Os proprietários
de imóvel do Litoral paranaense agora têm
nova tarefa. Nas regiões onde já existe
a rede coletora de esgoto, eles devem esgotar, desinfetar
e aterrar as fossas. Onde ainda não há
rede coletora disponível, as fossas devem
ser limpas periodicamente. Para isso, a Sanepar,
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Poder
Judiciário vão promover uma campanha
para alertar sobre a limpeza, aterro e regularização
de fossas sépticas.
“Esta é a segunda fase
da campanha, agora voltada especialmente para os
que ainda não têm a rede disponível
ou, para quem já está ligado, mas
ainda mantém a fossa aberta, o que contamina
o lençol freático e, mais adiante
a praia”, explica o presidente da Sanepar, Stênio
Jacob.
A segunda fase da campanha da
Sanepar no litoral terá dois objetivos básicos:
orientar o dono do imóvel onde já
existe rede disponível, para desativar a
fossa séptica, e esclarecer àqueles
que ainda não têm o serviço
de coleta de esgoto, para que construam corretamente
a fossa séptica e mantenham limpas as existentes.
Para todos os proprietários,
serão dados os telefones de empresas credenciadas
junto ao IAP e Sanepar que estão aptas a
efetuar os serviços de limpeza. A lista também
pode ser encontrada no site da Sanepar – www.sanepar.com.br.
Nos caminhões destas empresas estão
fixados adesivos que informam sobre o credenciamento.
Embora a companhia seja responsável
apenas pelo sistema de coleta e tratamento do esgoto
instalado, para melhorar a balneabilidade das praias,
a Sanepar está produzindo material educativo
para mostrar a importância de a fossa ser
construída de acordo com padrões técnicos,
para que funcione sem prejudicar o meio ambiente.
O dono do imóvel também vai ser orientado
sobre a necessidade de manter a fossa limpa. O material
educativo será entregue em todos os imóveis
por onde a rede de esgoto ainda não passou,
VARREDURA - Para intensificar o trabalho de despoluição
das praias do litoral, a Sanepar começou
esta semana a Operação Varredura,
em Guaratuba, com vistoria das ligações
de esgoto e identificação de fossas
ainda ativas.
A diretora de Meio Ambiente e
Ação Social da Sanepar, Maria Arlete
Rosa, informa que a varredura vai ocorrer na região
da bacia do Rio Brejatuba, onde existe rede coletora
há mais de 15 anos. “Vamos repassar a vistoria
nos imóveis para avaliar as condições
e a qualidade das ligações, verificando
se ainda existem fossas ativas. Isso porque é
um local de muitas construções antigas
que não passaram por reforma e podem estar
contaminando o mar”, enfatizou Maria Arlete.
BOX 1 – O QUE SÃO FOSSAS
SÉPTICAS
As fossas sépticas são
unidades de tratamento primário de esgoto
doméstico, na qual é feita a separação
e a transformação físico-química
da matéria sólida contida no esgoto.
Trata-se de uma maneira simples e barata de disposição
do esgoto. Entretanto, o tratamento não é
completo como numa estação de tratamento
de esgoto.
A fossa deve ser implantada num
nível mais baixo do terreno e longe de poços,
cisternas ou de qualquer outra fonte de captação
de água (no mínimo trinta metros de
distância), para evitar contaminações,
no caso de eventual vazamento. O tamanho da fossa
séptica depende do número de pessoas
da moradia. Ela é dimensionada em função
de um consumo médio de 200 litros de água
por pessoa, por dia. Porém sua capacidade
nunca deve ser inferior a mil litros.