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DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA: CADASTRAMENTO ENVOLVERÁ 80 MIL IMÓVEIS RURAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

25/01/2008 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, reuniram-se nesta sexta-feira (25) para definir a operacionalização do cadastramento de imóveis rurais nos 36 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2007. Esses municípios compreendem uma área entre 80 e 100 milhões de hectares, e abrigam cerca de 80 mil propriedades. Os trabalhos devem começar em 15 de fevereiro.

Os proprietários terão um prazo entre 30 e 60 dias para entregar o cadastramento georeferenciado no Incra e também para demonstrar que possuem a reserva legal e a área de preservação permanente, nos termos previstos na lei. O governo é responsável pelo cadastramento dos pequenos produtores, com até quatro módulos fiscais. Acima dessa área, a responsabilidade é do proprietário da terra. O instrumento é fundamental para a regularização da malha fundiária na Amazônia e, conseqüentemente, para a fiscalização do desmatamento na região.

O cadastramento faz parte de um conjunto de medidas que serão aceleradas para conter o desmatamento na região amazônica, especialmente após a detecção de um aumento no corte da floresta no segundo semestre de 2007. "Estamos com a convicção de que se jogarmos todas as nossas fichas conseguiremos fazer com que em 2008 também tenhamos uma redução no desmatamento", disse a ministra Marina Silva.

No entanto, ela destacou que, para que isso aconteça, será preciso uma união de governança e militância. "Principalmente dos maiores interessados, que são os produtores rurais brasileiros, grandes e pequenos", acrescentou Marina. Para a ministra, os produtores deveriam declarar uma moratória e não derrubar mais nenhuma árvore, em benefício da Amazônia e dos negócios do País. "As pessoas que pensam com estratégia em relação à agricultura, que estão fazendo corretamente, não merecem ser penalizados em função daqueles que comprometem todo o processo", destacou.

A ministra lembrou que o Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento durante três anos consecutivos. O país saiu de uma área desmatada de 27 mil quilômetros quadrados para 11 mil quilômetros quadrados. "Isso não foi fácil. Foi investimento do contribuinte, combinado com o esforço do governo. Não podemos ter retrocesso", finalizou.

O Incra irá inibir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) na Amazônia para os que não se cadastraram. Isto significa que o proprietário não poderá obter crédito, vender produtos, vender a propriedade, obter notas ficas e guias de transporte e sequer transferir, por herança, o imóvel que estiver em seu nome. No caso de o proprietário não cumprir o prazo, o governo está autorizado a fazer o cadastramento à revelia da propriedade rural a fim de inseri-la no sistema. Além disso, todos os desmatamentos que forem autuados pelo Ibama a partir de janeiro deste ano serão automaticamente embargados (antes isso era uma prerrogativa do fiscal).

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MMA participa de reunião sobre áreas protegidas

29/01/2008 - Gisele Teixeira - O mecanismo de compensação ambiental adotado pelo Brasil para apoiar a implantação e a manutenção de Unidades de Conservação, bem como os resultados do Projeto Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), serão apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente em Roma, de 11 a 15 de fevereiro. O MMA prepara um side event sobre os dois assuntos durante a segunda reunião do Grupo de Trabalho sobre Áreas Protegidas no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O encontro do GT é preparatório para a 9ª Conferência das Partes da CDB, que ocorrerá em maio, na Alemanha.

A identificação de fontes de recursos para implementação do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas da CDB, aprovado na COP-7, na Malásia, será um dos principais assuntos da pauta em Roma, e interessa a todos os países. No Brasil, o mecanismo de compensação, previsto na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), obriga o empreendedor a aplicar um valor correspondente a no mínimo 0,5% do custo de implementação de seu empreendimento na implementação e manutenção de UC. Em 2007, foram executados aproximadamente R$ 11 milhões.

Outro assunto em pauta é a velocidade de implementação, pelos países signatários da CDB, do Programada de Trabalho sobre UC. Pelas metas definidas, 10% de todas as ecoregiões continentais do mundo deveriam estar efetivamente protegidas até 2010. O mesmo percentual vale para as áreas marinhas, só que até 2012.

O Brasil possui hoje 292 Unidades de Conservação, o que equivale a quase 70 milhões de hectares. O meta brasileira é de chegar até 2010 com 30% do bioma amazônico e 10% de todos os outros biomas protegidos sob a forma de Ucs. Atualmente, este percentual está em 17,6% para a Amazônia, 5,5% para a Caatinga, 5,7% para Cerrado e Mata Atlântica, 2,5% para Pampa, 0,02% para Pantanal e 0,47% para Zonas Costeiras e Marinhas.

O projeto Arpa, que também será apresentado em Roma, tem uma meta de criar, implementar e consolidar 37,5 milhões de hectares de Ucs de uso sustentável e de proteção integral até 2012, além de consolidar outros 12,5 milhões de hectares de unidades existentes. Os investimentos necessários para atingir estas metas são de US$ 395 milhões. O programa será executado em três fases, sendo que a segunda termina em 2008. Já foram criados quase 23 milhões de hectares protegidos até agora.

A iniciativa é coordenada pelo MMA, em parceria com governos estaduais e municipais da Amazônia que aderiram ao programa. Também fazem parte da sua gestão o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Banco Mundial, o KfW (banco de cooperação da Alemanha), a GTZ (agência de cooperação técnica da Alemanha) e o WWF-Brasil.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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