas pelo Ministério
da Saúde em relação à
febre amarela silvestre são a vacinação
das pessoas que poderão ser expostas ao vírus
e o monitoramento de casos em primatas.
Desta forma, a morte de macacos
(epizootias) representa um alerta para o aparecimento
de casos de febre amarela em humanos. Por isso,
é fundamental o monitoramento da morte destes
animais para a vigilância e controle da febre
amarela.
O macaco é um sentinela,
o guardião da saúde humana e não
um vilão! É ele quem irá sinalizar
como a doença está se comportando
no ambiente silvestre, se há o risco de contaminação
dos seres humanos. Não há transmissão
direta da febre amarela do macaco para o ser humano,
do ser humano para outro ser humano, pois a presença
do mosquito (vetor) é necessária para
o ciclo da doença.
As mortes de macacos no Distrito
Federal estão sendo monitoradas através
da rede integrada de Vigilância de Epizootias
com a participação das seguintes instituições
públicas em reuniões semanais: Secretaria
de Saúde do Governo do Distrito Federal (DIVAL
e DIVEP), Ibama (Fauna/SUPES/DF), ICMBIO (Parque
Nacional de Brasília), EMATER, CPMA e Jardim
Zoológico de Brasília.
Ao encontrar um animal morto no
Distrito Federal, não manipular o animal
(pelo risco de outras doenças e não
febre amarela) e comunicar de imediato a Diretoria
de Vigilância Ambiental (telefone: 3341.16.82)
de 2ª a 6ª feira de 8 às 17horas.
De 2ª a 6ª feira após às
17 horas, nos finais de semana e feriados comunicar
a Polícia Militar Ambiental (telefones: 3301.81.40).
Animais vivos, saudáveis,
sadios e soltos deverão permanecer em seu
habitat natural. A população deve
ser conscientizada da importância dessa permanência
para o bem-estar animal e do ser humano, como descrito
acima. Portanto, a captura desses animais não
é recomendada.
Cabe ao Ibama, através
do CETAS, a triagem e destinação dos
animais vivos oriundos de entrega voluntária,
resgate e fiscalização (no DF, telefones:
3034-5242/62). Receber as denúncias de animais
em cativeiro através da Linha Verde (0800-618080).
E cabe a todos os servidores e funcionários
o papel de educadores, disseminando de informações
corretas sobre a doença e o macaco.
Lilian Ferreira de Sousa
Mat. 1572426
Analista Ambiental
SEFAU/IBAMA/DF
Fontes:
Relatório da 3a Reunião de Epizootias
10/01/08.
Perguntas e Respostas sobre a Febre Amarela Diretoria
da Vigilância Epidemiológica do Distrito
Federal.
Manual de Vigilância Epidemiológica
da Febre Amarela. Ministério da Saúde.
Manual de Vigilância de
Epizootias de Primatas Não-Humanos. Ministério
da Saúde.
Para outras informações,
acessar os sites a seguir:
Secretaria de Saúde do
Distrito Federal www.saude.df.gov.br
Ministério da Saúde/Secretaria
de Vigilância em Saúde www.saude.gov.br/svs
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária www.anvisa.gov.br
Organização Mundial de Saúde
www.who.int