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MARINA SILVA DESTACA CERTIFICAÇÃO DE MADEIRA NA GARANTIA DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

21 de Janeiro de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu hoje (21), em Manaus, a utilização de madeira certificada para a fabricação de móveis e artefatos em geral como forma de garantir a sustentabilidade desejada ao meio ambiente do país. Ela destacou o empenho do governo brasileiro nesse sentido e disse que a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas e a criação do Serviço Florestal Brasileiro e do Instituto Chico Mendes foram passos dados rumo à promoção do manejo e da certificação florestal no Brasil.

"Quando assumimos em 2003, existiam cerca de 300 mil hectares de floresta certificada. Hoje já são 3 milhões de hectares de floresta certificada. Queremos fazer com que todos os que utilizam a madeira, desde os pequenos artefatos até grandes construções, trabalhem com madeira que seja oriunda de um manejo florestal adequado para que ela possa ser certificada", afirmou. Cada hectare corresponde à área de a um campo de futebol.

Marina Silva esteve na capital amazonense para conhecer o trabalho de instituições que utilizam madeira certificada em sua rotina de trabalho, como a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) – organização não-governamental que, desde 1998, ensina jovens carentes da zona leste de Manaus a fabricar instrumentos musicais de corda. Por meio do curso básico de lutheria, meninos e meninas aprendem a fazer esse tipo de construção com a utilização de madeiras certificadas pelo selo verde FSC (sigla em inglês, que em português significa Conselho de Manejo Florestal), oriundas de áreas de manejo florestal.

Para a ministra, o saber do homem amazônico e das populações tradicionais devem ser levados em consideração e tomados como exemplo. "O mercado está cada vez mais exigente no diz respeito às questões sociais e ambientais. O empreendedor deve se sentir acolhido por uma estrutura que viabilize o seu empreendimento com sustentabilidade ambiental, social, econômica e principalmente cultural. Aqui na Amazônia nós precisamos envolver cada vez mais pessoas da região e comunitários porque eles têm saberes associados a essa floresta e à biodiversidade, e mais do que nunca podem nos ensinar como está sendo feito o trabalho ecologicamente adequado, como na Oela", complementou.

O Conselho de Manejo Florestal (FSC) foi criado visando à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável das florestas em todo o mundo. O conselho criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal foi criado em 2001.

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Crescimento econômico de Rondônia deverá aumentar pressão sobre floresta

22 de Janeiro de 2008 - Luana Lourenço - Enviada especial - Porto Velho (Rondônia) - Impulsionado pela construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, o crescimento econômico de Rondônia nos próximos anos deverá se refletir na elevação dos índices de desmatamento do estado. De acordo com dados de 2006 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada em Rondônia chega a 38% do estado, atingindo cerca de 80 mil quilômetros quadrados. Entre os municípios, a capital, Porto Velho, é a primeira em área devastada: 34.636 quilômetros quadrados.

Além do complexo hidrelétrico, a estratégia de investir em rodovias para facilitar o escoamento da soja e a chegada de um contingente populacional de cerca de 100 mil pessoas em dez anos terão impactos sobre a ocupação territorial e o avanço da cidade e da agropecuária pela floresta.

“Eles [ambientalistas] falam em 25% ou 26% de desmatamento. Considero esse um número satisfatório e não acho que estamos acabando com a floresta”, diz o pecuarista Orozimbo do Nascimento. “Mas o produtor também está preocupado com o meio ambiente e acredito que é possível utilizar aquilo que já derrubamos para produzir com mais custo”, acrescenta.

Com um rebanho de 12 milhões de cabeças, o estado vende leite para a Região Norte e, além de distribuir para o mercado interno, exporta carne para países como a Rússia. Apesar desse desempenho, o presidente da Associação Rondoniense dos Produtores de Nelore, José Macedo da Silva, reconhece que a substituição da pecuária pela soja é uma tendência do agronegócio brasileiro que pode chegar a Rondônia, principalmente pelos investimentos em transporte que devem facilitar o escoamento do grão.

“A gente costuma dizer que a soja e a cana-de-açúcar vêm encurralando o boi, jogando o boi para o morro. Aqui, como não tem muito morro, elas vêm jogando o boi para o mato. A soja vai chegar aqui, principalmente nas áreas mais planas, boas para mecanização”, prevê Macedo. Para ele, a mudança representará riscos maiores para a floresta, mas não em grandes proporções, por causa da “enorme pressão ambientalista que os produtores já estão sofrendo”.

A preocupação ambiental é um dos focos de estudos encomendados pelo Ministério Público de Rondônia para avaliar os impactos do crescimento do estado nos próximos anos, principalmente em relação à obra das hidrelétricas do Rio Madeira. O órgão será responsável por acompanhar as exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a aprovação da licença prévia das usinas, como o monitoramento de espécies da fauna e da flora e a ocupação de novas áreas de floresta.

“Os aspectos ecológicos estão sendo bem observados. Mas não se pode ficar tranqüilo cada vez que se fala em planejamento no Brasil”, pondera o subprocurador-geral de Justiça do estado, Ivo Benitez. “Deve-se ficar atento às providências que serão tomadas para ver se as coisas sairão como planejadas.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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