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GOVERNO DO MATO GROSSO CONTESTA DADOS SOBRE DESMATAMENTO NO ESTADO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

24 de Janeiro de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ao divulgar que o Mato Grosso foi o estado que teve a maior área desmatada entre agosto e dezembro do ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi “irresponsável” e “precipitado”, na avaliação do secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Daldegan. Ele diz que o governo não acredita nos dados do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) e aponta que já houve erros anteriores.

Segundo Daldegan, em novembro do ano passado, o governo do estado foi a campo para verificar dados do Deter, e chegou à conclusão de que apenas 20% das informações condiziam com a realidade. “Não é uma briga de dados, queremos ter a certeza de onde estão ocorrendo os desmatamentos para que possamos, com o governo federal, implementar as políticas necessárias”, afirma.

O secretário garante que o Mato Grosso é o estado que mais contribui na redução do desmatamento. Ele também argumenta que, durante todo o ano passado, foram verificados 2,5 mil quilômetros quadrados de desmatamento no estado, enquanto o Inpe constatou, apenas nos últimos cinco meses do ano, a devastação de 1,7 mil quilômetros quadrados em Mato Grosso.

De acordo com Daldegan, o governo do estado deve se reunir nos próximos dias com o Inpe para aferir os dados. “Temos de corrigir essas questões para que possamos ter uma ação de controle. Não posso mandar uma equipe para uma área, e, ao chegar lá, verificar que não foi um desmatamento deste ano. Não podemos perder esse tempo, este dinheiro todo”, acrescenta.

Ele lembra que o governo do estado está construindo o Plano Estadual de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas e garante que o combate ao desmatamento ilegal é está em primeiro lugar na política ambiental do estado.

Daldegan também não dá crédito a avaliações que relacionam o aumento do desmatamento com a subida do preço da carne e da soja na região. “É muito precipitado dizer que aumentou o desmatamento por causa dos commodities. Temos polígonos de desmatamento em assentamentos, onde não há plantação de soja”, argumenta.

Ele também explica que o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do país, tem autorização para desmatar na região. “Se ele tem licenciamento para desmatar dentro da legalidade, que erro ele está fazendo? Qualquer um que desmatar ilegalmente vamos coibir, mas quem tem esse direito vai ser respeitado”, afirma.

Dados divulgados ontem (23) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Inpe apontam um desmatamento na região amazônica de 3.235 quilômetros quadrados entre agosto e dezembro de 2007. A maior parte dos desmatamentos detectados no período se concentrou em três estados: Mato Grosso (53,7% do total desmatado), Pará (17,8%) e Rondônia (16%).

Mais da metade dos municípios que terão prioridade para ações de prevenção e controle do desmatamento, estão no Mato Grosso. O estado também conta com o primeiro colocado da lista: Alta Floresta, seguida da paraense Altamira.

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Lula deve se reunir com representantes de municípios com altos índices de desmatamento

24 de Janeiro de 2008 - Yara Aquino e Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser reunir com governadores e prefeitos de municípios que respondem pelos maiores índices de desmatamento do país. A informação é da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje (24) de reunião de emergência para discutir o crescimento dos índices de desmatamento na Amazônia.

Os 36 municípios que juntos respondem por 50% da área desmatada em 2007 estão nos estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas.

A ministra lembrou já ter enfrentado problemas com o governo de Rondônia durante uma ação integrada de fiscalização no estado.

"Estávamos com uma operação com apoio da polícia ambiental do estado e agentes federais em um número pequeno. O governador deu uma ordem unida para que os 45 policiais militares nos deixasse completamente à deriva. Isso já tem acontecido em outros estados, inclusive no Mato Grosso."

A reunião no Palácio do Planalto foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após ser anunciado ontem (23) que houve crescimento nos índices de desmatamento da Amazônia, principalmente nos meses de novembro e dezembro do ano passado.

Além de Marina Silva, participaram da reunião os ministros Reinhold Stephanes, da Agricultura; Tarso Genro, da Justiça; Nelson Jobim, da Defesa; Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário; Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia, e Dilma Roussef, da Casa Civil.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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