18/01/2008 - Desde o final de
dezembro, monitores contratados pelo Núcleo
de São Sebastião do Parque Estadual
da Serra do Mar - PESM, administrado
pela Fundação Florestal, vem realizando
ações pontuais de fiscalização,
educação ambiental e conscientização
de moradores e turistas, visando conter a degradação
ambiental em praias desertas, cachoeiras e trilhas
menos conhecidas, numa das mais belas regiões
do Litoral Norte. A atividade, que vai continuar
durante toda a temporada de verão, tem rendido
ações heróicas inclusive, como
no último domingo (13/01), quando cerca de
40 pessoas ficaram ilhadas e foram socorridas pelos
monitores e policiais militares.
O problema ocorreu junto à
Cachoeira Ribeirão de Itu, em Boiçucanga.
Segundo informações do diretor do
PESM, Edson Lobato, as cerca de 40 pessoas ficaram
ilhadas durante o retorno do passeio até
o principal atrativo da cachoeira, o poção
e que fica na segunda queda da cachoeira. Ele explicou
que as pessoas costumam passar o rio, vão
para a trilha e, no retorno, por ocasião
de chuvas fortes, ficam sem condições
de atravessar o rio de volta. Foi o que aconteceu.
Uma pancada de chuva de verão aumentou o
volume de água na cabeceira, o que fez com
que elas ficassem ilhadas.
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Pouco antes, com o auxílio
da PM, que fornece apoio nessas ações
do PESM, os monitores haviam percebido a chegada
da chuva e foram até o local para avisar
as pessoas, que deviam sair do local antes dos primeiros
sinais de chuva. Mas o grande número de pessoas
impediu que todos recebessem o recado. Durante algumas
horas, mulheres seguravam seus filhos, apavoradas
com a situação. Em função
de ocorrências como essa, o monitoramento
do local tem sido feito constantemente, segundo
Lobato, e durante o final de semana, os monitores
têm permanecido nesses locais para alertar
as pessoas.
O diretor do parque lembra também
que com o tempo seco e as altas temperaturas, a
procura pelas cachoeiras é constante, porém
é preciso se prevenir e tomar os cuidados
necessários, pois elas também escondem
perigos que os veranistas nem sempre enxergam. Há
registro de acidentes fatais nesse local.
A idéia é dar continuidade
no trabalho de monitoria depois da temporada, mas
isso depende de parcerias, conforme Lobato. “O ideal
é que esse trabalho ocorra o ano inteiro
e possa ser uma atividade sustentável para
gerar uma nova economia. Conservar é saber
usar”, complementou.
Foto: PESM