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MINISTROS DIVERGEM SOBRE INFLUÊNCIA DA AGROPECUÁRIA NO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

24 de Janeiro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr - Brasília - Presidente Lula reunido com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, outros ministros e técnicos para discutir o desmatamento da Amazônia, que voltou a aumentar.

Brasília - Apesar de se dizerem unidos no combate ao desmatamento na Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, divergem sobre o peso da agropecuária no processo de devastação.

Durante entrevista coletiva hoje (24), no Palácio do Planalto, onde se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar os números divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os ministros deixaram transparecer visões contrastantes.

“Há quatro anos a área de produção de soja no Brasil não aumenta”, disse Stephanes. Ele salientou que “não há necessidade de derrubar uma árvore” para produzir soja ou carne: “Conceitualmente estamos integrados [com o Ministério do Meio Ambiente]”.

Já a ministra Marina Silva lembrou que, nos últimos três anos, o desmatamento tinha caído graças a ações “fortes” do governo, com a contribuição de preços internacionais desfavoráveis à soja e à carne. “Agora esse componente [preço internacional de commodities] voltou ao cenário e o desmatamento aumentou nos três estados [Mato Grosso, Pará e Rondônia] em que existe uma forte atividade agrícola e pecuária”, afirmou ela.

Ao ressaltar que o quadro apontado pelo Inpe acendeu um sinal de alerta no governo, Marina Silva disse ser preciso “criar uma outra narrativa para agricultura e a pecuária brasileira”, com produtores evitando a prática do desmatamento.

Há, segundo a ministra, 165 milhões de quilômetros quadrados de áreas já devastadas. “É só investir na recuperação de pastagens destas áreas e deixar de invadir área florestada para garimpar nutrientes”, disse.

Apesar das divergências, Stephanes e Marina anunciaram a intenção de viajar juntos aos locais apontados como mais críticos no monitoramento por satélite. “Vamos visitar as áreas para ver o que efetivamente aconteceu, se é para retirar madeira ou para pecuária, e adotar todas as medidas legais cabíveis contra quem desmatou sem autorização”, informou Stephanes.

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Governo vai proibir desmatamento em 36 municípios

24 de Janeiro de 2008 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo irá proibir a concessão de autorizações para desmatamento nos 36 municípios brasileiros que, juntos, responderam por 50% da área desmatada em 2007. Uma portaria determinando a proibição será publicada amanhã (25) pelo Ministério do Meio Ambiente.

A medida foi anunciada pelo secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, em entrevista coletiva logo depois de reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o aumento dos índices de desmatamento na Amazônia.

Os proprietários rurais dessas localidades também deverão fazer o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCRI). Os que não se cadastrarem não vão poder obter crédito em instituições públicas como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil. Também ficam proibidos de vender a propriedade e obter notas fiscais e guias de transporte de produtos.

De acordo com Capobianco, os detalhes para o cadastramento serão definidos em reunião amanhã (25) entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Além disso, áreas de todo o país onde houver desmatamento ilegal e que forem autuadas pelo Ibama serão embargadas. Essas áreas serão monitoradas permanentemente e, caso a determinação seja descumprida, o nome do proprietário será incluído em lista a ser publicada no Diário Oficial da União.

Quem comprar produtos das áreas embargadas se torna co-responsável pelo crime e fica sujeito a punição que vai de multa a embargo da atividade de produção.

"Com esse mecanismo estamos fechando o principal procedimento que inviabilizava as ações de controle, que era que o proprietário, mesmo agindo ilegalmente, colocava seu produto no mercado e não havia co-responsabilidade daqueles que compravam", afirmou Capobianco.

O embargo consta em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 21 de dezembro do ano passado. A portaria a ser publicada amanhã irá trazer o nome dos 36 municípios prioritários para as ações de prevenção e controle de desmatamento, assim como medidas auxiliares para a efetivação do decreto publicado em dezembro.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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