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ESPECIALISTA DIZ QUE BRASIL PRECISA REPENSAR POLÍTICAS PARA A AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

24 de Janeiro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indicam a retomada do desmatamento na Amazônia, com a derrubada de 3.235 quilômetros quadrados da floresta de agosto a dezembro de 2007, mostram que as políticas públicas aplicadas na região ainda precisam de ajustes.

A avaliação é do professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Paulo Artaxo.

“O governo brasileiro ainda não conseguiu mecanismos para ordenar o desenvolvimento da região amazônica”, afirmou hoje (24) o especialista em entrevista à Agência Brasil.

Mesmo ressaltando que o principal responsável pelo efeito estufa é a queima de combustíveis fósseis em países desenvolvidos, Artaxo considera que a volta do desmatamento em níveis elevados tem efeitos negativos para o Brasil nas negociações internacionais sobre emissão de dióxido de carbono.

“O Brasil tem que fazer a sua lição de casa e reduzir o desmatamento, e não simplesmente queimar a floresta e jogar para o ar sua rica biodiversidade”, disse o membro do IPCC.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou que o desmatamento detectado na Amazônia nos últimos cinco meses apresenta características de corte raso, ou seja, de derrubada das árvores para formação de pastagens, e não de queimadas. Segundo Artaxo, isso não diminui, mas “agrava” a dimensão do problema, por reforçar a ocupação desordenada na região.

Para o especialista, maior eficiência na fiscalização e na proteção ambiental da Amazônia dependeria de estratégias que privilegiem agentes locais.

“O foco tem que ser em políticas implementadas junto aos governos municipais, que têm contato mais próximo com os problemas da floresta. Sem eles participarem de forma efetiva, fica difícil conter a devastação”.

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Governo não permitirá expansão agrícola à custa de desmatamento, diz líder

24 de Janeiro de 2008 - Priscilla Mazenotti - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou hoje (24) que o governo não permitirá "em hipótese alguma" a expansão de fronteiras agrícolas à custa de desmatamento.

"Temos uma visão clara de que é estratégico para o país a preservação da Amazônia. Hoje ninguém pode falar em qualquer projeto de desenvolvimento que não tenha como primeiro grande item a questão da visão de sustentabilidade", comentou.

Ele lamentou os números divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam um desmatamento na região amazônica superior a 3,2 mil quilômetros quadrados entre agosto e dezembro de 2007, o que equivale a cerca de 320 mil campos de futebol.

Os dados acenderam o sinal de alerta no governo principalmente porque o índice de desmatamento amazônico vinha em decréscimo nos últimos dois anos. Entre agosto de 2006 e agosto de 2007, foi registrada a segunda menor taxa de desmatamento anual da história da Amazônia.

"O nosso governo tem um resultado muito positivo na área de combate ao desmatamento na Amazônia, mas no último semestre, infelizmente, os sinais são que essa questão voltou a piorar e vamos tomar medidas", disse Henrique Fontana.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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