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MENOS UM ‘MARU’ PARA CAÇAR BALEIAS NO SANTUÁRIO DA ANTÁRTICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Janeiro de 2008

18 de Janeiro de 2008 - O navio do Greenpeace, Esperanza, entre o baleeiro Yushin Maru e o navio-fábrica Nisshin Maru, ambos da frota japonesa. Desde que a perseguição aos baleeiros japoneses começou, no dia 13 de janeiro, nenhuma baleia foi morta na Antártica.

Antártica — A exemplo do navio-fábrica Nishin Maru, o baleeiro Yushin Maru também deixou a zona de caça, seguindo para o norte. O Esperanza, do Greenpeace, continua na cola deles, desde 13 de janeiro. De lá pra cá, nenhuma baleia foi morta.

Mais um baleeiro da frota japonesa deixou a zona de caça na Antártica. Depois do navio-fábrica Nishin Maru, que vem sendo seguido de perto pelo Esperanza, do Greenpeace, agora é o baleeiro Yushin Maru que deixa a região, seguindo para o norte. Desde o último dia 13 de janeiro, nenhuma baleia foi morta na região pelos baleeiros japoneses.

“Estamos felizes em ver mais um navio da frota baleeira deixar a área de caça, e vamos fazer tudo o que podemos para assegurar que eles não voltem a caçar”, afirmou Sakyo Noda, da campanha de baleias do Greenpeace Japão.

O Esperanza está perseguindo o Nishin Maru desde o dia 13 de janeiro, quando a frota baleeira foi encontrada pelo Greenpeace. Sem o navio-fábrica, a frota baleeira fica impedida de caçar porque as baleias precisam ser imediatamente transferidas depois de arpoadas, para serem retalhadas e sua carne, empacotada e congelada.

“Vimos um bom número de baleias próximas aos baleeiros japoneses e nenhuma delas foi arpoada, porque o Nishin Maru está fora de ação”, afirmou Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Brasil.

Leandra está a bordo do Esperanza, na Antártica, e disponível para dar entrevistas por telefone. Favor agendar com a assessoria de imprensa do Greenpeace Brasil.

Pesquisa científica japonesa é uma farsa

O programa de caça científica do Japão vem sendo questionado internacionalmente e, cada vez mais, internamente também. Um dos maiores jornais do país, o Asahi Shimbun, questionou a validade do programa japonês, perguntando: “Por que o governo japonês insiste tanto na atividade baleeira?” O artigo demonstra preocupação com o uso de dinheiro de impostos numa ciência duvidosa e a falta de interesse da indústria pesqueira japonesa em apoiar o programa baleeiro japonês, além do fato de ex-funcionários da Agência Pesqueira do governo do Japão terem sido alçados a cargos chaves no supostamente independente Instituto de Pesquisa Cetácea – a agência que financia a frota baleeira japonesa na Antártica.

O programa de pesquisa baleeira japonês foi considerado inútil pela Comissão Internacional Baleeira (CIB), da qual o Japão é membro, e em 2007 a organização aprovou uma resolução pedindo o fim da caça de baleias no Santuário de Baleias da Antártica.

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Japão admite: Greenpeace interrompeu caça às baleias na Antártica

21 de Janeiro de 2008 - Ativistas do Greenpeace se posicionam próximo ao navio Nishin Maru com um ideograma japonês que significa a palavra 'farsa'.
Tóquio, Japão — Esperanza persegue os baleeiros há 10 dias e continuará na região, para impedir a matança e cancelar de vez a atividade.

O vice-ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Toshiro Shirasi, admitiu nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, que a frota baleeira de seu país não conseguiu caçar baleias na Antártica por conta da perseguição do navio Esperanza, do Greenpeace.

O Esperanza vem perseguindo o navio-fábrica Nishin Maru há 10 dias seguidos, conseguindo assim paralisar toda a operação de caça de baleias na Antártica. Sem poder contar com o navio-fábrica, a frota baleeira japonesa não conseguir matar um único animal, já que estariam impossibilitados de transferir as baleias para serem armazenadas no Nishin Maru.

“O Greenpeace veio para a Antártica pacificamente para interromper a caça e é justamente isso que conseguimos. Mas não é suficiente paralisar a caçar apenas quando os olhos do mundo estão voltados para a frota baleeira japonesa e quando o Esperanza está na cola dos navios japoneses”, afirmou Sakyo Noda, da campanha de baleias do Greenpeace Japão. “Tóquio tem que tomar a decisão de acabar agora com a atividade baleeira.”

Para Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Baleias do Greenpeace Brasil, que também está a bordo do Esperanza, a pressão internacional sobre o Japão está aumentando para que interrompa de vez a caça às baleias. “A atividade não tem apoio nem dentro da comunidade japonesa, pesquisas mostram que o consumo de carne de baleias é cada vez menor no Japão. O Santuário de Baleias da Antártica é um lugar de paz e de pesquisa, e para fazer ciência não é preciso matar baleia alguma.”

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Ativistas testemunham ilegalidade em dose dupla na Antártica

22 de Janeiro de 2008 - Bote de ativistas do Greenpeace tenta impedir o reabastecimento do Nisshin Maru ficando entre o navio-fábrica e o cargueiro panamenho Oriental Bluebird.
Antártica — Bote do Greenpeace quase ficou preso entre o Nisshin Maru e cargueiro panamenho, que recebeu caixas de carne de baleia do navio-fábrica japonês e o reabasteceu ilegalmente. Perseguição à frota baleeira evitou pelo 11o. dia seguido a matança de baleias na região.

Um bote do Greenpeace com dois ativistas atrasou, na manhã desta terça-feira, o reabastecimento ilegal do navio-fábrica baleeiro Nisshin Maru pelo cargueiro Oriental Bluebird, de bandeira panamenha. Depois de quase ficarem presos entre os dois navios, os ativistas ainda conseguiram documentar a transferência de caixas de carne de baleia para o cargueiro.

A região em que a frota baleeira se encontra é protegida por diversos tratados internacionais. Ao abastecer nessa região, o Nisshin Maru está colocando em risco toda a integridade do ambiente marinho antártico. Além disso, o Oriental Bluebird, que leva a bandeira do Panamá, não possui autorização de seu país para operar como parte da frota baleeira. Ambos, Panamá e Japão, são signatários do acordo firmado para impedir a poluição dos oceanos (o Marpol).

"O Panamá é parte da América Latina, único continente que não caça e nem promove caça de baleias. O país, que já teve postura conservacionista na última reunião da Comissão Internacional Baleeira (CIB), deveria seguir o exemplo do bloco latino americano e não permitir que seus navios apóiem atividade ilegal no Santuário de Baleias Antártico”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Brasil, a bordo do Esperanza.

Pouco antes do abastecimento, duas embarcações da frota baleeira japonesa passaram mais de uma hora realizando manobras em volta dos pequenos botes infláveis do Greenpeace, a fim de prejudicar os ativistas e mantê-los longe do Nisshin Maru e do Oriental Bluebird.

Enquanto isso, a tripulação do Esperanza observava o Oceanic Viking, navio do governo australiano, aparecer no horizonte. Agora, mais um navio encontra-se próximo ao Nisshin Maru para impedir a caçada de baleias - e há 11 dias nenhuma delas é morta na Antártica.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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