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ATIVISTAS PEDEM QUE PF INVESTIGUE CASO DE AMBIENTALISTA MORTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

18 de Janeiro de 2008 - Petterson Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Os motivos que levaram ao assassinato do ativista ambiental Mário Pádia de Oliveira ainda não foram esclarecidos pela polícia, mas já dividem a opinião dos representantes de organizações não-governamentais (ONG´s) ligadas ao meio ambiente.

Oliveira era membro da ONG Guerrilheiros do Itapeti - que luta contra a instalação de um aterro sanitário regional no Bairro do Taboão, em Mogi da Cruzes (SP) - e foi encontrado morto com vários tiros próximo a um lixão localizado numa estrada da cidade na quarta-feira da semana passada (9).

O presidente da ONG, Mário Berti Filho, disse que os ativistas não tem posição unânime sobre o caso e reclama de impunidade.

“Estamos divididos [com relação aos motivos que levaram ao crime], não dá para falar antes de investigar, é prematuro. Nessa região já teve dois assassinatos de vereadores e ficou por isso mesmo, a impunidade parece que impera”.

Berti afirmou que alguns ativistas acreditam na hipótese de crime político e já solicitaram que a Polícia Federal também participe da investigação.

“Na quarta-feira [16], esteve um pessoal da conexão das águas [do Instituto Vitae Civilis], de São Paulo, e protocolamos um pedido à Polícia Federal em São Paulo que entre no circuito [investigue o caso] porque tem condições de resolver. Eles [conexão das águas] consideram que foi crime político, embora a polícia de Mogi das Cruzes já tenha descartado essa hipótese em dois dias de investigação.”

A assessoria de comunicação da Polícia Federal de São Paulo informou que, pedidos como este, são analisados sob sigilo e que não há prazo para conclusão da solicitação.

Em nota, o Instituto para Defesa da Vida, entidade que luta contra a instalação de aterros sanitários e lixões e recebia apoio de Oliveira, “considera ser competência da Polícia Federal investigar crimes políticos de repercussão nacional e reflexos internacionais que podem colocar em risco a imagem do país e os interesses da União junto a organismos de direitos humanos das Nações Unidas”.

Para o secretário geral do Instituto, Leonardo Aguiar Morelli, se trata de crime político. “Envolve a disputa pela questão do lixo em São Paulo, está em discussão no Conselho Estadual do Meio Ambiente o licenciamento para ampliação dos lixões em São Paulo e pela atuação que o Mário tinha conosco [na luta contra os lixões e aterros sanitários].”

A empresa Queiroz Galvão afirmou que mantém o interesse na instalação do aterro sanitário de Mogi das Cruzes e que não vai se pronunciar sobre a morte do ativista. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou que o processo de construção precisa de licenciamento ambiental e está suspenso pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

A secretaria solicitou mais esclarecimentos sobre o projeto à Queiroz Galvão e deu um prazo de 180 dias. A empresa, segundo a assessoria, tem até junho para apresentar os esclarecimentos solicitados.

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Para delegado, assassinato de ambientalista não foi crime político

18 de Janeiro de 2008 - Petterson Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O assassinato do ativista ambiental Mário Pádia de Oliveira que aconteceu na semana passada na cidade de Mogi das Cruzes, a 50 quilômetros da capital paulista, está praticamente descartado como crime político. As informações são do delegado titular do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Biló.

Segundo o delegado, a apuração do crime está bastante adiantada. Ele evitou dar detalhes sobre as investigações alegando que as informações podem atrapalhar o andamento do caso.

“Para nós é quase nula [a possibilidade de crime político], mas não podemos descartar por completo porque tem um mandante por trás. A vítima já tinha sido presa antes, teve envolvimento com pessoas dentro do sistema penitenciário e tinha sofrido um atentado antes de entrar para a ONG [organização não-governamental]”, disse Biló.

De acordo com o delegado, Oliveira já cumpriu pena de seis anos e seis meses e teve passagens por roubo, porte de entorpecentes e lesão corporal dolosa.

Oliveira era conhecido como “Doutor Morte”, apelido que ganhou depois que passou a se vestir com roupas pretas e com desenhos de um esqueleto, durante as manifestações da ONG Guerrilheiros do Itapeti contra a instalação de um aterro sanitário regional no Bairro do Taboão, em Mogi da Cruzes.

Ele era membro da ONG e foi encontrado morto com vários tiros próximo a um lixão localizado numa estrada da cidade na quarta-feira da semana passada (9).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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